|Capítulo 25 - Where is My Weapon |

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   Maria bocejou e piscou várias vezes tentando manter os olhos abertos. Eram 7:00 da manhã e ela não pregara os olhos a noite toda. Ela estava na lanchonete do hojel com uma pilha de papeis de um lado da mesa, notebook no centro e uma caneca de café vazia do outro. As laterais do sofá booth da lanchonete estavam cheias de pastas de diversas cores onde Maria colocava os casos e e-mails selecionados por cores de prioridade. Ela até alugou a impressora do hotel para suprir sua demanda de papel e impressões.
   Ela estava exausta. Precisava de um banho e de uma semana de sono ininterrupto. Mas sabia que estava a anos luz de conquistar isso.

   A garçonete se aproximou da mesa de Maria e lhe serviu mais uma dose de café (aquela já era a sexta).

— Noite difícil? — perguntou a moça, tentando ser educada.

   Maria parou sua frequente digitação e olhou para cima, dando um sorriso cansado.

— Tá mais para vida difícil.

    A moça, sem nenhuma discrição, olhou para o computador, roupas e celular de Maria. Os aparelhos eram de ultima geração, pois eram os únicos que aceitavam a criptografia da SHIELD, e a roupa era nova, dada por Lillian May, mas a jovem não sabia desses detalhes. O hotel em si era caro, a comida e até mesmo o café valiam ouro, então tudo apontava a atual condição financeira da mulher. Maria odiava mostrar o que tinha pelo simples fato: não podia dizer que sofria e que metade daqueles bens eram de uma propriedade privada, que mil e uma pessoa diriam "Como? Você tem tudo?". De fato ela tinha tudo, mas não era dela o dinheiro, era de sua mãe e da SHIELD. Ela não conquistou nada daquilo, nunca usou nada daquilo quando realmente precisou, então ela não se sentia confortável demonstrando seu status.

   Antes que pudesse dar uma explicação desnecessária para a atendente, Natasha surgiu do nada em frente a sua mesa.

— Baby, Lena pediu para perguntar se ela pode sair para caminhar. Ela é acostumada a fazer caminhada matinal — só após parar de falar, Natasha percebeu a presença da garçonete e seu olhar julgador — Bom dia.

— Bom dia. Com licença.

    Ela não precisou dizer absolutamente nada, seu olhar já dizia: "Vida difícil, né? Até a namorada é importada.". Maria apenas revirou os olhos e tomou um gole do seu café.

— Yelena já saiu do quarto, não é mesmo? Você nunca me pede algo quando está para fazer, você me pede quando já fez.

— Eu achei que ficaria brava se entrasse lá e visse que perdeu uma Viúva Negra.

— Sorte a dela que minha disposição para tudo acabou quando deu quatro da manhã — assinou mais um documento e guardou na pasta amarela — Incrível, passar a véspera de ano novo assinando documento e respondendo emails.

— Sinto muito.

   Maria negou e voltou sua atenção ao computador. Romanoff apanhou um papel, leu seu conteúdo e revirou os olhos. Era um relatório; não do que aconteceu ontem, mas de uma missão que ela fez em maio daquele ano. Maria estava organizando seus relatórios para fechar o ano e arquiva-los. O que significava que os trabalhos sobre o ocorrido de ontem já haviam sido feitos.
Natasha, silenciosamente, começou a juntar os papéis e por em ordem por hora de impressão, assim Maria saberia onde os por quando fosse organizar. Pegou as pastas e empilhou todas, uma em cima da outra e depois, sem mais nem menos, fechou o computador de Maria.

— O que está fazendo?

— Pelo o que vi, você já lidou com a merda de ontem. Há horas atrás — fez uma pausa e assistiu o revirar de olhos cansado de Maria. — Nós temos que ir atrás do garoto para pegar o DNA que a Carol precisa, certo?

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