|Capítulo 28 - Fixing the Past|

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   Você pode até pensar que Maria estava com raiva do que sua irmã havia feito ou que era uma bela covarde por não querer ver sua ex mesmo sabendo que o que fez foi algo necessário. Mas a questão é que Hill teve tempo, cerca de 5 anos, para pensar no que fez e ela não era nenhum pouco grata por isso ou orgulhosa por sua escolha. Murphy merecia uma explicação plausivel por ser chutada por mensagem e não ter sequer uma ligação explicando o motivo daquilo. E era exatamente por isso o destino resolveu por Maria em um carro com Megan, Natasha, Yelena e a pequena Alex rumo ao aeroporto onde Murphy encontraria Megan para leva-la até Seattle. Antes de levar Megan, Maria foi obrigada a buscar Yelena no abrigo, pois elas aproveitariam a estada no aeroporto para irem direto para o Chile pela manhã.

   Maria tamborizava os dedos no volante, fuçava na lateral da porta, trocava de música com a mesma velocidade que respirava... A ansiedade da morena estava deixando Natasha ansiosa e Yelena muito fula da vida.

— Natalia, faça sua namoradinha parar... ou eu faço! — Yelena rosnou no banco de trás e apoiou a cabeça na janela.

— Não me estressa mais, Belova.

   Yelena revirou os olhos e começou a fazer rabiscos no embaçado do vidro. Megan observava tudo calada. Maria odiava ver a irmã calada. Megan era psicologa infantil e, para Maria, não existe ser que mente melhor do que uma criança, simplesmente por sua imaginação fértil. Calada Megan era capaz de descobrir mais em um interrogatorio do que falando e, às vezes, Maria tentava se espelhar nessa habilidade da irmã, mas digamos que Maria Hill não é conhecida pelo excesso de paciência; pelo contrário.
  Então passou a concertar sua postura, limpar sua expressão e acalmar sua respiração. Ao suspirar para acalmar a ansiedade, recebeu um olhar curioso da irmã, que franziu levemente a testa, no entanto não disse nada. Apenas observou Maria pelo retrovisor por alguns segundos e depois checou a filha, que dormia calmamente ao seu lado.

   Mesmo não olhando, Megan avaliava as três mulheres. Sua irmã era mais fácil para ela ler quando a mesma não tentava ocultar ou colocava uma mascara impenetrável como proteção. Já as outras duas russas de estimação de sua irmã eram impossíveis de ler. Se não fosse pelo sotaque Megan nunca as julgariam como russas. A ruiva estava aqui, em US, há mais tempo, já a loira era nova no país. Uma era a nova namorada de Maria, e a outra, o que era? Colega de trabalho? Talvez, mas o que a CIA iria querer com russos?

   Maria mudou novamente de música, colocando uma do Imagine Dragons, On Top of The Word, que acordou a pequena Alexandra, que se revelou fã da banda e passou o resto da vigem fazendo Natasha vasculhar pela playlist em busca da banda. Essa pequena distração fez Megan perder sua linha de raciocínio e ao olhar para a irmã pelo retrovisor, a encontro com um sorriso desdenhoso nos lábios.

Piccolo serpente. — Maria leu os lábios de Megan e sorriu mais.

   Cerca de vinte minutos depois, Maria estacionou o carro em frente ao aeroporto. Natasha e Yelena sairam do carro primeiro, olharam envolta e depois deram duas batidas no vidro do carro.

— Que exageiro, parecem estar escoltando a filha do presidente.

— A segurança não é pra você, Meg, é para mim.

   Na real era uma puta mentira, mas Maria Hill nunca admitiria isso. Em compensação, só deixou a mente de Megan mais próxima de descobrir o que estava acontecendo. Maria desceu do carro e ajudou a irmã com as malas, deixando as russas com as mãos livres caso precisassem usa-las.
  Romanoff foi na frente, enquanto Yelena andava mais afastada delas por trás. Mesmo com as mãos ocupadas, Maria não deixava de observar todos e tudo a sua volta, principalmente as saidas.

— Onde ela disse que te encontraria? — perguntou, Maria.

— Na cafeteria do segundo andar... Não foi lá onde vocês... bom... se conheceram?

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