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Oii! Gente resolvi fazer uma mini maratona de capitulos, espero que gostem! Beijos meus dengos...

Boa leitura ❤️

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POV BRUNNA

Me mexi na cama sentindo que a mesma já estava vazia, a claridade do sol batia em meu rosto impedindo que meus olhos ficassem abertos por alguns segundos. Estiquei meu corpo ouvindo meus ossos estralarem todos de uma vez;

Abri os olhos pra procurar ludmilla pelo quarto, porém ela não estava em canto algum. Suspirei pesadamente espalmando minhas mãos nos lençóis sem saber como aquele diálogo virou uma discussão com peso absurdo entre nós duas. Eu queria falar e tentar resolver, mais ela estava me ignorando com clareza e resolvi não forçar a barra.

Sai da cama que me abraçava e caminhei preguiçosamente até o banheiro. Fiz minha higiene matinal, escolhi uma roupa leve pra logo em seguida decidir ficar dentro do quarto. Pedi minha comida pelo telefone e agora estou aqui nesse quarto grande, olhando pro teto e sentindo saudades daquela idiota, teimosa, brava e gata. 

Vamos ficar de folga hoje, e amanhã cedinho embarcaria-mos rumo a Pernambuco pra mais uma bateria de shows. Não queria manter esse clima ruim entre nós duas, mais ela parecia não querer me ouvir e nem me ver já que havia saído tão cedo sem ter nenhum compromisso e nem me avisado nada.

Minha comida não demorou a chegar pra logo eu ligar a tv no meu desenho preferido vulgo Bob esponja e comer como uma criança feliz.
Quando terminei de comer criei coragem de mandar uma mensagem pra mesma, esta que foi vizualisada e ignorada com sucesso me deixando frustrada.

Após passar um tempo caminhando em círculos pelo quarto procurando algo a se fazer, resolvi arrumar o mesmo dobrando lençóis, empilhando nossos tênis jogados pelo chão, colocando tudo em seu devido lugar. Quando mais essa distração acabou fiquei encarando o violão de ludmilla e resolvi tocar um pouco.

Quando eu era pequena o meu pai sempre nos ajudava a tocar, a minha irmã sempre gostou mais de piano, e eu de violão, ele dizia que era a melhor forma de se sentir bem. E tinha razão pois todas as vezes que eu dedilhava as cordas do violão meu coração se acalmava.

- não sabia que tocava! E bem por sinal! - escutei a voz rouca de ludmilla atrás de mim, o que me fez parar de tocar automaticamente sentindo os pelos do meu corpo arisarem todos de uma vez.

- obrigada, mais acho que ninguém sabe! - comentei me virando pra ver a mesma com suas roupas largas, um coque frouxo enfeitando seus cabelos e um sorriso totalmente surpreso embora tímido brincava em seus lábios.

- o que sabe tocar? Alguma música em especifico?  - perguntou caminhando em minha direção calmamente. Ela não parecia estar brava ou algo do tipo o que me tranquilizou por hora.

- algumas coisas bobas. - falei olhando o violão em minhas mãos. Me sentia pequena diante seu olhar gigante, eu não me cansava de admirar aquele castanho que tanto tem poder sobre mim.

- quem te ensinou? Porque nunca me falou? - ela perguntou ao se sentar frente a frente comigo. Estava realmente interessada naquele assunto já que havia esquecido talvez de me ignorar como fez durante todo o dia, dado que já são duas da tarde e eu nem comi ainda.

- o meu pai. Ele sempre gostou de músicas, tocava piano com uma maestria divina cê tinha que ver! - falei me lembrando do mesmo deslizando os dedos em notas cordiais - Me ensinou quando eu tinha uns sete anos se não me falha a memória, ele dizia ser a melhor forma de estravasar e por pra fora alguns sentimentos. - falei sem desviar nossos olhares.

- ele tem toda razão! - ludmilla falou após alguns segundos em silêncio.

- sempre tinha! - eu disse simples. A saudade que sentia do meu pai era gigantesca e fora do comum. Evitava falar sobre pois toda vez parecia que minha vida estava sem cor.

Será?Onde histórias criam vida. Descubra agora