Eu machuquei a mim mesmo hoje
Para ver se eu ainda sinto
Eu me concentro na dor
A única coisa que é real...
Eu uso essa coroa de espinhos
Sobre meu trono de mentiras
Cheio de pensamentos quebrados
Que eu não posso consertarSob as manchas do tempo
Os sentimentos desaparecem
Você é outra pessoa
Eu ainda estou bem aquiO que me tornei
Meu mais doce amigo?
Todos que eu conheço vão embora
No finalE você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira
Eu vou te desapontar
Eu vou fazer você sofrerSe eu pudesse começar de novo
A milhões de milhas daqui
Eu me salvaria
Eu acharia um caminhoHurt - Johnny Cash.
Logo terminaram o serviço libertando aquelas pessoas e Mackey desceu da plataforma. Na hora de ir embora ela percebeu que havia algo errado, ouviu alguns sons estranhos vindo de baixo do galpão, ela não poderia ignorar aquilo. Começou a procurar a origem do ruído e logo achou uma porta escondida atrás de alguns caixotes de madeira, arrastou-os e abriu a pequena porta. Sacou a pistola que carregava nas costas e entrou, sempre em posição de alerta, seguiu pelo corredor mal iluminado e logo sentiu um cheiro extremamente desagradável, aquilo poderia ser associado facilmente com urina... Ou comida podre.
Empunhou a arma à frente do corpo e virou à esquerda, pronta para o que viria, mas o que encontrou a desestabilizou.
Ali estavam mais pessoas, e pareciam piores do que as outras dos containers, na verdade eram bem mais jovens, adolescente e crianças. Todos a olhavam muito assustados e ela logo guardou a arma, dizendo:
— Tudo bem, não precisam ter medo. Não vim fazer mal, vim tirá-los daqui. – Eles ainda pareciam meio céticos, quando ela acrescentou – Venham comigo!
Lentamente alguns se levantaram e foram em direção à saída, se encolheram um pouco ao passar por ela, pareciam com medo de que ela lhes fizesse algum mal... Mais mal do que já haviam feito. Foi então que ela se lembrou dos corpos do lado de fora, não poderia deixá-los ver, seria traumatizante. Então ela logo gritou:
— Esperem! – Eles pararam e se encolheram no chão, Mackey nunca pensou que pudesse sentir tanto ódio dos seres humanos como sentia naquela hora. O que fizeram com essas crianças? Deixando esse pensamento de lado, ela se dirigiu para o primeiro da fila e disse – Há algumas coisas lá fora que eu não gostaria que vocês vissem, então vou pedir para fecharem os olhos, está bem?
O menino balançou a cabeça em concordância e fechou os olhos.
— Os outros façam o mesmo e coloquem a não no ombro de quem estiver na frente. – Continuou Mackey – Vou guiá-los para fora daqui.
— Como podemos confiar em você? – Perguntou uma adolescente que estava no fim da fila.
— Não posso te dar garantia do que não sou uma deles, só posso dizer que vim ajudar e já dei um jeito nos sequestradores... Preciso que confiem em mim.
A mocinha acenou com a cabeça e se virou para um canto escuro do lugar, dizendo:
— Vem, Anne, nós vamos sair daqui.
Mackey seguiu o olhar da menina e avistou uma criança encurralada no canto. Ela parecia assustada e os olhos castanhos revelavam muito medo. Lentamente a agente se aproximou da criança e se abaixou na frente dela, dizendo:
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Codinome Ártemis
AcciónMackey é uma das melhores agentes de sua organização. Ninguém nunca soube seu verdadeiro nome, e por isso a intitularam como Ártemis. Ninguém se atrevia a cruzar seu caminho, pois apesar da pouca idade, ela era implacável e fria. Nunca volta sem um...