Safira é uma menina de 17 anos. Seus pais faleceram quando ela tinha apenas seis anos, então ela foi criada pela sua irmã mais velha Luana e sua tia Scarlet. Quando cresceu, conheceu Henry, seu vizinho. Com o tempo eles se tornaram melhores amigos i...
Estávamos todos dentro do carro voltando para casa. Jeremiah, tia Scarlet, Luana e tio Carlos no carro do Jeremiah. Luka, Henry, Isis e eu no carro de Luka. No carro do Luka, ligamos o som no último volume e começamos a cantar cada uma das músicas que Isis colocava. Estava tudo ótimo, tudo perfeito. Eu estava novamente com o Luka, Henry e eu havíamos reatado nossa amizade, e eu havia feito novos amigos. Eu estava feliz.
Assim que Luka estacionou em frente a sua casa, eu pulei do carro, feliz por retornar a minha casa. Olhei em volta e vi que nada havia mudado. Mas é claro, eu só fiquei fora um fim de semana, não tinha como tudo mudar tão rápido. Mas era como se eu tivesse estado fora por meses. Luka e Henry estavam levando as suas coisas para dentro de sua casa. Eu decidi ajudar e fui até o porta-malas.
-Safirinha! - ouvi uma voz me chamar.
Olhei em direção a minha casa, de onde o som da voz havia surgido. Vi um garoto alto, de cabelos vermelhos, quase na altura dos ombros. Ele sorria. Ao reconhecer aquele rosto, congelei onde estava e não consegui me mover ou falar. Ele andou até mim e ficou a apenas alguns centímetros de mim.
-Quanto tempo Safirinha. - disse ele - Estava com tanta saudade de você meu amor.
Ele me abraçou e encostou sua cabeça em meu ombro. Seu toque me assombrava, me deixava em pânico.
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Tentei afastà-lo, mas ele era bem mais forte e me prendeu em seus braços. Sentia minhas pernas tremerem.
-M-me s-so-solta. - disse gaguejando.
-Por que meu amor? Não sentiu minha falta? - disse ele ainda me prendendo.
-P-por fa-favor. Me d-deixa em pa-paz.
Meu olhos se encheram de lágrimas e minha respiração começou a falhar. Memórias de um passado tenebroso e obscuro vinham com tudo para me lembrar de uma dor que eu lutei para esconder. Eu me debatia em seus braços, mas era inútil. Foi então que ele foi afastado de mim bruscamente e foi jogado no chão.
Henry estava do meu lado com os braços cruzados e com uma feição nada amigável.
-Se você tocar nela de novo eu quebro essa coisa horrorosa que você chama de cara. - disse ele - Se manda daqui Bryan.
Bryan se levantou e andou até o Henry. Ele empurrou o Henry, que por sua vez agiu da mesma forma. Eles ficaram cara a cara, fitando um ao outro. Eu estava com muito medo, e terminei paralisando.
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