Não revisado, desculpem os erros!
Lá estava eu novamente, mas não sozinho. Parecia um dejavu de uma brincadeira sem graça. Taehyung segurava minha mão firmemente e como da primeira vez não olhava em minha direção, apenas em frente, como se visse muito mais do que me era possível.
Um som de ferramenta arrastando no chão faz gelar minha espinha, e estou plenamente consciente do que vem depois. Todo meu corpo protesta, tento dizer para Tae que me acorde, que meu coração está comprimido, meu medo tão forte que sou capaz de suar sangue.
Entretanto, novamente estou incapaz de pronunciar qualquer que seja a palavra.
" Jeon Jungkookie."
Aquela voz, de demônio humorista do capeta ecoa, e minhas pernas falham, estou prestes a desmaiar na porra do sonho, porém, braços fortes me seguram apertado, em uma espécie de abraço protetor.
" Você pode correr, mas não se esconder por muito tempo... Já brincamos demais e isto perdeu a graça, saiba que cruzou a última linha. Me pertence, e agora o quero. "
Me remexo nos braços do polímata, dividido entre me fundir em seu calor, ou correr desesperadamente pela minha vida. De repente percebo que sou o único nervoso, porque meu homem permanece impassível, quase inabalável.
- Eu me ofereço como troca.
Arregalo os olhos afastando-o bruscamente de mim, quero apontar o dedo em seu rosto e lhe mandar tomar no cu com essa idéia, mas ninguém pode me ouvir.
" Interessante...E o que te faz pensar quê o quero? Jungkook é minha criação, é meu amaldiçoado, mas você...Meu inimigo declarado."
- Comigo em seu domínio ninguém mais poderá parar suas ações. Deixe-o ir, leve- me com você.
O demônio parece pensar por longos minutos, e estou rezando para todos os santos existentes para que diga não, eu prefiro morrer do quê ver Taehy dar sua vida por mim.
Por favor não o faça....
Eu clamava implorando para que me ouvisse....
Eu te coloquei nessa situação, e você prometeu parar de te prejudicasse....Amor eu nunca vou me perdoar.
" Porque está fazendo isto?"
- Porque o amo.
E então estou chorando, gritando em dor, sufocando em desespero.
- Escutou Jungkook? Eu te amo coelhinho, confie em mim, viva meu anjo. Não há nada que eu queira mais do que sua liberdade.
Desgraçado, não ... não.. não... Eu não sou livre sem você, eu não sei viver mais sem você. Por favor, por favor, por favor.
" Aceito polímata, o garoto pode acordar."
- Antes, me prometa em sangue de que vai abdicar qualquer direito sobre ele, que Jungkook vai viver livre.
Um corte superficial aparece na palma de sua mão, a gota vermelha pinga no chão preto e se torna uma runa, selo de acordo.
Tudo ao nosso redor vai se tornando claro, quase como uma luz no fim do túnel. Taehyung se vira em minha direção, caminha em passos decididos, e me beija duro e exigente.
Até mesmo em sonhos esse homem me tira todo o ar, e não há uma mísera parte de mim que ficará intacta, sem sua presença.
— Eu te amo para sempre, e vou te encontrar mesmo na morte, viva, e por fim...Acorde Jeon Jungkook.
Sobressalto na cama, ofegante e desesperado. Busco seu corpo sobre o colchão o encontrando encolhido, e muito gelado. Todavia, há um sorriso quase imperceptível no seu rosto, como um senso de dever cumprido, assim como uma lágrima seca em sua bochecha.
O pego em meus braços embalando, meus gritos tomam proporção porque eu sei que ele jamais vai acordar, vai vegetar em um hospital com se estivesse em coma, e nunca vão achar a causa.
E é tudo culpa minha, eu causei sua ruína.
Hoseok irrompe pela porta, e quando seus olhos encontram os meus e se enrugam tristemente, eu sei que ele sabia, o que tanto temia estava ali bem diante dos seus olhos.
— Eu vou...Vou ligar para o hospital... Jungkook...vista-o.
E assim como entrou, ele sai com o celular em seu ouvido, sendo o mais forte que já o vi ser um dia.
[•••]
Taehyung está entubado, ligado a fios. Inúmeros exames foram feitos, mas como previ, nada anormal. Meu menino só dorme eternamente.
Hoseok está segurando uma de suas mãos, ele ainda não havia me dirigido a palavra. Por derrota, eu também não ia querer falar comigo no lugar dele.
Passo os meus dedos pelo rosto de Taehyung, e uma lágrima solitária cai sobre seus lábios. Imagino-o me dando uma bronca por ser tão frágil.
" * Eu sabia que isso aconteceria, avisei inúmeras vezes. O pior de tudo é que não posso extravasar ou ter raiva de você Jungkook, porque não foi inteiramente sua culpa e nesse meio tempo aprendi a me importar contigo. Mas porra é o Tae, meu irmãozinho morto nesse hospital, em coma igual o pai.
- como assim? o pai do Tae também ficou em coma?
* Mas é claro q ele não te contou. O pai do Tae era um apanhador de sonhos e polímata igual a ele, atendia diversos casos até que um em especial lhe comoveu em demasia. Era uma criança atormentada, ele tentou de tudo pra salvar e conseguiu, ela ficou livre mas ele foi trancafiado no mundo dos sonhos pra sempre, igual o Taehyung agora. A mãe dele continuou a vida, criou o Taehyung até ele fazer 19 anos, após isso desligou os aparelhos do pai dele e se suicidou em seguida.
Ela não foi fraca, porque tirar a vida exige coragem, e tbm não amou menos o filho, ela amou demais ao ponto de jogar a depressão para um segundo plano até seu pequeno saber se cuidar, amou ao ponto de esconder a dor pra ver o filho sorrir. Eu acompanhei isso, e agora estou fazendo de novo... Não vou aguentar uma segunda vez...Estou quebrando Jungkook.Hoseok se ajoelha e lentamente vai caindo ao chão, chorando copiosamente. Me sento ao seu lado e hesito em lhe confortar, afinal, não havia uma parte em mim calma ou forte.
Entretanto, antes que possa ter alguma ação, meu amigo se agarra a mim como uma válvula de escape. E estamos sofrendo juntos até que alguém decida ser corajoso o suficiente, para ter o mesmo fim da mãe de Taehyung.
Eu ainda não sei o fim dessa fic, não decidi se quero Sad, ou se vou fazer o impossível, possível.
I purple you 💜.
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Apanhador de Sonhos (Taekook-vkook).
FanficJungkook tem sonhos estranhos, estes que prevêem mortes, e que agora almejam a sua. Ele só tem uma chance...e ela está nas mãos de um apanhador de sonhos e polímata. Só que: Taehyung não trabalha mais com isso, e se recusa a voltar ao mundo dos sonh...