~Irresistible~ - Mudanças são necessárias

Cap.51

Termino de me arrumar, pego os esquipamentos de Lucy e levo até meu carro. Volto pra pegar a minha bolsa que eu havia esquecido. Mando uma mensagem pra Jhonatan avisando que eu iria acompanhar ele ao invés de Erika e pra ele me esperar em um estacionamento próximo a entrada do parque.

Chego no estacionamento e estaciono ao lado do carro de Jhonatan, que estava encostado de braços cruzados, em seu carro;

- Demorei?

- Não. Eu acabei de chegar.

- Me ajuda aqui com os equipamentos? - saio do carro e abro o porta mala pra Jhon. Ele pega uma bolsa com os equipamentos necessários pra essa noite.- Vamos o evento já deve ta começando.

O evento na praça era sobre pessoas que já tiveram ou estavam com câncer. Era um evento beneficente. Explico a Jhon como eu queria as fotos e ele logo começou a fotografar. Enquanto Jhon fotografava, entrevistei algumas pessoas. Jhon e eu estávamos prestando a atenção em uma pequena palestra de uma mulher que venceu o câncer.

Por Jhonatan

Eliza ficava tão linda com aquela agenda na mão, prestando atenção em cada detalhe, em cada palavra que saia da boca daquela mulher que estava em cima de um pequeno palco. O jeito como ela tirava o cabelo da frente dos olhos a deixava ainda mais atraente. Percebo que eu estava com um sorriso extremamente bobo nos lábios e retiro ele de imediato. Por sorte Eliza não viu. A palestra acaba e fomos tirar mais algumas fotos do evento.

- Eu estou com fome. - resmunga Eliza.

- Eu também.

- Vamos comer algo? Acho que por hoje ta bom. - ela sorri.

- Ali em frente tem um carrinho que vende cachorro quente. Vamos lá?

- Pode ser. - Fomos andando e conversando pela praça. - Você parece cansada. - tento puxar assunto.

- To e muito. - ela diz passando os dedos entre o cabelo. - Fazia tempo que não me sentia assim. Extremamente cansada.

- Posso imaginar.

- E sua biblioteca não te da dor de cabeça?

- Não muito. As vezes eu me estresso com algumas coisas, mas nada que possa se resolver logo. Bom, Jennifer é nada fácil. - rimos.- Mas consigo dobrar ela. - rimos.

- Posso imaginar como você dobra ela. - ela sorri e eu bato uma foto dela - Por que bateu uma foto minha?

- Seu sorriso pediu por uma foto.

- Eu estou toda desarrumada, Jhon.

- Tenho certeza que a foto ficou linda. - ela sorri envergonhada e passa uma mecha de seu cabelo pra trás. Eliza Eliza..

- Olha o carrinho de cachorro quente ali. - ela diz e acelera o passo até o carrinho. Ela pede dois cachorros quentes. Um pra ela e outro pra mim . 

- Nem pense. - digo antes que ela cogite pagar e ela entende que dessa vez é por minha conta. Ela agradece e sentamos em um banco.

 - Nossa que delicia. - ela diz de boca cheia. - Fazia tempo que eu não comia um desse.- sorrio e ficamos em um breve silêncio.- Então, você ficou sumido por uns dias. O que houve?

- Ah eu tive uns problemas, mas já resolvi.

- Que tipo de problemas?

 - De família, mas não quero falar sobre.

- Sem problemas.

- E você? Não tem família? Nunca ouvi você falar dela.

- Tenho sim, mas estão morando em Liverpool.

- Me conte mais.  - digo e ela sorri.

- Bom, tenho uma irmã de 15 anos e um irmão 13, sou a mais velha. Minha mãe é casada com meu pai e eles são maravilhosos. Não tenho o que reclamar deles. - noto em seu rosto saudade.

- Por que veio para Londres?

- Fui aceita em Oxford e tentei fazer um estágio em uma editora, na qual sou extremamente fã do profissionalismo deles mas, na época eles já estavam com o time de estagiarias completo e então me escrevi para ser estagiaria no jornal e fui aceita. Logo depois Lucy conseguiu também um estagio e estamos lá até hoje. Sempre juntas. - sorriu.

- Essa editora perdeu uma grande funcionaria. - rimos.

- Tenho que concordar com você. - ela sorri e olha pra mim. Eu queria beija-la. Nossa como eu queria. Fico olhando pra sua boca e sem perceber eu estava me aproximando até que.

- Já está  na hora de irmos. Esta ficando tarde.- ela diz e se levanta.

- Claro. Vamos.

Fomos fazendo o caminho todo em silêncio. Como eu odiava isso. Era constrangedor demais. Chegando no estacionamento a gente se despede e eu vou até meu carro;

- Jhon...Jhon! - escuto ela me chamando e correndo até mim.

- Algum problema?

- Sim. Meu carro não ta querendo ligar. Será que você poderia ir lá da uma olhadinha?

- Não vou te garantir um diagnóstico do seu carro. - ela ri - Mas. posso sim.

- Obrigada. - vamos até o carro dela. Rodo a chave e carro não pegava de jeito nenhum.  Olho no painel e acho a resposta;

- Eliza eu achei o diagnóstico.

- E o que é doutor? - rimos.

- Tanque vazio.

- O que? Como? - ela olha no painel. - Eu esqueci de abastecer. - ela diz indignada com ela mesma.

- Eu te deixo em casa. Não se preocupa. Vem. - Ela me da a bolsa dos equipamentos, fecha o carro e vamos até o meu.