41 - ELA VOLTOU PARA MIM

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Deise dirigiu muito rápido e logo chegaram ao hospital. Foram imediatamente para o quarto onde Clara estava, chegando lá a viram deitada na cama dormindo e Júnior ao seu lado.

"Deise, pai, que bom que chegaram." Júnior falou os cumprimentando.

"Como ela está, filho?" Seu Carlos perguntou enquanto Deise se aproximava da irmã para vê-la de perto, passando as mãos em seus cabelos.

"Aparentemente bem, pai, o médico já está vindo com resultado do exame de sangue."

Clara abriu os olhos e quando viu que Deise mexia nela, soltou um sorriso que acalmou o coração da irmã.

"Oi, Linda!" Deise falou sem evitar que suas lágrimas caíssem de novo. "Você voltou para nós mais uma vez." Lhe deu um beijo no rosto.

"Claro que voltei, eu sempre volto." Lhe deu seu melhor sorriso de conforto, pois sabia o quanto a irmã deveria estar aflita. "Oi pai, vieram me buscar?" Estava visivelmente atordoada e fez menção de levantar, mas Deise não deixou, colocando as mãos nos seus ombros empurrando-a gentilmente para que deitasse de novo.

"Sim, minha vida." O pai respondeu lhe beijando a cabeça. "Assim que o médico te liberar, certo? Enquanto isso, você fica deitadinha aí."

"Tá bom."

Júnior fez sinal para o seu pai e esse entendeu que precisavam falar em particular, então eles saíram do quarto deixando Maria Clara aos cuidados de Deise.

Chegando lá fora, Júnior contou tudo com detalhes o que aconteceu e também avisou que Rachel estava em cirurgia para retirar alguns estilhaços de balas que tinham ficado no seu ombro.

Seu Carlos lamentou muito por tudo e mesmo estando irado com o que Rachel fez, se sentiu na obrigação de prestar assistência aos pais dela por serem da família.

Quando a mãe de Rachel soube do sumiço de Maria Clara, imediatamente pegou um voo para o Brasil, temendo que a sua filha tivesse envolvida com o sequestro, e ela estava certa. Rachel não apenas estava envolvida, como tinha sido a própria sequestradora.

Alguns minutos depois, o médico entrou no quarto de Clara, Júnior e seu Carlos entraram logo em seguida. Clara estava bastante sonolenta.

"Olá doutor Carlos e doutora Deise, como vão?" O jovem médico falou, ele já conhecia bem a família por ser um dos ex-namorados de Amanda.

"Bem, obrigada, Willian. O que deu no exame dela?" Deise indagou.

"Bom, como já suspeitávamos, ela recebeu uma dose considerada de calmante há cerca de três horas, isso vai fazer com que ela fique grogue pelo resto da noite e também está um pouco desidratada. Fora isso, as taxas estão normais e não detectamos problemas físicos."

"Podemos levá-la para casa?" O pai quis saber.

"O procedimento é ficar aqui por mais pelo menos doze horas, mas vou liberá-la porque a desidratação está leve e também sei que vocês cuidarão bem dela."

"Obrigada, garoto!" Seu Carlos falou apertando a mão do médico.

"Por nada, seu Carlos. Outra coisa, Clara não comeu nada enquanto não sabíamos o resultado dos exames, então digam à dona Sofia que faça essa moça comer alguma coisa."

"Pelo que conheço da minha mãe, a essas horas já deve ter uma panela de sopa no fogão esperando por Clara." Deise disse fazendo o rapaz sorrir.

Júnior tinha uma longa noite pela frente e precisou voltar ao trabalho.

Deise levou Maria Clara ao banheiro do quarto em que ela estava para ajudar a irmã a tomar um banho. Ficou surpresa em como a pequena mochila que Amanda montou estava completa, ela riu por ver que tinha bem mais que uma muda de roupa.

Ladras de Beijos e Corações (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora