XIV

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Arthur havia morrido naquela batalha. Não só ele, mas outros homens também haviam dado suas vidas para proteger a terra dos diamantes.

As pessoas estavam reunidas na floresta à luz de velas e balões. Todos oravam para que a Deusa Mãe recolhesse aquelas almas jovens em seus braços de harmonia.

Arthur havia sido enterrado embaixo da maior árvore da Floresta das Raposas. Ao seu lado, estava os corpos dos outros homens.

— Aqui descansará eternamente a alma de todos vocês. Que morreram bravamente por nosso reino. – dizia uma velha sacerdotisa. – Seus sacrifícios não serão em vão!

— Seus sacrifícios não serão em vão!

Todos gritaram juntos, os soldados levantaram as espadas aos céus. Melissandre fez o mesmo com a espada de Arthur. Seus olhos choravam, mas sua alma desejava vingança.

Quando voltavam para o castelo, todos se curvavam e diziam palavras de condolências. Ela ainda se lembrava de suas últimas palavras.

"Eu te amo! Sempre te amarei e sempre vou te amar!"

As lágrimas voltaram, mas ela as secou rapidamente. Peter havia estado em silêncio todo aquele tempo.

— Sinto muito, Peter. – ela disse.

— Eu também sinto muito, Meli. – ele secou os olhos.

Soldados e homens de Jake retiravam os corpos inimigos da entrada e ateavam fogo.

— Jake! – disse Melissandre. – Reúna os homens. Quero tratar de algo sério.

Jake assentiu e foi reunir o batalhão.

Melissandre se sentou à mesa do salão que estava sendo limpo pelas criadas.

— Tom. Obrigada por tudo. – ela disse em tom alto e confiante.

— Não há de que, Alteza. – ele respondeu com pesar.

Os homens entraram salão.

— A noite de hoje foi de pesar, mas o amanhã será de vitórias. Meu coração está partido, não somente pelo homem na qual cresci junto, mas por todos que morreram por essa batalha. Eu desejo, acima de tudo, vingança. E quero saber quem está comigo.

Eles gritaram e levantaram seus braços.

— Estamos com você!

— Vamos matar a falsa rainha!

— Vamos vingar à todos!

Ninguém dormiu. Passaram a madrugada polindo e afiando suas espadas. Melissandre repetia o plano para todos.

— Tom vai na frente. A guarda de lá ainda não deve saber que ele traiu a rainha. — ela colocou um peão para frente do mapa. — Não quero por pressão em você, Tom, mas tudo depende do que você terá que realizar.

— Eu compreendo.

— Quando o sol raiar, iremos derrubar a falsa rainha e vingar nossos companheiros. — ela derrubou a peça da rainha e todos comemoraram.

O céu ainda estava azul escuro com as suas últimas estrelas lutando contra o forte sol que nascia ao leste.

Já havia se passado meia hora desde que Tom havia ido em direção à capital com meia duzia de homens disfarçados com as armaduras do inimigo.

Melissandre ajustava seu arco e flecha nas costas.

— Meli. — disse Peter a se aproximar. — Tome cuidado, está bem? Não vou poder te proteger.

𝑯𝒊𝒅𝒅𝒆𝒏 𝑰𝒏 𝑻𝒉𝒆 𝑺𝒉𝒂𝒅𝒐𝒘𝒔  · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora