Bônus - Julia

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Depois que aquela bruxa conseguiu pegar a Alyssa agora o meu caminho estava livre. Claro que não voltei na hora. Mas voltei e Christopher estava tão desconfiado que não quis ouvir o que eu tinha pra falar.

Demorou alguns dias até ele me ouvir, e ele caiu, caiu direitinho na minha história de que uma família de longe precisava de mim e eu não consegui avisar antes de ir. Ele sempre foi um trouxa quando ficava preocupado, sempre abaixava sua guarda e era isso que eu queria. Eu quero ele de guarda abaixada para eu poder pular em cima dele.

Eu queria ele para mim e ninguém iria ficar no meu caminho, ninguém. Foi difícil encontrar a bruxa, mas quando encontrei e falei sobre Alyssa, ela ficou muito interessada. Eu estava com Luan no começo, ele queria os dois separados tanto quanto eu. Mas depois que ele foi provocá-la e voltou com a notícia que ela estava grávida meu sangue ferveu, eu precisava dar um jeito de tirar aquela sanguessuga da vida de Chris de um jeito ou de outro.

Nas primeiras semanas ele foi difícil, mas eu insisti, insisti muito e ele acabou cedendo. Eu conseguia tocar nele agora, antes ele não me deixava tocar nele, ele estava tão irritado e preocupado, desesperado e necessitado de Alyssa que me contava tudo que pensava e eu agia como uma boa samaritana e conversava com ele.

Agnes e Mel antes de viajarem ficaram no meu pé. Christopher até brigou com elas uma vez e eu fiquei nos ares pois estava funcionando, faltava pouco para eu conseguir estar na cama do meu amado, eu daria vários filhos para ele, quanto ele quisesse.

Mas ela voltou. E eu estava furiosa, ela conseguiu sobreviver com aquela bruxa imprestável e inútil. Mas eu iria terminar o que ela começou de uma vez ou outra.

Christopher quando soube não quis me escutar, eu falei pra ele que era um trote e ele negou, negou dizendo que sentia que era ela. Sentia no fundo que era ela e eu quase que prendi ele naquele escritório para ele não ir, mas ele saiu igual um furacão.

Sai do meu quarto e caminhei pelos corredores enquanto ia na direção o quarto dos dois, eu sabia que teria mais chances se esperasse lá. Eu entrei e fui direto para o closet e fiquei esperando. Eles demoraram, mas valeu a pena esperar.

─── Bem vinda de volta meu amor. Me espera que eu preciso resolver algumas coisas com Steven antes de vir, prometo não demorar. ─── ouvi Christopher e logo barulho de beijos, fiz careta enquanto levava as mãos até o ouvido.

─── Ok meu amor. Pode ir lá. ─── ela comentou feliz e a porta se fechou.

Não demorou para eu ouvir o barulho do chuveiro, eu saí do closet e caminhei ate a porta rápido e tranquei a porta enquanto sorria e encostava na mesma esperando ela de braços cruzados.

─── Julia? ─── ela perguntou assustada segurando a toalha ao redor do corpo.

─── Olá meu amor. ─── comentei sorrindo enquanto me aproximava dela.

─── O-o que você está fazendo aqui? ─── ela perguntou assustada e me olhando fixamente.

─── Acho que seu amado não contou que eu estava de volta. ─── comentei sorrindo e me sentei na cama cruzando as pernas e jogando o cabelo para trás. ─── Acho que ele gostou tanto das noites comigo que ficou com medo de te contar e você perder essa criatura. ─── comentei com nojo e me levantei rapidamente ficando na frente dela com a tentativa dela sair.

─── Ou ele achou tão insignificante que nem contou. ─── ela comentou começando a chorar e eu me irritei.

─── Engole esse choro, agora! ─── comentei e ela soluçou, não me segurei e lasquei um tapa na cara dela com toda a minha força. ─── Sua vadia inútil! Nem para morrer você serve! ─── gritei e chutei a barriga dela derrubando a mesma no chão e tirando um grito dela.

─── Para! Por favor, para!! Ele não. Ele não tem culpa... ─── ela gritou desesperada tentando impedir meus chutes na barriga dela mas não adiantava muito.

─── Tem sim. Ele me roubou o Christopher, ele é um monstro! ─── gritei descontrolada e dei outro chute na barriga dela e ouvi ela gritar.

A porta foi arrombada antes de eu conseguir dar o próximo chute, eu olhei para a mesma e observei algumas pessoas ali paradas na porta.

─── Eu posso morrer, mas você vai comigo. ─── comentei rosnando e chutei com toda minha força a barriga dela antes de eu sentir uma formigação no pescoço.

A Companheira do SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora