17 - Eu te amo

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Yoongi fez variáveis perguntas sobre como era a administração ou como era o processo para recrutar novos escritores, aparentemente era uma entrevista normal e saudável. Aparentemente.

Ele, ainda sorrindo, desliga o gravador e o guarda em sua maleta.

-Só isso? Acabou? -Perguntei, debochando.

-Deve ser o suficiente... Parece que a senhorita Ellen precisa preparar mais alguns contratos.

-Acha que ela está interessada em mim?

-Ela está... Curiosa. Esse material irá fazer ela perder as dúvidas que ainda tem. Isso vai ajudar ambas. Tchau!

Ele levanta e vai embora. Por que será que está me "ajudando" depois de tantos anos tentando me derrubar?!

Pensar nisso me causa náuseas.

[...] 9:00PM

Me encontrar com Miranda e Jungkook na sorveteria foi muito bom. Nós conversamos durante várias horas, sobre tudo que estava acontecendo conosco. Mesmo que tenhamos conversado bastante sobre o Jack, o que me doeu infinitamente, acabamos por nos despedir rindo, já que fui obrigada a contar como minha amizade com Jungkook começou.

Na verdade, é engraçado mesmo. Passamos de sexo para cumplicidade. Isso não acontece muito por aí.

Tento ligar para Jimin, para que ele venha me buscar, mas ele não atende o celular. Meu motorista está de folga e tanto Jeon quanto Miranda tem outros compromissos.

Decido ir sozinha, por uma das ruas mais movimentas possível de Londres. Existem luzes coloridas enfeitando a estrada, homens vendendo algodão doce e balões, flores e saquinhos de pipoca coloridos. Um parque de diversões bastante cheio e grande, crianças correndo por toda parte e o melhor de tudo: policiais por perto.

Ando despreocupada como nunca mais havia feito. Aproveito até mesmo para comprar um pouco de algodão doce para mim.

Já perto da minha casa, procuro distraída, minhas chaves.

Ué, eu tenho certeza que sempre ponho deste lado da bolsa...

Sem querer, deixo o saquinho do algodão doce cair no chão, e me abaixo para pegar, olhando na direção de uma das minhas janelas e vendo uma sombra passar por ela.

Suspiro com o susto, levanto imediatamente e começo a correr.

Que droga, como conseguem entrar tão facilmente numa casa onde tem tanta segurança?

-Jimin? -tentei ligar novamente- Jimin, onde você está? A-aparece, por favor, eu estou com medo, tem alguém lá em casa... Me liga, por favor.

Após deixar o recado, acabo me desequilibrando ao bater no capô de um carro vermelho. Enorme e chamativo. Existem as iniciais K.C bem no parabrisas.

Quando me aproximo para ver melhor, sinto uma mão em meu braço e outra na minha boca, me paralizando. Meu coração automaticamente acelera, e o medo cresce em uma velocidade absurda.

-Quietinha... -Ele sussurou.

Eu não reconheço essa voz. Não faço a mínima ideia de quem seja.

Ele tenta me empurrar para dentro do carro, mas eu continuo resistindo.

Ponho os pés contra o carro para fazer força, e ele continua me empurrando. Mesmo estando desesperada e com os olhos meios embaçados graças ao choro repentino, eu não quero ceder.

Sinto mais ódio que tristeza por seja lá quem seja esse desgraçado.

-Você vai entrar por bem ou por mal? -Ele sussurrou novamente.

Guarda Costas;;PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora