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POV LUDMILLA

- tudo certo Gabriel. O som está ótimo! Só pede pro Cadu empurrar mais a bateria se não vai ficar ruim pras meninas dançarem. - entreguei o microfone nas mãos do meu produtor e ele sorriu satisfeito.

- certo chefinha! mais alguma coisa? - ele perguntou me acompanhando de lado.

- não Ga. Só ir pro hotel mesmo. - ele concordou e não demorou o carro que me trouxe mais cedo parou em minha frente. O caminho foi rápido, fui pro quarto e Brunna não estava. Desci pra sala de jogos do hotel na tentativa de passar o tempo e quando adentrei na mesma vi a cena mais fofa do mundo.
...
POV BRUNNA

- Brunna! -  escutei a voz rouca de Ludmilla e parei de pular no jogo pra encarar a mesma.

- oi! - falei ofegante e ela sorriu se aproximando.

- atrapalho? - ela perguntou de forma tímida ao que caminhava em minha direção. Eu havia acabado de chegar com Dinah da rua e não queria ficar no quarto sozinha, então vim pra cá passar o tempo.

- não mesmo! Quer brincar também? - eu perguntei apontando pra pequena pista de dança  presente ali. Ela sorriu e apenas subiu se acomodando ao meu lado.

- eu não sabia que você brincava disso! - ela comentou enquanto eu programava o objeto, colocando a música.

- bom. Todos temos um lado escondido, lembra? - respondi me lembrado da nossa conversa a alguns dias atrás na madrugada.

- lembro! E você escolheu uma música muito ruim! - ela falou ao que começava a fazer os passos de dança e sorri.

- só dança e cala boca! - eu falei em cinismo e ela gargalhou.
Dançávamos como a máquina orientava, meu corpo estava relaxado e minha mente vazia de qualquer preocupação.

- e girouuu! - Ludmilla narrava os passos rindo divertida.

- você parece uma criança! - ela sorriu largo me dando língua.
Por um momento tudo ficou em câmera lenta. Ela dançando tão leve e sorridente. Eu nunca a tinha visto assim, baixando a guarda pra alguém, brincando. Era algo... Diferente.
Ela estava diferente.

- porque parou? - ela me encarou confusa e despertei do transe que nem percebi ter entrado.

- é.. é nada! Só pra respirar um pouco! - inventei qualquer desculpa sobre minha observação repentina e ela pareceu acreditar.

- vamos brincar só mais um pouco e subimos pra descansar! Gabriel disse que o show é as nove! - ela falava me puxando pela mão até outro brinquedo, que jogava bolas de basquete.

- combinado chefinha! - eu falei rindo e ela me jogou uma bola de basquete.

- segura Brunnaaa! - eu me espantei com o gritinho da mesma e comecei a correr atrás dela que gargalhava.

- eu vou te matar garota!  Volta aqui! -

***
Não tive noção de quanto tempo ficamos ali. Só sei que já é hora do almoço e eu não estou nem um pouco afim de sair desse quarto e dessa cama macia e cheirosa, na qual já estamos a alguns minutos deitadas.

- vamos pedir a comida? - eu perguntei já sugerindo a minha patroa que encarava o teto sem muita importância.

- pode ser. Não quero deixar essa cama. Ela tá tão atrativa! - ela falou ao que alisou a cama e sorri de sua brincadeira.

- pede logo então! O telefone tá do seu lado! - eu falei e ela se sentou na cama  pegando o aparelho.
Nós duas já estávamos mais "amigáveis". Ludmilla era muito boa com um todo. Até então eu não tinha ideia da simplicidade que ela carregava. Leve, brincalhona e feliz.

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