(N/A: todas as vezes que as falas da Yelena estiverem em itálico é porque ela está pronunciando de forma errada, com dificuldades — necessitando da ajuda da Natasha — ou com muito sotaque.
Quando estiver com esses sinais "<>" significa que a fala é toda reproduzida no idioma russo.).Após 3 horas de interrogatório pelo telefone com Nick Fury e com o Conselho e mais 1 hora e meia explicando para mídia que não passava de um acidente causado por uma tubulação de gaz, Maria retornou para o hotel exausta. Natasha e Yelena não trocaram palavras com a morena até que ela estivesse mais calma, com banho tomado e sob efeito de um remédio para enxaqueca. O celular da morena não parava de tocar e vibrar com mensagens e ligações e seu e-mail estava lotado. Ela com certeza colocaria um ponto final naquilo em menos de uma semana, afinal de contas ela era Maria Hill e jamais iria deixar sua bagunça acumular e afetar seu trabalho na agência, porém levaria tempo, algo que ela estava longe de ter no momento.
Assim que saiu do banheiro, Natasha lhe entregou um copo com água gelada e duas pílulas de ibuprofeno e Yelena terminava de por a mesa com o jantar que ela pediu — com ajuda de Natasha, Yelena descobriu a comida preferida de Maria — tortellini de bolonha e lasanha* para o jantar e de sobremesa um tiramisù. Ambas as russas pareciam duas crianças que haviam se comportado mal e estavam tentado comprar o perdão da mãe. O quarto fora limpo por elas, lençóis e carpetes trocados, uma pilha de filmes alugados foram posicionados ao lado da TV — sendo eles as sagas preferidas de Maria —, havia também uma garrafa de vinho tinto, que provavelmente custava o olho da cara, e uma de whisky. As duas possuíam em seu rosto uma expressão serena e inocente, mas Hill conhecia muito bem a natureza de ambas.
Mesmo assim ela aceitou o remédio e a água, se sentou à mesa e a loira fez questão de servi-la. Maria apenas observava cautelosamente a ação das duas. Elas se sentaram à mesa. Natasha e Yelena, lado a lado, de frente para a morena, que esperava de ambas no mínimo uma palavra. Ela não seria a primeira a falar, pois se abrisse a boca agora poderia se arrepender depois. Ela queria ouvir e digerir o relato das espiãs, para só depois formular uma resposta. Era assim que ela trabalhava e isso evitava magoar as pessoas com palavras que ela sabia que não poderiam ser apagadas.
— Maria... — Natasha iniciou.
Sua boca estava seca e seu coração a ponto de sair do peito com medo do que lhe aguardava. Maria podia não ter dito uma só palavra, mas seus olhos conseguiam transportar seus sentimentos muito bem. Ela sentia raiva, cansaço e tristeza também, mas o que mais doia de ver nos olhos de sua amada era a decepção. Ela sabia que havia pisado na bola, cometido um erro muito grande e que levaria a morena a uma semana infernal limpando sua bagunça, mas ela queria deixar claro de alguma forma que não traiu a confiança dela e que nunca trairia.
— Eu posso explicar tudo, eu juro.
— É o mínimo que espero de você, Romanoff. — como eu disse, Maria odiava falar quando estava de cabeça cheia, pois ela não evitava demonstrar o que sentia pelo tom da voz.
— Podemos comer primeiro?
Maria apenas deu um leve aceno com a cabeça e começou a se alimentar. Por mais que o dia tivesse sido difícil, ela estava faminta. As três comeram em silêncio, mas, se cada uma ali pudesse partilhar seus pensamentos, tudo estaria uma algazarra. Assim que se satisfez, Hill limpou a boca com o guardanapo e serviu para as três a sobremesa e uma taça de vinho. Para se aproximar de Yelena ela levou um tempo, já que a loira não era familiarizada com Maria e não se sentia confortável com proximidades. Após isso, ela se sentou e olhou de volta para Natasha.
— Sua explicação. Não me omita nada, nem o detalhe mais insignificante, você sabe que eu vou descobrir de qualquer forma.
A ruiva assentiu e respirou fundo. Surpresa por Natasha estar com a guarda tão baixa e realmente estar disposta a contar a verdade, Belova olhou Maria Hill com a sobrancelha arqueada.
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Avaliation
FanficNatasha queria ser alguém melhor, queria usar suas habilidades para algo além de apenas matar mafiosos, políticos ou seja lá quem fosse um alvo para a Sala Vermelha. Clint Barton foi enviado para acabar com a ameaça que a ruiva demonstrava ser para...