| Capítulo 6 - She's the Devil |

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Classificação livre
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   O caminho de volta para a SHIELD foi em um completo silêncio, que ficou pior quando Maria recebeu uma ligação de New York pedindo para que ela fosse até o aeroporta-aviões da SHIELD. Ela não estava em seu melhor dia. Acordou abraçada a uma assassina russa, sua irmã fez questão de arruinar sua manhã com o mesmo pedido do sábado passado, Fury ainda estava no Chile e ela tinha que lidar com uma instalação secreta voadora cheia de estagiários. Então, qualquer coisa, até mesmo uma mosca no mesmo ambiente que ela, poderia fazê-la perder a cabeça. Natasha percebendo a raiva irradiando do corpo da chefe, nada disse o caminho todo; nem mesmo um comentário humorado sobre como ela ultrapassou todos os sinais de trânsito e ainda se queixou quando quase bateu em uma van.

   Ao contrário de fazer seu caminho rotineiro — escritório, vestiário, quinjet — ela foi direto para o saguão de vôo. Estacionou o carro próximo a entrada de cargas da nave e saiu do veículo sendo acompanhada pela ruiva.

— Onde nós estamos indo? — Perguntou Natasha, olhando a magnitude do lugar.

   Havia um enorme aeroporta-aviões recebendo seus últimos reparos, em sua lateral estava escrito A-Shield. Natasha franziu a testa, queria saber o significado do "A", mas não era de sua alçada saber e não iria se atrever a fazer outra pergunta para a comandante — pelo menos não agora.

Vários quinjets estavam enfileirados do lado esquerdo, enquanto do lado direito havia carros de todos os tipo, motos e mochilas à jato. Agentes corriam de um lado para o outro, vindo e voltando de missões; alguns recebiam assistência médica, outro estavam dentro de sacos pretos... O saguão de vôos era um verdadeiro caos todos os dias e isso também explicava Maria ter ficado ainda mais estressada.

Nós não vamos a lugar nenhum. Eu vou — chamou um agente com a mão, sem nunca tirar os olhos da ruiva. Seu olhar havia voltado a ser o que era. Frio, duro e imperdoável. Era como se ao pisar na SHIELD sua alma era substituída — Você vai voltar para o seu quarto e espera Barton chegar. Às onze, caso queira saber.

— Onde a senhora vai? — Ela apenas usou o termo "senhora", porque o agente que Maria havia chamado estava do seu lado agora.

— Comandante.

— Agente Wing, leve a Agente Romanoff de volta ao quarto-cela dela e diga ao Agente Hudson, o guarda de bloco, que quero conversar com ele às seis em meu escritório — cada palavra que ela dizia parecia ter sido perfeitamente ensaiada. Nem uma vírgula parecia ser posta no lugar errado. Era frio e monótono — E quanto a sua pergunta, Romanoff, por mais que eu não lhe deva satisfação, estou indo para New York.

   Girou seu calcanhar sem dizer mais nenhuma palavra e entrou no quinjet. Ainda parada lá, tentando entender o que simplesmente aconteceu, Natasha pode ouvir Maria gritar em chinês com um agente que estava pondo as cargas de maneira errada na nave.

— Vem, Viúva — o Agente Wing a segurou pelo pulso, mas o contato foi logo rompido por Natasha, que o puxou para longe.

— Eu sei o caminho. E nunca mais toca em mim — já que dentro da SHIELD Maria Hill mudava seu tom de voz, Natasha faria o mesmo. Usou sua voz de Viúva Negra e quase passou por cima do agente.

   Ela usou esse mesmo tom de voz com qualquer um que não fosse Clint e descobriu que os agentes da SHIELD não eram tão diferentes assim de seus alvos passados. Um pouco de medo e eles fariam o que fosse necessário para se manter vivo.

Refeitório da SHIELD para níveis inferiores

— Onde você estava? — Perguntou Clint pela milésima vez só naquela hora.

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