| Capítulo 9 - Carol Danvers, Part I |

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   De acordo com Fury, ela estava ficando "soft" e em sua longa experiência como Rainha do Gelo, Maria não achava isso algo bom, nem mesmo se isso a fizesse melhorar de seus pesadelos e/ou a fizesse ser um pouco mais humana de novo. Ela só gostaria de saber como, afinal Fury já a enviou para tantos psicólogos e exames que ela até perdeu a conta. O diretor havia gasto uma grana preta para tratá-la, mesmo que ele não lhe devesse isso e em menos de dois meses, Natasha havia feito ela desenvolver um lado mais descontraído. Ela estava preocupada com isso.

   Mesmo que Nick lhe aconselhou a aceitar aquilo, ela não estava confortável. Assim que isso acabasse, ela iria se afastar. Era o certo, para ela e para Romanoff.

— Quer que eu jogue água na sua cara? Você está pensando demais e está saindo fumaça — a voz de Phil Coulson quebrou sua linha de pensamento e a fez revirar os olhos.

— Tenho que ir buscar o gato do Fury. Pode vigiar a Romanoff?

— Não. Nem vem — sacudiu a cabeça freneticamente.

— Então, leva o gato.

— Muito menos! Eu não sei o que é pior, aquele gato ou uma assassina soviética que só se dá bem com duas pessoas em todo o prédio — Maria revirou os olhos pelo medo patético dele.

— Ela gosta de você, é só não dizer que eu sou babá dela — ela andou calmamente até a mesa onde estava seu tablet e o apanhou antes de apontar para a porta com a mão, indicando para Phil seguir ela — Sem contar que ela está se empenhando para ser simpática com todo mundo, levando em conta o quanto ela já nos custou.

— Primeiro, você é babá dela. Segundo, se empenhar não é ficar me olhando trabalhar como se fosse me acertar algumas coisa na testa — Maria grunhiu e saiu pisando fundo do salão — Pede para o Barton.

— Não. O agente Barton me espera estar longe para encher a cabeça dela com abobrinha.

— E ele está errado em dizer que você é o demônio?

   Maria parou de andar e se virou para Phil, que não teve tempo de parar e trombou com a comandante.

— É diabo — corrigiu — E sim, ele está errado.

— Aé? — Coulson olhou ao redor e viu dois agentes descontraídos conversando entre si. — Olha para eles.

— Por que?

— Só olha.

   Maria fez o que Coulson disse e, quando um dos agentes notou, cutucou o amigo e ficaram em posição de sentido e cara amarrada. Ela não os olhava como se estivesse dando uma ordem ou com raiva, mas a expressão séria já era o suficiente.

Coulson deu risada, por pena dos agentes e pelo suspiro frustrado de Maria.

— Viu? A expressão é tudo. Observe: — Coulson acenou para os dois agente, que retribuíram com um tímido polegar positivo.

   Maria fechou os olhos e balançou a cabeça completamente exausta e incrédula de que ela era errada por ser profissional.

— Eu não vou acenar pra ninguém — voltou a andar e entrou no elevador, com Coulson em seu encalço.

— Como quiser.

— Onde está a Romanoff?

— Oh, a última vez que vi sua sombra ruiva, ela estava indo para a sala de treinos com Clint.

(...)

— Acorda, Tasha! — Clint tenta acertar um tapa na nuca de Natasha, mas ela segura o seu pulso, sem tirar os olhos do seu alvo — Você está encarando isso por cinco minutos, atira logo.

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