| Capítulo 10 - Carol Danvers, Part II|

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— Natasha Romanoff, essa é a Capitã Carol Danvers, Carol, essa é a agente Romanoff — apontou o dedo de uma para outra.

Maria tirou o cinto que prendia seu coldre e pôs nas costas da cadeira e se sentou. Aquele troço pesava e ela sentia como se sua cintura estivesse se partindo depois de muitas horas de uso.

— Capitã? Foi da marinha também? — acariciava o pelo da gata, enquanto tentava montar um perfil sobre Carol.

— Aeronáutica — respondeu e voltou para o seu lugar a mesa.

— Então você meio que obedece ela também? Que infelicidade — Maria foi obrigada a rir, mas não para humilhar Nat, como ela faria com qualquer outro agente, foi mais um riso descontraído pelo fato de que Natasha, pela primeira vez, não fazia ideia do que estava acontecendo.

— Isso é hilário — disse Maria, afundando o rosto nas mãos.

— Para, Maria, você já esteve no lugar dela — Carol deu uma mordida em seu sanduíche e assim que engoliu começou a explicar para Natasha — Nat, posso te chamar assim, né?

— O que lhe fizer confortável, senhorita Danvers.

— Só Carol, ruiva — respondeu com simpatia e Natasha abaixou o olhar um pouco constrangida com o largo sorriso de Carol. Ela estava mais acostumada com a monótona expressão de Maria ou com o sorriso brincalhão de Clint, mas Carol parecia vomitar arco íris de tão simpática — Maria é uma comandante na SHIELD e general da marinha, ela manda em mim, mas digamos que eu não obedeço ela. E eu não sou capitã, sou uma coronel na aeronáutica, ou fui. Não entro em um caça há uns 17 anos. Piloto outra coisa agora.

— Quinjet? —  Carol sorriu para Natasha.

Muito melhor que um quinjet. Depois te mostro, se a Maria permitir.

   Natasha olhou rapidamente para Maria, com um brilho nos olhos. A agente não conseguia olhar aqueles olhos e responder alguma coisa coerente, então apenas concordou com a cabeça. Ela tinha certeza que Natasha usava aqueles olhos para torturar suas vítimas.

— Você disse que não é capitã, por que a Comandante Hill te chamou de Capitã Danvers?

— Bom, porque quando estou de uniforme meu nome é Capitã Marvel, uma escolha especial do Nick. Ele disse que fica melhor do que Vers — deu de ombros e voltou a comer seu sanduíche.

— Então você é uma agente especial, como Clint, que se intitula o Gavião Arqueiro ou eu, Viúva Negra?

— Não exatamente — Carol olhou para Maria. Não trocaram uma só palavra, mas elas estavam conversando entre si.

   Carol queria saber se podia confiar aquilo à Natasha, então Maria apenas fez um movimento com a cabeça, indicando um sim.

— Você não pode abrir a boca pra ninguém.

— Eu fui treinada desde os seis anos para fazer as pessoas falarem, não o oposto, e eu consegui isso das duas, se não perceberam isso — Maria podia sentir o ego de Natasha expulsando o oxigênio do ambiente. Como alguém com o corpo tão pequeno pode guardar tanto egocentrismo?

— Gostei dela — Carol sorriu apontando para Nat e Maria revirou os olhos azuis — Eu sou metade alienígenas e metade humana. Eu trabalho no espaço, ajudando outros alienígenas encontrarem seus lares e impeço que alguns deles venham para cá causar algum mal à vocês. Essa gatinha que você está segurando e acariciando, é um flerken, um gato alienígena com tentáculos. Ela é minha arma. Eu vim buscá-la, depois eu devolvo para o Nick.

   Natasha parou de acariciar os pelos dourados de Goose, que miou em protesto. Ela olhou para o rosto de ambas as mulheres, principalmente para Maria, que a observava atentamente esperando sua reação. Maria tinha que admitir que aquilo estava fazendo o dia dela.

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