Supremo

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─── Com licença... O supremo está aqui. Ele quer falar com você. ─── Helen comentou após ter voltado, ela saiu para atender o pedido de um vampiro, e voltou com essa bomba.

─── E por que ele não está na festa? ─── perguntei e Helen gelou.

─── Ele... Ele disse que tem coisas mais importantes. E precisava ser rápido. ─── senti meu sangue ferver naquele momento e então respirei fundo.

─── Não se preocupe, pode voltar a se divertir que eu cuido disso. ─── comentei e fui até a mesa de bebidas.

Eu sabia que ele não poderia ir embora antes de assinar os contratos, estávamos bem em paz e o Supremo não poderia estragar isso, então ele não poderia ir embora. Me servi e sangue e bebi lentamente enquanto observava todos se divertindo e sorria.

O tempo passava lentamente e eu estava imaginando como ele estaria, já tinha se passado dez minutos desde o recado de Helen e outros vampiros vieram ao meu encontro me falando a mesma coisa.

Me servi com mais sangue e sai do salão indo na direção do meu escritório, onde Helen tinha levado ele. Joguei algumas me as de cabelo para trás do ombro enquanto caminhava e retoquei a maquiagem em um espelho que encontrei pelo caminho.

Entrei na sala e senti o clima tenso, haviam quatro pessoas na sala, duas delas, garotas, elas estavam conversando enquanto observavam a paisagem pela janela. Um rapaz tentava acalmar um homem que parecia incrivelmente nervoso.

─── Desculpem a demora. Me perdi em meio a tantos corredores. ─── comentei diretamente para o homem raivoso e fechei a porta me aproximando da minha mesa e colocando minha taça na mesma. ─── Fiquei magoada ao saber que vocês não poderiam participar da festa por terem compromissos. ─── comentei e as garotas viraram para mim me olhando.

─── Eu queria... Meu irmão que... ─── ela foi cortada pelo rapaz que agora não parecia estar com tanta raiva como antes.

─── Não me interessa se está magoada ou não. Eu vim apenas para assinar os contratos representando todas as alcateias que possuem um contrato de paz com seu clã. ─── ele falou sério arrumando sua gravata e eu concordei enquanto sorria.

─── Muito bem. ─── comentei sorrindo e dei a volta na mesa e abri a última gaveta procurando pelos papéis.

─── Alyssa!! ─── ouvi a voz de Helen e olhei para a porta escancarada e ela em minha frente perto da mesa.

─── O que houve? ─── perguntei vendo sua agitação e puxando alguns papéis.

─── Eles encontraram dois do leste. Eles estavam se alimentando de duas crianças. ─── Helen comentou e eu senti meu sangue ferver mais ainda. ─── Eles trouxeram eles para o calabouço. Eles mataram as crianças. ─── ela terminou rapidamente e se afastou um pouco.

─── Mataram? ─── perguntei respirando fundo e colocando os papéis na mesa.

─── Igor já foi resolver. Eu informei que você estava com o supremo. ─── ela comentou mas eu ignorei.

Antes mesmo dela terminar aquela frase eu já tinha sumido da sala. Os corredores do castelo passavam em minha vista como borrões por segundos, até minha vista ser preenchida por Igor e mais dois homens acorrentados.

─── Pensei que estava em uma reunião com o Supremo. ─── ele comentou e eu ignorei ele.

Passei pelo mesmo e arranquei a cabeça de um deles e vi o outro arregalar os olhos.

─── Deveriamos fazer perguntas. ─── Igor comentou e eu olhei para o outro.

─── Mortos não respondem. ─── comentei seria e arranquei a cabeça do outro.

─── Não é assim que fazemos as coisas Alyssa. ─── eu olhei para ele e ele recuou.

─── É assim que fazemos agora. Luan acha que pode fazer o que bem entender em minha cidade. Ele acha que eu vou tolerar igual meu pai só por que somos primos, mas eu não vou. E vai acontecer a mesma coisa com os próximos. ─── comentei seria e logo continuei. ─── Avise aos outros que parem de se alimentar em cidades vizinhas. ─── falei antes de sair dali e encontrar com Helen.

─── O Supremo te espera. ─── ela comentou e eu olhei para ela irritada.

─── Por que não resolveu e mandou aquele cachorro embora? ─── ela se assustou e eu recuei sentindo meu sangue esfriar. ─── Desculpa... ─── pedi e ela negou.

─── T-tudo bem... Mas ele preferiu esperar. ─── ela comentou e me deixou na porta do escritório.

Entrei e observei o escritório vazio, a não ser por uma silhueta de costas para mim, na janela observando a paisagem. Fechei a porta e me aproximei da mesa pegando a minha taça e observando ele se virar para me olhar.

─── Pensei que estivesse ocupado de mais para esperar. ─── comentei antes de dar um gole no sangue e observei ele respirar fundo.

─── Resolvi esperar. Minhas irmãs foram para a festa acompanhadas de meu beta. Espero que não se importe. ─── ele comentou e deu a volta e se sentou em uma cadeira e eu me sentei na minha.

A Companheira do SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora