38 - INFORMAÇÕES

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Se passou mais de uma hora e todos estavam começando a ficar histéricos com a situação, Clara não aparecia e ninguém a tinha visto, era como se ela tivesse simplesmente evaporado no ar.

Por volta das nove horas da manhã Júnior chegou no sítio trazendo consigo dois amigos policiais que logo se espalharam pela propriedade para procurar alguma pista, informação qualquer, ou até mesmo evidência de sequestro.

Júnior foi falar com sua família e assim que chegou na sala, foi recebido por uma enxurrada de perguntas, todos estavam bem exaltados.

"Calma pessoal." Pediu, mas ninguém o deixava falar. "CALEM A BOCA!" Gritou se fazendo ouvir por todos. "Eu tenho uma coisa para falar para vocês."

"Fale meu filho, por favor." Sofia pediu.

"Ontem no almoço Clara recebeu uma mensagem muito suspeita no celular dela e eu fui para casa mais cedo justamente para investigar sobre isso."

"Mensagem? Que mensagem? Por que ela não me falou nada?" Marjorie perguntou indignada.

"Calma, moça, pedi para ela não falar nada para ninguém antes de eu ter certeza de que não se tratava de algo sério."

Ao ouvir isso, Marjorie correu para o quarto e Amanda foi atrás dela pegar o celular de Clara para ver a tal mensagem, encontrando-o abriu logo para ver o que tinha escrito. 'Não saia de casa esse fim de semana e não fique sozinha. Isso não é um trote, muito menos brincadeira, você corre perigo!'

Marjorie sentou na cama chorando e se perguntou como pôde não ter visto o que aconteceu se ela e Clara estavam dormindo na mesma cama.

"Me dá isso aqui, cunhada, vamos voltar para a sala e ouvir o que Júnior tem a dizer." Amanda pegou o celular das mãos trêmulas de Marjorie e foram para a sala a tempo de ouvir Júnior dizendo que a pessoa que mandou a mensagem estava sob custódia, porém se mantinha desacordada no hospital por uma overdose.

"Quem é essa pessoa? A gente conhece?" Amanda indagou.

"Creio que não, é um rapaz de dezoito anos que aparentemente é dependente químico. Acredito que ele é morador de uma das cidades vizinhas já que nós conhecemos praticamente todos os jovens daqui. O rastreamos ontem à noite pelo número do celular que ele usou para mandar a mensagem para Clara, mas quando os policiais chegaram lá, ele estava desacordado por ter ingerido uma grande quantidade de comprimidos."

Enquanto Júnior falava, um de seus homens chegou com uma evidência num saquinho plástico, eles perguntaram se o objeto azul-claro pertencia a alguma delas. Marjorie quando viu, logo constatou que era a presilha de elástico que Clara estava no cabelo quando foi dormir à noite.

"Certo, senhor delegado, podemos falar com o senhor em particular?" O homem perguntou e Júnior assentiu saindo para falar com ele porém foi impedido por Sofia.

"Aonde você pensa que vai, Júnior? Esqueceu que eu sou uma promotora pública, eu sem bem o que essas conversas particulares significam. O que tiverem para falar, pode falar na nossa frente."

"Certo Sofia. Pode falar, Oliveira." Ele disse ao homem.

"Senhor, existe uma certa quantidade de sangue no local onde encontramos essa presilha de cabelo." Assim que ele disse isso, Amanda e Marjorie se desmancharam em lágrimas tendo que ser amparadas. "Precisamos de um perito aqui o quanto antes para nos ajudar a entender se isso se trata de uma cena de crime."

Seu Carlos chegou e ficou completamente desorientado com tudo o que estava acontecendo. Sofia, Amanda e Marjorie choravam, mas Deise se mantinha firme. Ela deu dois calmantes leves à Sofia, um à Marjorie e muito chá à Amanda.

Ladras de Beijos e Corações (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora