|Capítulo 22 - I am yours|

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[7:34am]

   O celular de Maria vibrou ao lado do seu travesseiro. Ela ignorou. Novamente ele vibrou. E novamente ela ignorou. Na terceira vez, já sem paciência e com receio de acordar Natasha, Hill se sentou e atendeu o celular com os olhos fechados e uma voz carregada de raiva.

— Hill! — disse seca.

   Se fosse algum funcionário da SHIELD, iria se arrepender amargamente por interromper seu sono em uma semana de folga. Ela esperava que o mundo, no mínimo, estivesse acabando para ter sido acordada.

"Bom dia, flor do dia!" — Maria conhecia bem aquela voz e o deboche presente nela.

— Danvers?! O que quer? — se deitou novamente.

"Desejar um feliz Natal para você, oras".

— Nick mandou ligar, não é? Avisa à ele, e ao orgulho dele, que eu estou bem.

"Ela disse que está bem!" — gritou Carol.

   Hill afastou o celular do ouvido e negou com a cabeça, ela definitivamente não merecia aquilo. Maria ia encerrar a ligação, quando se lembrou da conversa que teve com Nick. Carol iria procurar aqueles homens para ela com a tecnologia skrull, o que dava a ela vantagem.

   Maria abriu os olhos, espantou o sono e olhou para o lado. Natasha não estava deitada mais ao seu lado. Quando ela havia se levantado? Maria olhou para os lados em busca da russa, mas nada encontrou além de um papel escrito às pressas:

"Eu acordei cedo e com fome. Fui até a casa buscar um café da manhã para a gente.

"Não surta.

"N.R ; )"

  Soltando um suspiro aliviado, Hill se sentou sobre o baú.

— "Ouviu o que eu disse?"

— Sim, não... digo, poderia repetir?

— "Você está bem?"

— Não é nada. Repete — balançou a cabeça, mesmo sabendo que Carol não podia lhe ver.

"Okay. Eu tenho um rastreador na nave que funciona com leitura de calor e DNA e que poderá ajudar."

— Isso é inútil, Danvers. Você está em um planeta com mais de sete bilhões de pessoas e espécies de animais e plantas. Tem assinatura de calor por todo o lado. E DNA? Você não o possui. Se eu tivesse DNA, eu já teria os achado.

   No outro lado do telefone, Carol revirou os olhos.

"Mulher de pouca fé." — resmungou ela. Um barulho de vários papéis sendo revirados foi ouvido através do telefone antes da loira continuar. — "Todo mundo possui uma assinatura de calor diferente nesse rastreador. É como uma aura."

— A pronto. Lá vem a hippie.

"Imbecil. Bom, quando Nick resgatou você, você tinha energia acumulada."

— Sim, se chama ódio.

"Energia não pertencente à você" — reafirmou Carol, pausadamente — "Graças as amostras do seu DNA naquela época, eu pude... digo, Talos pode separar a 'aura' que pertence a você e a que não pertence. Eram cinco pessoas, ou seja, cinco energias."

— Tá, tá. Mas isso não explica o DNA.

"Isso foi fácil de conseguir"— disse com orgulho de si mesma.

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