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POV LUDMILLA

Dores de cabeça deveriam ser abolidas do mundo. Pra completar não poderei dormir porque o lindo do meu produtor achou interessante colocar uma coletiva de imprensa depois do almoço.

Me chamo Ludmilla Oliveira, tenho 24 anos e sou cantora. Meu mundo mudou consideravelmente após minha carreira. A gravação do meu DVD e todos os antefatos que me mostraram ao mundo. Tenho ao meu dispor uma banda excelente e de extrema responsabilidade digo isso pelos decorridos anos de trabalho juntos. Minhas bailarinas são perfeitas, rápidas e talentosas. Minha equipe de acessória não deixa a desejar no companheirismo e compromisso com todos. O que mais priorizo são meus fãs. Sam eles jamais estaria onde estou, não teria meu sonho exposto ao mundo. Devo meu pleno obrigada a cada um deles.

- eu te odeio Marcos! - eu falei pela milésima vez em minutos. Ele apenas ria e por ser meu irmão não se importava com minhas ameças.

- eu sei lud. Eu sei! - bufei e me joguei no banco do carro desleixadamente.

Fiz questão de falar tudo rapidamente mais com a devida educação aos jornalistas. Após uma hora e meia de perguntas sem fim e algumas fotos fui liberada e logo chegamos no hotel. Já era por volta das quatro da tarde.

Marcos e Gabriel me deixaram na porta e saíram pra resolver alguns assuntos pendentes para amanhã. Assim que eu ia entrando avistei minhas bailarinas rindo e conversando. Estavam arrumadas e ao que tudo indicam iriam sair.

Elas sentiam um certo medo de mim. Acho que por eu ser durona na maioria das vezes e não ser muito de sorrir. Exceto Brunna. Essa garota me intriga e é a única que não se intimidava com minha presença, que não demonstrava interesse em mim.

Me mantive na porta olhando uma mensagem da minha mãe a pedido que eu ligasse pra ela. Respondi logo observando as meninas se aproximando de mim e olhei pra Brunna. Ela estava alheia ao seu próprio mundo, olhando a paisagem de fora ao que caminhava ao lado de ally.

- oi patroa! - Normani me cumprimentou e logo as outras o fizerem no famoso coral de sempre. Com exceção de Brunna que apenas bufou e se apressou em caminhar.

Olhei em seus olhos quando a mesma passou por mim e após olhar mais um pouco seus castanhos fulminantes ela saiu me dando as costas.
As meninas passaram me olhando e resolvi subir pro meu quarto. E logo ligar pra minha mãe.

Subi aí quarto e após tirar meus sapatos disquei o numero de minha mãe no telefone. De fato a minha mãe era meu tudo. Não tinha uma definição pra dizer o quão incrível ela é!

- filha? Tá tudo bem? Porque demorou tanto a ligar? - fui bombardeada por perguntas e respirei fundo pra proporcionar a minha mãe toda a tranquilidade e certeza que eu estava bem.

Não demorou muito e logo já havia tomado meu banho, deitei na cama e se tem coisa melhor desconheço. Estar sozinha nesse quarto é de fato bom e tranquilizante. Olhei pra janela me deliciando com a visão das aves por ali. Sem mais delongas acabei dormindo.

***

Eu havia acordado e já eram sete da noite. Talvez eu não durma a noite e isso não é nada bom já que minha insônia é bem presente em meu dia a dia. Pedi meu jantar no quarto e assisti a alguns filmes. Quando já era madrugada e vi que meu sono não iria aparecer coloquei meu moletom e desci pelo rall do hotel.

Caminhava devagar pelos cômodos do hotel e não havia ninguém. Era madrugada e só uma pessoa com bastante insônia não conseguiria dormir naquela cama macia.

Fitei a piscina a minha frente. Meu reflexo através da água e seu som adoravel era as únicas coisas que eu via e escutava. Me sentei em uma espreguiçadeira e olhei o céu estrelado.

Será?Onde histórias criam vida. Descubra agora