Meu nome é Chloe Harrison, tenho 17 anos e curso o último ano do ensino médio. Minhas prioridades eram terminar a escola, entrar em uma faculdade e conhecer um cara legal, mas, sobretudo, era encontrar qualquer coisa que me trouxesse alguma satisfaç...
Eu não comentei mais nada com o pessoal do laboratório sobre minhas suspeitas sobre Roger Sinclair, exceto com Annabelle.
- Sim, sim. Amor e ódio andam lado a lado em casos de crime passional, agora precisamos descobrir o lance entre o companheiro e o encanador - apelidamos o caso de "O médico e o Monstro", por conta do Roger ser enfermeiro e um suposto assassino.
- Vou jantar com o meu amigo, aquele que vai me ajudar a descobrir isso ... Talvez já saiba de algo.
Anna, curiosa feito eu, pediu para contar assim que descobrir alguma coisa. Eu empurrei suas cadeiras de roda até o estacionamento e a ajudei a entrar em seu carro. Segui para o Magnificent Mile, para encontrar Matthew no hotel InterContinental. Aquele lugar não me lembrava coisas boas e talvez por isso que ele marcou lá, para mudar minhas lembranças.
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- Reserva no nome de Matthew Lancaster - falei para a hostess e ela me acompanhou até a mesa para duas pessoas.
- Amélia.
Merda! Nunca vou me acostumar com aquilo.
- Olá, Matthew - ele estava tão lindo. Aff!
Vestia um suéter de caxemira verde-musgo e uma calça cinza chumbo. Seus cabelos estavam penteados e molhados, e eu fiquei maravilhada com o cheiro dele, consciente de que tinha acabado de sair do banho. Pedimos um vinho e eu deixei Matt escolher meu prato, ele sempre sabia o que pedir em lugares como aquele.
- Falei com a Chloe - contei - Acho que ela não está muito afim, vou dar um tempo e depois tento abordar o assunto, de novo.
- É normal, eu lutei contra também - ele bebeu um gole do seu vinho - Você sempre acha que não precisa e que terapia é coisa pra gente maluca.
O jantar foi ótimo, aquelas comidas tinham um preço exorbitante, mas eram deliciosas. Acho que bebemos uma garrafa de vinho e estávamos rindo alto demais para aquele ambiente, mas Matthew não parecia se importar, então eu me declinei do pensamento que aquele não era meu lugar. Eu nunca me senti mal do lado do Matt, quero dizer, ele é lindo e sofisticado e no começo eu ficava um pouco envergonhada, confesso, mas ele me deixava tão confortável, sempre lidando com meus assuntos como se fossem coisas importantes e me dando total atenção. Eu gostava de ficar perto dele, ponto final.
- Então o Jackson vai ser mesmo pai? - ele perguntou quando começamos a falar das nossas respectivas famílias, eu amava os Lancaster, eram pessoas agradáveis.
- Ele não confirmou, mas acho que sim - ri - Minha mãe vai enlouquecer, já até vejo.
Conversamos sobre o trabalho e ele me garantiu que tinha um detetive na cola do sr. Sinclair, mas ainda não tinha prova nenhuma.
- Espero não estar sendo paranóica, já pensou se o cara não tem um caso? Tempo e dinheiro jogado fora... - ele deu de ombros.
- Confio no seu sexto sentido - ele estava sendo muito bonzinho.
