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1 mês depois...

POV LUDMILLA

Sempre dizem que as pessoas são um pacotinho de surpresas. E realmente!
Eu nunca pensei que algum dia iria gostar tanto de Brunna, do seu jeito e principalmente do seu coração.

Já havia se passado um mês em que literalmente o mundo dela virou de cabeça pra baixo e junto o meu. Havíamos nós aproximado muito, conversávamos mais e digamos que ela já estava mais confortável ao meu lado. Ficar muito próxima dela está me deixando atordoada, a vontade de tocar é tão grande que saio de perto as vezes. Seu sorriso tem me desconcertado mais que o normal, e confesso que isso me assusta um pouco!

- pensando? - a voz de minha mãe soou atrás de mim e me virei sobre a cadeira pra encara-lá. Eu estava em casa pois tinha folga de um dia e resolvi ficar morgando na minha casa porque sou filha de deus.

- sim - falei entre um suspiro.

- será que eu posso saber em que? - ela perguntou se sentando ao meu lado com um sorriso lindo.

- acho que sim - comentei rindo um pouco.

- então me fala. No que essa cabecinha tanto matuta? - ela fez carinho em meus cabelos.

- Brunna. - eu falei olhando pra água que descia até a piscina.

Minha mãe nada falou. Mais vi que ela sorriu por minha visão periférica. E sorriu largo.

- eu simplesmente não consigo parar de pensar nela. Eu.. não consigo parar de lembrar do seu sorriso e do quanto ele me desmonta. Do seu jeitinho fofo, todo meigo de fazer as coisas. Eu só... Quando eu vejo já tô pensando, e nesse último mês aconteceu tanta coisa que, sei lá!

- talvez porque simplesmente você esteja apaixonada por ela? - minha falou olhando em meus olhos. E arregalei os mesmos.

- não mãe. Eu nem se quer beijei a Brunna? Como eu posso me apaixonar por ela assim, sem a tocar? - eu falei, mais pra um questionamento. E ela respirou fundo me olhando séria.

- o olhar. Seus olhos nunca brilham falando de alguém filha, e olha só agora. Eles estão brilhando, cheios de vida. Não é preciso tocar, ou beijar alguém pra se apaixonar. Você se apaixona por o simples, por as pequenas coisas que deixamos passar julgando não serem importantes! - ela falou simples e eu encarava a mesma de boca aberta.

- como assim coisas simples? - interroguei e me senti uma criança de cinco anos descobrindo algo.

- você se vê apaixonada pelo abraço apertado. Pelo cuidado visível, pela vontade incessante de tá perto o tempo todo como se precisasse daquilo pra viver. De ter aquela pessoa por perto. Você se apaixona por a criança que se torna ao lado dessa pessoa! - ela pegou em minhas mãos e entrelaçou nas delas continuando - Filha o amor é simples. O amor é um encaixe. E se as almas encaixam, o corpo é só uma questão de tempo! - eu estava atonica. Eu não sabia o que falar, porque tudo se encaixou muito bem no que eu sinto.

Minha mãe sorriu talvez por minha cara e se levantou.

- acho que te ajudei de alguma forma, né? - ela falou calma ao que já caminhava pra dentro de casa novamente.

- acho que sim. Ou não? Não sei. Argh! - balancei a cabeça na tentativa de afastar os pensamentos que agora rodeavam minha mente e vi minha mãe sumindo pela porta de entrada.

Me sentei como antes e fiquei ali por alguns minutos, até resolver ir atrás de Brunna. Minha mente estava trabalhando incessantemente nas palavras de minha mãe e eu iria endoidar se ao menos não a visse.

Olhei pro celular e esperei, um, dois, três segundo e quer saber. Foda-se. Apertei o número pra ligar, colocando em meu ouvido. Após uns segundos a voz de Brunna invadiu meu ouvido.

Será?Onde histórias criam vida. Descubra agora