Ingratidão

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Oii, gente! Como vocês estão? Espero que bem, caso não, podem me chamar se quiserem :) essa é a segunda fanfic que eu faço e confesso que gosto muito mais dessa do que da outra, então espero que gostem também. Não esqueçam de votar e comentar dizendo o que acham, é super importante mesmo pra mim <3
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*Lisa*

Mais um dia cansativo estava chegando ao fim. Estava andando pelas ruas desertas da cidade, sem um pingo de ânimo. Tudo parecia sem sentido pra mim desde o dia do meu nascimento, algo estava faltando. Era uma sensação forte, que me consumia por dentro e que acabava com meu psicológico. Sempre fui assim, vazia.

Passei pelas várias lojas já fechadas do centro e pelo belíssimo parque florido. Já era tarde da noite, tinha acabado de sair da academia de dança onde trabalho e estava voltando para casa. Não tinha feito faculdade, porque nunca tive condições. Eu apenas tinha trabalhado duro por anos para pagar minhas aulas de dança, e hoje em dia eu ensino os outros a dançarem. Durante o caminho, eu pensava sobre meu passado, coisas que me aconteceram das quais nunca saíram da minha mente e acredito que nunca sairão. As vezes simplesmente penso que o universo resolveu jogar todas as coisas ruins em cima de mim, apenas porque queria.

Eu estava andando um pouco rápido, com pressa de chegar em casa e encontrar Chaeyoung, minha melhor amiga e a única pessoa que me faz sorrir. Ela é adorável, está sempre querendo me agradar, e por isso está sempre alegre. Quando conheci ela, confesso que a achei irritante, mas a Praga nunca largou do meu pé e eu até a agradeço por isso, com ela meus dias ficam mais coloridos.

Ainda estava caminhando, quando ouço um grito que chegava a ser ensurdecedor, como se a pessoa estivesse gritando com um megafone no meu ouvido com toda a sua força. Por um momento fiquei tonta, deixando a dor nos meus ouvidos tomar conta de mim, mas me toquei que precisava urgentemente entender o que era aquilo. Corri para um lado e para o outro, não tinha conseguido identificar direito de onde o som tinha vindo. De repente outro grito muito alto, dessa vez eu sabia que vinha de um beco ali perto. Me apressei até lá, mas não conseguia ver nada além da escuridão. Me assustei quando tudo ficou claro pra mim e eu pude ver claramente uma mulher sendo ameaçada por um homem bem mais alto que ela, com uma faca na mão. Podem me achar doida, naquele momento eu apenas corri com toda a velocidade que eu tinha e dei um soco nele que eu nem sabia que poderia dar. Foi como um instinto, eu apenas fiz no automático. Ele caiu no chão desacordado. Quando olhei para a mulher, ela ainda estava tremendo, e então desmaiou. A segurei no colo e saí dali o mais rápido possível.

Enquanto andava com ela ali, desmaiada e indefesa, percebi que tinha feito a coisa certa. Ela era linda, com traços fortes e pele macia e não parecia alguém que merecia passar por aquilo. Me certifiquei dela ficar confortável, mesmo que desacordada. Tudo isso me deixou mais do que confusa e um pouco assustada. Como os gritos dela se tornaram tão altos sendo que vinham do beco? Como eu consegui enxergar tudo claro sendo que estava tudo escuro? Como tive coragem de ir até lá e a salvar? Tudo o que eu fiz parecia ter sido no automático, mas ao mesmo tempo algo de coração.

Deixei meus pensamentos de lado quando cheguei na porta de casa. Eu tentava pegar a chave sem deixar ela cair dos meus braços, mas estava sendo uma tarefa impossível. Droga.

- CHAEYOUNG! - gritei o mais alto que eu pude, apenas espero que ela não esteja dormindo, como sempre.

Depois de longos minutos de espera, eu gritei outra vez. Quando estava quase desistindo e totalmente impaciente, vejo a porta abrir e mostrar minha melhor amiga com cabelos loiros bagunçados e cara de sono. Sua expressão logo mudou quando viu que eu estava com uma pessoa completamente desconhecida e apagada.

My only angel Onde histórias criam vida. Descubra agora