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Peter quase não descansava. Cavalgava dia e noite para chegar até seu irmão e a princesa. Até que encontrou uma taberna, ao entrar os olhos de uma atendente de cabelos loiros o percorreu. Ele foi em sua direção.

— Bom dia. – ele falou.

— Bom dia. – ela respondeu baixo e continuou limpando as mesas.

— Eu gostaria de algo para comer e uma bebida. – ele se sentou em uma mesa.

Alina foi rapidamente lá para dentro preparar o pedido. Peter trajava sua armadura prateada com o brasão da casa Aurich e LudWig. Ele observava um colar que havia ganhado de seu pai quando era pequeno.

— Aqui está, senhor. – disse Alina com certo medo na voz enquanto entregava o pedido.

— Obrigada, senhorita. – ele deu um gole na cerveja. – Senhorita! Por favor, venha aqui.

— Pois não, senhor... – ela olhava para baixo.

— Preciso conversar com você. Sente-se, por favor. – meio receosa, ela sentou. – Sou Peter LudWig, Chefe da Guarda Real. Sou irmão de Arthur. Eu estou à procura dele e da princesa Melissandre. Um caçador voltou até a capital e disse que eles haviam estado aqui.

— Olha, milorde. Eu não estou sabendo de nada. Preciso voltar ao meu trabalho. Com licença. – ela levantou.

— Eu pago pela informação. 

— Que tipo de mulher acha que eu sou? Não sou movida a moedas e sim a lealdade.

— Então se ainda lhe resta lealdade a Antiga Coroa, me diga onde eles estão, há quantos dias partiram, como eles estavam. – ele colocou os cabelos suados para trás e levantou. – Amina é uma tirana. Ela matou meu pai enforcado, me fez matar camponeses inocentes. Eu não quero mais isso. Quero que Melissandre suba naquele trono e faça o reino ser unificado novamente. – ele soltou um longo suspiro e baixou o olhar.

— Você estava guardando isso a muito tempo, não é? Eu não acredito que o lorde Charles foi morto. Ele era um homem tão bom. Que os deuses o tenha. – ela sentou-se novamente e fez gesto para que ele também se sentasse. – Eles estiveram aqui a alguns dias. Uns caçadores estavam mexendo comigo e depois com Melissandre, então seu irmão partiu para cima.

— Bem a cara dele.

— Ele foi ferido, mas minha vó e eu cuidamos dele e demos instruções para que Melissandre cuidasse dele no caminho.

— Foi muito grave?

— Mais ou menos. 

— Pra onde eles foram? Algum lugar específico?

— Pro Vale de Gelo. Depois para a Ilha dos Congelados.

— Eles vão morrer se forem para lá! – ele bateu na mesa.

— Eles vão morrer se ficarem aqui. Onde estão sendo caçados até a morte!

Peter parecia perturbado.

— Se o senhor partir agora, talvez chegue neles antes que eles cheguem no Vale de Gelo.

— Tem razão. – ele colocou duas moedas de ouro na mesa e saiu.

Antes de partir, ele deu água ao cavalo e o alimentou.

— Milorde? 

Peter se virou.

— Comida para a viagem. – Alina entregou um embrulho. – E o seu troco. – ela fez menção de entregar algumas moedas.

— Meu troco?

𝑯𝒊𝒅𝒅𝒆𝒏 𝑰𝒏 𝑻𝒉𝒆 𝑺𝒉𝒂𝒅𝒐𝒘𝒔  · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora