Na saúde e na doença

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Pov Magnus

Cheguei do trabalho na hora do almoço e fui direto para a cozinha, mas para a minha frustração não tinha nada para comer.

-Alexander? –Chamei-o, mas o mesmo não respondeu, ele ainda estava com a perna engessada, então não tinha como ele ter saído de casa. –Alexander? –Chamei-o novamente e fui para o meu quarto, que temporariamente era nosso, procura-lo.

Quando entrei vi que ele estava dormindo, o que era estranho, pois eu e Alec durante esse dias acabamos criando um tipo de rotina.

De manhã ele acordava primeiro que eu, fazia o café da manhã e depois me acordava, eu o ajudava a tomar banho e depois tomava o meu banho, todas as vezes antes de eu sair ele tinha uma mania chata de ajustar a minha gravata e se despedir de mim com um beijo no rosto, mas as vezes ele conseguia roubar um selinho me fazendo revirar os olhos, mas eu já estava começando a me acostumar com o seu atrevimento também.

Hoje não foi diferente, nossa manhã foi da mesma forma que as outras, eu fui trabalhar e depois voltei para casa, porque por insistência de Alexander, eu passei a almoçar em casa junto com ele.

Mesmo diante dessa vida de “casados”, eu ainda esperava que ele fosse embora o quanto antes, mas agora era por outros motivos. Claro que ele ainda era petulante, atrevido, me tirava do sério na maior parte das vezes e era especialista em me contrariar. Mas ele também era atencioso, carinhoso mesmo diante as minhas grosserias e uma ótima pessoa, tudo isso me fazia ficar confuso, eu não sabia mais como eu era, como agir, era como se eu estivesse perdendo a minha personalidade por uma pessoa, que apesar de ser meu marido, eu mal conhecia.

Me aproximei dele e percebi que ele estava suando frio, coloquei minha mão na sua testa e senti que sua pele estava fervendo.

Alec estava totalmente coberto e quando eu retirei a coberta de cima dele vi que suas roupas e os lençóis estavam encharcados de suor.

Comecei a sentir um sentimento estranho e totalmente desconhecido de preocupação.

-Alec? Alec? –Comecei a balança-lo delicadamente tentando acorda-lo, mas nada funcionava. –Ai meu deus, o que houve com você? -Ele não reagia e eu comecei a ficar assustado.

Resolvi então pegar um comprimido na minha gaveta da cozinha, triturei-o e coloquei-o na língua de Alexander, depois peguei um copo de água e o levantei um pouco tentando fazê-lo beber.

Eu esperava que aquele remédio fizesse efeito logo e ele melhorasse da febre, mas o seu corpo ainda suava muito, então eu fui no banheiro e molhei uma toalha e depois passei em seu rosto.

Depois o coloquei no meu lado da cama, onde os lençóis estavam secos, e sentei em uma poltrona esperando que ele acordasse.

Já fazia uma hora em que ele estava dormindo, mas felizmente a febre já havia abaixado. Eu, por incrível que pareça, ainda estou sentado na poltrona ao lado dele.

-Magnus? –Ouvi ele dizer com a voz quase que inaudível. –Você não acabou de ir para o trabalho? –Ele parecia confuso, parecia achar que ainda era de manhã, e eu havia acabado de ir para o trabalho.

-Já são duas da tarde, Alexander. Você está dormindo desde a hora que eu fui trabalhar?

-Pois é, eu não estava me sentindo bem, acho que é um resfriado, então depois que você saiu, eu voltei a dormir.

-E por que você não me contou que estava se sentindo mal? -Perguntei. Alec estava com o nariz vermelho, mas seu rosto estava pálido. Ele começou a tossir e eu fiquei mais preocupado.

-Desculpe, Magnus, mas você não parece ser do tipo que se importa comigo. –Falou com humor, porém eu continuei sério.

Me levantei da poltrona pronto para sair, mas voltei alguns passos quando ouvi a voz dele.

Recém-Casados (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora