Pedido De Casamento

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Ela apareceu na minha frente com o buquê e me entregou, eu deixei o copo na mesa e peguei o buquê sem entender. Ela me virou e eu observei Chris ajoelhado com uma caixinha na mão eu quase me engasguei e apertei o buquê tão forte que Mel teve de tirar da minha mão para eu não quebrá-lo.

─── Alyssa Lancaster, aceita se casar comigo?

Ele perguntou e eu sorri alegre e antes mesmo que eu pudesse responder uma mulher apareceu em minha frente e segurou em minha mão e desapareceu comigo de lá. Eu olhei ao redor assustada e me afastei da mulher soltando minha mão da dela.

─── Onde eu estou. ─── comentei baixinho e olhei para a mulher na minha frente.

─── Muito bem. Você vai ser recompensada. ─── comentou a mulher e eu engoli em seco.

─── Eu quero ele para mim. ─── ouvi a voz de Julia e olhei para ela irritada.

─── Pode ir. ─── a mulher comentou e eu senti alguém me segurar e me colocar sentada em uma cadeira. ─── Não se assuste querida. Eu não vou te machucar. Bom... Não você. ─── ela sorriu olhando para a minha barriga.

─── Deixa o meu filho. ─── comentei assustada enquanto segurava em minha barriga e olhava ela. ─── Onde eu estou? ─── perguntei engolindo em seco e a mulher sorriu.

─── Essa criança é uma aberração e se nascer, será perseguido por todos. ─── comentou a bruxa e eu engoli em seco sentindo meu peito doer.

─── É meu filho! Não uma aberração! Lave a boca para falar dele. ─── comentei irritada e ela me deu um tapa no rosto.

─── Acorde! Sanguessuga. Você é uma traíra de seu sangue! ─── ela comentou e pegou uma arma e sorriu. ─── Acho que quero ver você chorando, antes de eu arrancar da sua barriga esse monstro. ─── ela comentou e eu senti meus braços se contorcerem e eu gritei de dor caindo para fora da cadeira.

Ouvi meus ossos quebrarem e gritei novamente sentindo o ar me faltar nos pulmões, senti meu rosto úmido pelas lágrimas e encostei o rosto no chão sentindo minhas pernas se quebrarem aos poucos também. Gritei ainda mais e ouvi aqueles barulhos. Cuspi sangue e chorei ainda mais.

Logo senti ele se contorcendo dentro da minha barriga, neguei com a cabeça e gritei novamente chorando e sentindo mais sangue sair pela minha boca. Ela parou e riu, parecia achar divertido aquilo. Eu logo senti ele se contorcer em minha barriga novamente e eu gritei novamente chorando ainda mais.

─── Mas o que é isso? ─── ela gritou e eu ouvi outros gritos. No final eu ouvi o grito dela e eu apaguei.

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─── Faz semanas. Será que ela vai acordar? ─── ouvi alguém perguntar e abri os olhos meio tonta.

─── XII. Ela acordou! ─── olhei para uma figura que apareceu em minha visão.

─── Onde... ─── passei a mão pela minha cabeça e ele me entregou algo, peguei e senti o cheiro de sangue, tomei rapidamente e tudo pareceu voltar ao normal em instantes. ─── Onde eu estou? ─── perguntei me sentando na cama.

─── Alcateia do sul. ─── um rapaz comentou e eu passei a mão em meu rosto.

─── Sul? Sul de onde? ─── perguntei e eles riram.

─── Fremantle...

─── Fremantle... Eu.. Eu estou na Austrália? ─── perguntei assustada e fui atingida por um tsunami de flashbacks. ─── Meu bebê.. ─── sussurrei levando a mão até a barriga e percebi que ela estava maior, senti lágrimas de alegria inundaram meus olhos e suspirei aliviada. ─── Meu bebê...

─── Ele está bem... ─── um homem comentou e eu ergui o olhar para ele.

─── O-Obrigada... Como me encontraram? ─── perguntei preocupada e ele sorriu para um outro homem que estava no quarto.

─── Aquela bruxa estava invadindo nosso território a semanas. Estávamos para pegá-la faz tempo, quando entramos você estava lá quase morta. Meu filho quis trazê-la. ─── ele comentou e eu acariciei minha barriga sorrindo e limpando os olhos.

─── Muito obrigada... Muito obrigada por tudo que fizeram por mim e por meu filho. ─── comentei e respirei fundo.

─── Eu sou Teodoro, esse é o meu filho Lucas. ─── ele comentou e eu sorri enquanto limpava o rosto.

─── Muito prazer... Eu sou Alyssa... ─── comentei e respirei fundo.

─── Você está com fome? ─── Lucas perguntou e eu neguei enquanto sorria.

─── Que dia... Que dia é hoje? ─── perguntei olhando ao redor e Teodoro me olhou.

─── Dia cinco de Janeiro. ─── ele comentou e eu arregalei os olhos. ─── Você ficou desacordada por um mês inteiro. ─── ele comentou e eu corei.

─── Me desculpe todo o transtorno. Me perdoem mesmo. ─── comentei sem graça.

─── Não incomodou nada. ─── Lucas falou e eu olhei para ele sem graça.

─── Posso usar o telefone? ─── perguntei e Lucas me entregou o dele.

─── Muito obrigada. ─── comentei enquanto digitava e levei o celular até o ouvido.

─── Alô? ─── senti meus olhos se encherem de lágrimas e coloquei a mão na barriga.

A Companheira do SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora