Cap.52

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- Pronto. Esta entregue. - Estaciono o carro e olho pra Eliza que estava com a cabeça encostada no vidro dormindo. Me pego com um sorriso nos lábios e balanço a cabeça. - Eliza. - balanço seu braço de vagar - Eliza, acorda. - ela acorda um pouco sonolenta. Ela realmente estava cansada.
Pego a bolsa pesada com os equipamentos. Abro a porta da casa de Eliza, coloco a bolsa na mesinha de centro e vejo Eliza entrar e fechar a porta.

- To tão cansada. - ela se joga com tudo no sofá.- Não me lembro de ter te convidado pra entrar.

- Eu não preciso mais dessas formalidades. Aliás, você tem café?

- Acho que sim. Pega lá já que esta tão folgado. - ela ri.

- Você quer também?

- Pode ser. - Vou até a cozinha e vejo que não tem, então coloco a água pra esquentar e faço o café.

- Aqui.  - entrego a xícara pra ela e sento do seu lado.

- Obrigada. - ela toma um gole - Muito bom seu café.

- Eu sou bom em diversas coisas Eliza.

- Você não cansa de ser convencido não é mesmo? - ela sorri.

- Não. - rimos.- Fala com Josh com frequência?

- As vezes falo. Ele é muito ocupado. - assenti - Por que?

- Por nada. To só tentando puxar assunto. - ela sorri.

- E você? Partindo muitos corações?

- Não muitos. - ela ri.

- Duvido que nesses tempos sumidos não estava com alguém.

- Você sabe que eu não fico por muito tempo com alguém. 

- Só comigo, não é mesmo? - olho pra ela e dou um sorriso de lado.

- Acho que o convencido agora não sou eu. - Ela encosta a cabeça no meu ombro e respira fundo.

- Se eu te propor uma troca você aceita?

- Que tipo de troca?

- Eu cuido da sua biblioteca amanhã e você do jornal. - ela ri e consigo notar até em seu riso o quanto esta cansada.

- Fico com minha biblioteca. - Escuto ela resmungar algo baixinho.

- Tenho que fazer a matéria de hoje, acertar seu pagamento pelas fotos e...

- Eliza, não se preocupe com pagamento.

- Claro que me preocupo. Você trabalhou tem que receber.

- Eu não fiz por dinheiro. Fiz por que eu quis te ajudar. - ela move a cabeça e me fica me fitando com os olhos, sem tirar a cabeça do meu ombro.

- Se você não fosse tão galinha e tão convencido, eu casava com você Jhonatan. - Sorrio com a imagem que se forma em minha cabeça - Sério.

- Por que?

- Lembra quando eu disse que eu acreditava que você ainda poderia mudar esse seu jeito? - afirmo - As vezes você não é essa pessoa fria e chata. - ela ri e finjo estar ofendido. - Quando você quer, você é uma boa pessoa. Como agora. - ela olha pra mim, se afasta e sorri.- Um ótimo amigo.

- Se eu não fosse assim como eu sou, perfeito.. - ela gargalha. - Eu também casaria com você.

- Por que?

- Bom, você é chata, teimosa, irritante, mas é uma boa pessoa. É linda e por algum motivo nunca desiste de mim. É uma ótima amiga. Em todos os sentidos. - sorrio de lado e dou uma piscadinha e ela ri. - Mas continua sendo chata.

- Quando vai admitir que me ama Jhonatan? - ela diz apoiando sua cabeça em sua mão e fica me olhando. - Jamais daríamos certo como casal. 

- Você já esta forçando, mas concordo sobre nós. Nunca daria certo. - ela sorri. 

A boca de Eliza era de enlouquecer qualquer um e o suficiente para me por duro. Não consigo resistir a ela. Ela é irresistível. Sem pensar, beijo Eliza.

Fico por cima dela, quase que abraçado-a. Como é de se esperar, Eliza retribui o beijo, mas logo interrompe o beijo e fica me olhando. Me arrisco em dizer que ela é a garota mais linda que já vi. Ela era linda por fora e mais ainda por dentro. Acho que era isso que a deixava mais linda, interessante e extremamente atraente. Ela era chata, mas eu adorava passar o tempo na presença dela.

- O que foi? - pergunto me apoiando sobre meus cotovelos.

- Nada.

- Você ta sempre me encarando, me olhando..

- Estou? Não noto isso. - ela sorri e deito em seu peito e sinto ela mexer em meu cabelo. Eu nunca fiquei assim com alguém. Descobri que é bom. - Sério que você nunca se apaixonou por ninguém mesmo?

- Sim. Bom, quando eu estava no ensino médio eu gostava de uma garota.

- E ai?

- Na verdade eu achei que estava. Eu parei de gostar dela depois que eu transei com ela. Não era paixão era só tesão mesmo. - rimos.

- Você não presta. - ela boceja.

- Mas você gosta. - levanto minha cabeça e a encaro. Ela esta com um sorriso nos lábios.

- Odeio ter que concordar com você - ela diz com sinceridade.

- Também gosto de você. - sorrio e ela me beija. É um beijo totalmente diferente. É com desejo, mas não um desejo sexual e sim de querer ficar naquele beijo, naquele sofá, pra sempre.


~Irresistible~ - Mudanças são necessáriasOnde histórias criam vida. Descubra agora