|Capítulo 19 - December 24/25th|

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   A comemoração de Natal da SHIELD nunca foi algo extravagante. Era apenas feita para os agentes que não podiam ir para suas casas no feriado, para dar a eles um dia de folga, uma pausa de toda aquela loucura, das missões e dias difíceis. Eles eram agentes da SHIELD, mas eram humanos e mereciam uma pausa. Então Nick Fury não poupava métodos de agradar seus agentes todo ano. Havia todo o tipo de comida e bebida, uma decoração digna de Natal, havia hora exata para a ceia e tudo mais. Inclusive, amigo secreto, que era organizado entre os próprios agentes. Tudo para extravasar um pouco a pressão de trabalhar para uma agência super secreta.
   Os agente mais novos eram os responsáveis pela decoração e esse ano eles resolveram por um espaço onde os jovens pudessem se divertir, com mesa de jogos, pista de dança, uma área reservada apenas para eles se divertirem enquanto seus superiores se ocupavam em agir como perfeitos bonecos governamentais.
  
   Maria era um desses bonecos. Diferente de Clint, Bobby e até mesmo Natasha, a morena não podia "extravasar". O máximo que bebeu foi duas taças de champanhe e alguns copos de whisky, o restante da festa foi a base de chá gelado e água com gás. Ela não achava ruim, mas Natasha estava a ponto de forçar uma garrafa de vodka pela garganta da comandante. Hill era uma estrategista, mas também era uma diplomata em nome da SHIELD. Haviam pessoas ali com os quais ela negociava, os Conselheiros também se faziam presentes. Ou seja, nada muito chamativo para ela. No entanto, Romanoff pareceu ignorar completamente esse quesito e resolveu provocar Maria até seu último.

— <E quando voltará a nos visitar?> — o homem perguntou em árabe, uma língua que Maria tinha pouco domínio. Sabia apenas o necessário para negócios.

— <Quando terminar algo muito importante que estou fazendo.> — respondeu ela, ao agente que comandava a base da SHIELD nos Emirados Árabes, sorrindo.

— <Seu árabe está ficando melhor. Gali Al-Ghariify irá ficar contente.> — o sorriso do homem demonstrava o duplo sentido em sua frase e Maria tomou um gole de sua bebida para disfarçar.

— <Claro que vai. Como ela está?>

— <Ela quem?> — Romanoff se aproximou sorridente tocando o ombro de Maria, que sentiu um arrepio desconfortável subir sua espinha, quando gradualmente o aperto gentil passou a ficar mais forte e machucar sua pele. — <Desculpe interromper, mas eu irei precisar da Comandante Hill por um instante.>

   O homem assentiu com a cabeça.

— <Toda sua.>

— <Com certeza.> — esperou ele se distanciar e virou Maria para que ela ficasse de frente para ela. — Quem é Gali Al-Ghariify?

   Cruzando os braços em baixo dos seios fazendo eles mais amostra no decote, sorriu provocativa. Engolindo seco, Maria a guiou até um canto mais afastado do saguão e repreendeu Natasha em um tom baixo de voz.

— Qual parte do age como uma das minhas alunas você não entendeu?

— Eu estou agindo. A culpa não é minha se sou muito qualificada para o posto de nível 1 — deu de ombros — Aliás, quando terei o nível 2? Estou louca pra usar na biblioteca e desbloquear a sessão de livros sobre Krav Maga.

— Romanoff!

— Foi mal — revirou os olhos. — É meu primeiro Natal na América e com você. Eu queria estar fazendo algo mais... — deslizou a ponta do dedo descaradamente pelo vão do blazer de Maria, que estapeou sua mão tentando focar —, sei lá. Só não fingindo ser sua aluna, o que eu sou, mas não vem ao caso...

Você pediu para vir! — abriu um pouco os braços sem entender — O que está lhe incomodando?

Natasha trocou o peso da perna enquanto pensava se iria dizer ou não. A russa umideceu os lábios antes de dizer:

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