O avião aterrou calmamente e quando eu saí eu pode sentir a frescura que a Irlanda tinha, o seu aroma, o seu "cheiro" doce e suave, era me familiar.
Nós andávamos lentamente, passo a passo mas sempre com um pouco de lanço.
"Kate? Por favor não Comentes nada com o Harry acerca de ontem!" eu implorava para que ela não o fizesse.
Ela acenou com a cabeça e deu-me um sorriso fraco. Percebi logo que fosse um sim, e respirei de alívio.
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O táxi parou do outro lado da rua, e mesmo ali em frente eu via a minha pequena e solitária casa. As lembranças e memórias que tinha avivaram todas ao meu pensamento, eu lembrava-me exatamente de tudo, eu cresci ali, e mesmo tendo sido pouco tempo eu consegui ser feliz. Eu brincava naquele jardim cheio de flores, era a minha mãe que o "mantinha" mas quando aquele dia horrível aconteceu aquele jardim morreu completamente, mas eu e o Niall já éramos adolescentes e já não brincávamos lá, mas custava sempre, mesmo não brincando eu gostava de o ver com as rosas vermelhas que mesmo com gotas de água fortes elas eram lindas,mas tudo morreu,tudo naquela casa estava morto,completamente morto,sem qualquer e única chance de vida.
"Bem.. Chegamos." a Kate disse-o.
"Mas tu já vais certo?" as lágrimas ameaçavam cair.
"Tenho que ir, a minha vida está feita em Londres,desculpa,eu só vim mesmo deixar-te e certificar que ficavas bem" sorriu.
"Não entras?"
"O avião espera por mim,vou mesmo agora no próximo voo"
Nós despedimos com um forte e reconfortante abraço, e um beijo suave em cada bochecha.
"Adeus,faz boa viagem.."
"Eu ligo-te quando chegar fica descansada" ela tentou aliviar-me e fazer com que ficasse menos preocupada.
Ela entrou no carro deixando mais um beijo na minha bochecha. Eu acenei com a mão e dei um sorriso fraco.
Fui ganhando coragem para entrar por aquela porta, mas era difícil, era difícil ter que encarar a cara do Harry depois daquela carta,mas eu sabia que ele iria compreender as minhas razões para o ter feito. E finalmente eu tinha chegado a pequena porta que ainda me conseguia separar deles.
Eu ouvia umas vozes lá dentro e obviamente que seriam eles.
Eu abri a porta lentamente, pousei as malas a porta e vi descer o Harry pela escadaria. Foi como se o mundo me tivesse dado uma luz para continuar a minha caminhada escura e horrível.
Era inevitável não chorar ao ver aquele"cenário" todo, parecia que tinha sido ontem que conheci o Harry,mas na verdade não foi.
"Sarah,finalmente" o Harry dizia estas palavras enquanto caminha até aos meus braços que o esperavam a muito tempo.
Eu não respondi, apenas o abracei também, eu só precisava daquilo. Mas não consegui conter a pequena alegria que sentia e então eu susurrei ao seu ouvido "nunca me deixes".
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Amores Proibidos.
RomanceSarah é o meu nome. Tenho apenas 15 anos e vivo numa pequena casa em Madrid. Talvez estes meses não tenham sido com eu queria que fossem.. Ao longo destes meses aprendi que tenho que lutar por o quero e não ficar de braços cruzados! Enfrentar proble...