Pov Magnus
Já faz uma semana que Alexander não me dirige a palavra e isso já estava me enlouquecendo, ele sequer olha na minha cara desde o episodio com a Rachel.
Não tinha mais café da manhã todos os dias, não tinha mais beijinhos antes do trabalho e nem jantar pronto quando eu chegava. Erámos como dois desconhecidos vivendo juntos, e o engraçado é que na verdade era isso que nós éramos mesmo no final das contas. Eu não sabia sequer onde ele havia morado antes de vir para Vegas, não sabia se seus pais estavam vivos ou se ele tinha irmãos. Ele nunca tocou sobre o assunto comigo, e agora que ele começou a ignorar minha existência, seria mais difícil ainda.
Acordei sozinho novamente, Alec não queria dormir comigo de forma alguma e mesmo que doesse em mim admitir eu sentia falta.
Sentia falta da respiração tranquila dele no meu pescoço durante a noite, dos ronquinhos baixos que não me incomodavam em nada, e principalmente da forma grudada em que nós dormíamos.
Ele também não queria mais a minha ajuda pra nada, mesmo com muita dificuldade ele tomava banho e fazia tudo sozinho.
Eu, Magnus Bane, um empresário famoso e bem sucedido no ramo dos vinhos, não estou sabendo lidar com um jovem de vinte e dois anos. Eu também não fazia ideia do que estava acontecendo comigo, depois que Alec passou a me ignorar eu experimentei uma sensação diferente de angústia, falta e até mesmo necessidade de ouvir aquela voz irritante.
Depois de enrolar na cama o máximo de tempo que consegui, eu me levantei e fui tomar um banho para começar o dia.
-Bom dia! –Falei entrando na cozinha mesmo sabendo que ele não iria me responder. Alec estava bebendo suco enquanto mexia no notebook. Era sempre assim, todo o tempo ele ficava com a cara na tela do computador estudando enquanto me ignorava.
Como previsto ele não me respondeu. Me servi de um pouco de café e quando tomei quase engasguei porque o café estava frio.
-Céus, esse café é de ontem! –Falei jogando o resto na pia. Alec nada respondeu.–Alexander, eu estou falando com você! –Exclamei com irritação e ele continuou digitando. Respirei fundo e tentei me acalmar. –Alec, olha pra mim.. por favor. –Eu podia ver no seu rosto a surpresa por eu ter pedido por favor, eu nunca pedia por favor. Até eu estava surpreso com isso.
Ele olhou pra mim, mas sua expressão não demostrava nada, nenhum tipo de afeto ou simpatia. Não parecia o Alec doce e gentil que eu estava acostumado.
Nunca pensei que ele ficaria tão chateado comigo assim, se eu soubesse certamente não teria feito aquilo.
Mas de uma forma ou outra, ele ter ficado tão chateado me dava uma certa satisfação, porque ninguém sente ciúmes de uma pessoa que não gosta, não é mesmo?
-Eu estou ocupado, não tive tempo de fazer café. –Falou simplesmente.
-Tudo bem, eu só queria ouvir sua voz. –Disse com bom humor, mas ele não sorriu. Desde a nossa briga ele não sorriu mais e eu sentia falta do seu sorriso. –Bom, eu vou tomar café na empresa.. tenha um bom dia.. –Falei sem graça. Peguei minha maleta no sofá e caminhei para a saída, mas parei de andar quando ouvi sua voz.
-Magnus, espera! –Dei um sorriso discreto antes de me virar para encara-lo. Vi ele pegar as muletas e vir até mim. Minhas mãos começaram a suar e meu coração bater acelerado conforme ele se aproximava. –Eu sou um pouco perfeccionista. –Deu um mínimo sorriso antes de começar a consertar minha gravata. Nós estávamos agradavelmente perto, como não ficávamos há dias. Seu perfume era tão bom que minha vontade era de abraça-lo e enterrar meu rosto no seu pescoço. Sua boca naturalmente vermelha e com uma aparência deliciosa estava tão próxima que eu não precisaria me aproximar muito para que nossos lábios se tocassem. Eu não aguentei, quando Alec terminou de ajeitar minha gravata eu me aproximei para beija-lo, mas ele virou o rosto na mesma hora, me dando assim um banho de água fria.
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Recém-Casados (Malec)
FanficMagnus Bane é lindo, charmoso e rico, mas também é arrogante, egoísta e galinha. Ele dorme com homens e mulheres diferentes toda noite, e tem a regra de nunca dormir com a mesma pessoa mais de uma vez. Um dia, depois de acordar de uma ressaca, ele...