Companheiros

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─── Nenhum. ─── comentei e ele sorriu me olhando e eu respirei fundo. ─── Bom... Aqui os papéis. ─── comentei deixando a taça de lado e entregando para ele.

Quando ele pegou os papéis de minha mão os dedos dele tocaram nos meus, eu senti o cheiro dele mais forte e um prazer enorme só no roçar das nossas peles. Por um momento eu senti o lobo dele uivar e pude perceber que ele sentiu a mesma coisa que eu e ambos sabiam o que havia rolado.

─── Você é um lobo. Quero dizer... Eu sou uma vampira. Nós não temos isso. ─── comentei me levantando e afastando rapidamente.

─── Não sou um lobo comum. ─── ele comenta sorrindo e eu observei ele se levantar também e deixar os papéis na mesa.

─── Continuo sendo uma vampira. ─── comentei sentindo meu coração acelerado e ele se aproximou.

─── Eu te procurei por séculos. ─── ele comentou me olhando de cima abaixo.

─── Vampira! ─── comentei e ele parou em minha frente.

─── Minha companheira. ─── ele retrucou sério e eu olhei para ele séria também.

─── Não sou. ─── comentei sentindo a aproximação dele. ─── Não... Não é possível que eu seja. Somos de espécies diferentes! ─── comentei e ele apenas sorriu para mim. ─── Pare de sorrir e concorda que não vai dar certo! ─── comentei e no momento senti uma pontada no peito e percebi que ele também sentiu.

─── Como pode ter tanta certeza? ─── ele comentou sorrindo e eu desviei o olhar irritada. ─── Deveria tentar pelo menos. Você vai gostar da minha casa, da minha alcateia. E se algum deles não te aceitar... Posso resolver isso. ─── ele comentou sério e eu empurrei ele saindo dali e caminhando pro outro lado da sala.

─── Não vou deixar meu clã. ─── comentei e olhei para ele. ─── Eu sou a líder. ─── comentei e ele me olhou sério.

─── Deixe com um irmão. Ou seu pai pega de volta. Sei que ele não vai morrer tão cedo! ─── ele comentou voltando a se aproximar e eu ri.

─── Por que é que você não faz isso então? Deixa sua alcateia na mão de suas irmãs. ─── comentei e ele ficou sério.

─── Você está se ouvindo? ─── ele perguntou e eu sorri debochada.

─── Então estamos decididos. Nunca precisei de homem nenhum e não vai ser agora que vou precisar. ─── comentei enquanto desviava dele e caminhava até a minha mesa.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ele me colocou em cima da mesa e ficou entre minhas pernas enquanto segurava em minha cintura. Me impressionei com sua velocidade, ele era tão rápido quanto eu. Ele me beijou levando uma de suas mãos até meu cabelo e eu respondi instantaneamente. Não sei como nem por quê, mas respondi e aquilo foi diferente de todos os outros beijos que já tive na vida.

Ele apertou minha cintura e desceu a mão até minha coxa nua apertando a mesma com força me fazendo soltar um gemido. Me surpreendi com aquilo, eu estava ofegante e sedenta por mais. Mesmo que seja só o toque dele, já me atiçava.

Levei minhas mãos até o rosto dele e voltei a beijá-lo sentindo "algo ganhar vida" entre minhas pernas. Ele sorriu contra meus lábios e eu ofeguei olhando nos olhos dele e respirando fundo sentindo meu corpo pelando e necessitado por ele.

─── Ainda não precisa? ─── ele perguntou rouco em meu ouvido me fazendo estremecer e arranhar a nuca dele.

A Companheira do SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora