40 - O RESGATE

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Júnior seguiu com duas viaturas para a localização que Oliveira tinha lhe enviado. De longe perceberam uma movimentação suspeita no lugar. Era uma casa grande de uma fazenda que tinha sido tomada pelo governo, por isso o lugar estava vazio.

Ele e os outros policiais cuidadosamente cercaram o lugar, não muito distante dali havia uma pista de pouso particular na qual estava um avião bimotor com um piloto que aparentemente estava se preparando para decolar. Pelo comunicador, Júnior pediu para Oliveira cuidar do avião que ele e os outros policiais cuidariam de resgatar Maria Clara.

Minutos depois, Oliveira chegou no lugar e se dirigiu para a pista de pouso para render o piloto, ele só não contava que esse estava acompanhado de um capanga e ambos estavam armados. Oliveira e seus parceiros os observava de longe, preferiram não efetuar suas prisões para não correr risco de ter tiroteio porque isso alertaria Rachel e poderia trazer perigo a Maria Clara.

Dois policiais entraram na casa pela porta dos fundos, outros dois cobriam as laterais da casa para que não tivessem chance de fugir pelas janelas. Júnior e dois companheiros se preparavam para invadir a casa pela porta da frente e outro policial se mantinha em distância com um rifle de longo alcance. O procedimento correto era anunciar a presença da polícia e mandar os bandidos se renderem, mas ele sabia que estava lhe dando com sua prima louca, completamente obcecada por sua irmã, essa tática definitivamente não funcionaria.

Enquanto se aproximavam viram a porta da frente se abrir, provavelmente iriam para o avião. Os policiais se esconderam para ver o que aconteceria em breve. De dentro da casa saiu um capanga com uma arma na mão e outra na cintura, o homem olhou ao redor e não vendo nada entrou novamente na casa. Júnior percebeu que o homem tinha um enorme corte no rosto e concluiu que esse poderia ser o capanga que Clara feriu quando foi sequestrada.

"Senhor delegado, eu tenho ele na mira. Dê a ordem e eu atiro." O policial que estava com o rifle falou visto que o homem tinha entrado na casa, porém estava perto da janela de vidro, sob a mira do rifle.

"Não até virmos Rachel e Maria Clara, copiado?"

"Sim senhor."

Novamente a porta se abriu e finalmente o homem saiu levando consigo uma bagagem provavelmente para o avião e isso seria um problema porque ele poderia notar a movimentação diferente ou até as viaturas no local.

"Oliveira, tem um elemento indo em sua direção. Você tem permissão para agir. Nós aqui vamos invadir a casa agora." Avisou.

Quando o capanga ia chegando perto do avião, Oliveira e os outros policiais deram voz de prisão, esses revidaram com tiros, mas os policiais foram mais rápidos e os derrubaram.

Ao mesmo tempo, Júnior e os outros dois entraram na casa, gritos se ouviram e a voz era de Rachel, que parecia dar ordem para alguém. Logo saiu um homem de um dos quartos atirando com uma arma em cada mão, os policiais se protegiam das balas, mas também atiravam. Um dos tiros pegou na perna de um policial que caiu no chão, os outros continuaram atirando até que um dos tiros acertou o bandido na cabeça.

"Chamem uma ambulância, policial ferido!" Pediu pelo comunicador.

Júnior e outro colega foram aos poucos se aproximando do quarto, estava muito silencioso quando ele chegou na frente do quarto que tinha a porta aberta, esse levou um grande susto ao ver que Maria Clara estava de pé na sua frente e Rachel estava atrás dela com uma arma encostada na sua nuca.

Clara parecia um pouco sonolenta, aparentemente tinha sido dopada. Ainda estava com o roupão com o qual tinha sumido, descalça e com as mãos e boca amarrados com um tecido.

Ladras de Beijos e Corações (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora