XIII

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Peter estava em um cavalo ao lado de fora da carroça. Ele não tirava o olho de Melissandre e Arthur.

— Onde a rainha está? – ele perguntou. – Creio que os prisioneiros não aguentem ir até White Kingdom.

— Sua Majestade está na Floresta das Raposas. Junto de lorde Aaron e lorde Thomas.

O quê essa bruxa está armando? – sussurrou Arthur.

— Tome cuidado com suas palavras, traidor. – disse um soldado.

Peter olhou feio para Arthur na intenção de repreendê-lo.

O caminho era longo e difícil. Eles pararam naquela noite para descansar. Apenas Melissandre recebeu comida, mas os soldados queriam algo em troca.

— Você já teve um homem, princesa? – perguntou um soldado.

— Com toda certeza, não. Olhe bem para ela... – ele passava a mão por seu corpo. – Tão macio e liso...

— Senhores, deixem a princesa em paz. – disse Peter. – A rainha com certeza gostaria de receber a traidora intacta.

Os homens fecharam a cara e se afastaram. Melissandre ofereceu um pedaço de pão a Arthur.

— Come. Você vai se sentir melhor.

— Não quero nada que venha deles.

— Então prefere morrer de fome? Preciso do meu soldado de armadura lutando ao meu lado. – ela sorriu.

Ele retribuiu o sorriso e aceitou o pão.

Melissandre dormiu por cima do peito de Arthur. Os soldados os acordaram violentamente, alertando que iriam partir até a Floresta das Raposas.

— Chegaremos essa tarde? – questionou Peter.

— Se mativermos o ritmo de ontem, com toda certeza. – confirmou um soldado.

E lá estava Melissandre. Presa em uma carroça velha junto com seu amor indo para um destino incerto.

Um dos soldados soltou um corvo no céu. Aquilo significava duas coisas, a morte de um nobre ou um mensagem para um nobre. Como não havia ninguém morto naquele batalhão, eles sabiam que era a segunda opção.

Está com medo? – perguntou Arthur.

Ela confirmou com a cabeça e ele se aproximou.

Está vendo esse colar? Meu pai deu um para mim e outro para Peter. – ele retirou o colar de corvo de prata do pescoço e prendeu em Melissandre. – É seu agora.

— Arthur, eu não posso aceitar.

— Por que não? É um presente, pare de reclamar. – ele sorriu e lhe deu um beijo na testa.

Arthur estava sentindo algo ruim se aproximar, mas não queria que Melissandre temesse algo que nem pode ver.

A viagem foi longa e exaustiva para todos. O sol mostrava com pesar seus últimos raios.

Melissandre foi retirada da carroça com menos violência que Arthur. Os homens de Jake estavam prontos e esperavam apenas um sinal de Peter para que uma batalha se iniciasse.

Peter desceu do cavalo e se encarregou de levar ambos para dentro. A população do reino das raposas pareciam incrédulos ao ver os três.

— Como pode entregar seu irmão e sua rainha? – gritou um homem que imediatamente foi ferido por um golpe de espada.

— Só existe uma rainha, plebeu. Reconheça seu lugar. – disse o guarda que lhe feriu.

Melissandre respirava fundo. Era um bom plano, mas tudo poderia dar errado e todos irem para a morte certa.

𝑯𝒊𝒅𝒅𝒆𝒏 𝑰𝒏 𝑻𝒉𝒆 𝑺𝒉𝒂𝒅𝒐𝒘𝒔  · ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora