O Encontro

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Patrícia


Não estava conseguindo dormir depois do que aconteceu. Fiquei a noite inteira acordada. 

Aquilo foi maravilhoso. Sua boca concentrada em meu corpo. Cada parte que ela tocou me fazia arrepiar só de pensar. Nunca havia ficado com uma mulher antes. Foi a melhor experiência que eu já tive em sexo. Acho melhor ainda saber que vamos nos encontrar novamente.

Não crie expectativas Patrícia.

Já eram 04:00 da tarde e eu estava  olhando minha agenda quando Mary entra em minha sala.

- Impressão minha ou você estava muito feliz hoje ? - eu sorri mais uma vez e me lembrei de Elisa de novo. Fiquei em transe por alguns segundos até Mary voltar a me encher o saco.

- O que foi ? - disse saindo de meus pensamentos.

- Está muito feliz Patrícia. Com quem você transou ontem ?

Não podia contar a ela que eu fiquei com uma mulher. Eu não sei qual seria sua reação.

- Não aconteceu nada ontem. Só fiquei feliz pela chuva.

- Chuva ? Aqui sempre chove...ninguém fica feliz assim por uma chuva.

- Pare. Me deixa. - disse guardando minha agenda e alguns livros na estante.

- Eu hein!.

- Tem mais algum paciente pra hoje ?

- Não. Por hoje acabou.

- Ótimo! Vamos limpar o consultório.

Mary apenas concordou e foi até a dispensa pegar os produtos. Ficamos até umas seis e meia da tarde organizando tudo até que deixamos tudo limpo e fomos pra casa. Hoje eu estava de carona já que meu carro quebrou. Tomara que fique pronto logo. 

A noite eu e Mary pedimos uma pizza e fomos pro apartamento dela assistir um filme.

- E você e aquele rapaz ? Se encontraram de novo ? - ela pegou um pedaço de pizza e mordeu.

- Hum! A gente se fala todos os dias por mensagem e amanhã vamos sair de novo. Eu acho que estou gostando dele.

- Sério ? - arregalei os olhos.

- Sim. - ela riu e bebeu um gole de seu refrigerante.

Ficamos a noite inteira assistindo filme e voltei para casa uma e meia da manhã.

...

Hoje é o dia que eu vou me encontrar com Elisa. Mandei meu endereço para ela e enquanto isso eu fui me arrumando. Coloquei um vestido tomara que caia preto. Amarrei meu cabelo em um coque e coloquei meus acessórios. Optei por um batom vermelho. Me olhei no espelho...eu realmente estava gostosa. Coloquei um salto alto também preto e esperei a mensagem dela avisando que já estava aqui. Não demorou muito e ela já havia chegado. Desci antes que Mary me visse e segui rumo ao seu carro. Ela desceu e estava muito linda. Seu vestido era em um tom rosé . Um colar bem fino destacava seu pescoço apenas com uma pedrinha de brilhante. Seus cabelos estavam de lado e um sapato de salto não tão alto a dominava. 

Perfeita.

Fui indo até sua direção ela sorriu pra mim enquanto eu sorria de volta.

- Você está linda Patrícia. - disse abrindo a porta do SUV para eu entrar.

Assim que ela entrou eu também respondi que ela estava maravilhosa. Foi um caminho de uns vinte minutos até chegarmos em um restaurante que na minha opinião era muito chique. Passamos pelo cara da portaria e por um outro que nos levou até nossa mesa. O ambiente era agradável. Tocava uma música de fundo em piano. Eu parei um pouco para escutar e ela veio se sentando em minha frente.

- Uau. Aqui é maravilhoso. - eu disse passando os olhos ao redor.

- Queria um encontro de verdade. Gostou mesmo ?

- Com certeza. Essa música tem um tom de romance antigo.

- É Chopin-  Nocturne. - olhei admirada com o jeito que ela pronunciava as palavras.

- Então você curte músicas clássica ?

- Sim. Eu curto também. Sou de vários gosto. - sorriu pra mim e logo o garçom chegou perguntando o que iríamos querer.

- Boa noite. Vê para nós um vinho tinto e de entrada um carpaccio por favor. 

O garçom assentiu e saiu com os nossos pedidos. Não demorou para o vinho chegar. Peguei minha taça e bebi. Ela bebeu e me encarou cerrando os olhos.

- Você vem sempre aqui ? - perguntei para quebrar o gelo.

- Eu vinha muito com meus pais. Depois que voltei de Londres, hoje é a primeira que volto aqui.

- Ah sim!

Ficamos conversando sobre várias coisas que ela gostava e sobre os micos que  teve quando estava na faculdade. Demos várias risadas e comemos tudo e o vinho já não havia mais nenhuma gota na garrafa. Não estávamos totalmente bêbadas mas já pude ver que eu estava ficava só um pouco zonza. Elisa sentou-se ao meu lado e passou o braço para baixo da mesa. Senti sua mão quente passear pela minha coxa. Ela me encarou e soltou um sorriso malicioso. Passei o rosto ao redor para ver se alguém estava olhando. Ninguém estava. Ela subiu vestido e deu um longo suspiro. Olhei bem nos seus olhos e sorri.

- Pare! Alguém vai ver.

- Xiu! Fica quieta.

Ri do que ela disse e logo respirei fundo quando vi sua mão indo direto até minha intimidade. Abri um pouco as pernas e ela puxou minha calcinha pra cima fazendo ela entrar mais.

- Meu Deus Elisa. Eu vou gozar assim.

- Goza pra mim vai.

- Aqui não. - ela fez cara de triste e tirou a mão de mim e colocou em cima da mesa. Chamou o garçom e pagou a conta. Ela não quis que eu pagasse nada mesmo eu me oferecendo. Me levantei e a segui. A calcinha estava ficando desconfortável e eu não esperava a hora de poder tirar. Entramos no carro e logo chegamos em uma casa enorme.

Era muito grande. Logo ela abriu a porta do carro e seguimos pelas escadas até chegar em seu quarto.

- É aqui que moro. Mas logo vou comprar minha própria casa. 

Disse se livrando dos saltos e tirando os acessórios. Despiu-se de seu vestido e puder ver a beleza de seu corpo magro. Tirei meus saltos e ela veio e desmanchou meu coque. Tirou meu vestido e foi beijando cada parte de meu corpo. Eu estava com muito tesão. Ela me beijou tão profundamente. Sua língua quente invadia minha boca. Seu braço se envolvia em minha cintura me trazendo para mais perto dela. Nós corpos estavam calorosos. Sua mão veio até meu peito e o apertou. Soltei um gemido e ela suspirou fundo.

- Porra Patrícia. Você deixa tão excitada.

- Você nem imagina como estou Elisa.

Ela desceu a mão por dentro de minha calcinha e enfiou um dedo.

- Merda. Você está molhadinha . Eu quero sentir seu gosto.

Tirou sua roupa íntima e se deitou na cama. Logo eu fui por cima e ela pediu que eu a sentasse em seu rosto. Segurei na cabeceira da cama e ela segurou forte minha bunda. 

Droga.

Ela estava me chupando. E eu fazendo vários movimentos.

Aquilo era uma perdição. Sua mão parou de firmar uma de minha coxa e correu até meu clitóris. Eu continuei ali agachada em seu rosto. Seu dedo percorreu para dentro de meu sexo. Joguei minha cabeça para trás e gemi alto.

- Elisa...ai...não para.

Seus movimentos de vai e vem estavam me deixando louca. Alguns minutos e me derramei sobre seu rosto. Sua língua estava com meu gozo. Me jogou de lado e começou à me beijar dos pés até minha boca. Se agarrou a mim e deitou no meu peito. Estava meio zonza por causa do vinho. Entrelacei nossas mão e logo caímos no sono.

Querida PsicólogaOnde histórias criam vida. Descubra agora