Patrícia
Eu estava numa tremenda dor de cabeça e o problema é que eu realmente tinha que ir trabalhar naquele dia.Tomei um remédio e fui começar mais um dia . Após terminar minha consulta com um de meus pacientes , havia um teste para carteira de habilitação que eu tinha que passar naquele dia. Assim que Mary me entregou a pasta da próxima pessoa, eu já fui me organizando enquanto o jovem escrevia uma carta de como ele achava a vida dele. Alguns minutos depois a sessão dele termina. Quando me despeço e chamo a próxima paciente, eu fico fora de mim.
Que linda!
Realmente aquela moça era linda. Li seu nome e por sinal era belo.
Elisa Katherine Sanders.
Ela se levantou e veio passando por mim e seu cheiro era ótimo. Eu me embriaguei com a delícia que estava sentindo. Com certeza era importado. Passei os testes para ela e sentei ao lado para esperar. Ela estava suando, mexendo demais com as mãos e olhando para o lado e por outro e esfregava toda hora os olhos por debaixo dos óculos. Ela estava tendo um ataque de ansiedade, pude perceber sua respiração ficar mais rápida. Ela se virou pro outro lado e respirou fundo. Alguns segundos depois ela se acalma e termina a prova. Não era difícil, são testes que até crianças podem fazer, mas não foi isso que à deixou desse jeito. Eu tinha que ajudá-la. Eu sei quando uma pessoa está nervosa, tendo um ataque de pânico ou mesmo uma ansiedade excessiva. Depois de alguns minutos ela se vira e diz que terminou. Vou até ela e pergunto se quer um copo d'água. Ela disse que não. Pedi que esperasse alguns minutos no sofá até que eu corrija as provas. Estavam certas. Me voltei para ela e me sentei na poltrona que ficava em frente ao sofá que ela estava. Encarei ela e ela cerrou os olhos.
- Tudo bem Elisa ?
- Sim doutora. E com você ? - disse dando um leve sorriso.
- Estou bem também. - sorri de volta.
Fiz várias perguntas à ela e disse que ela estava apta para tirar carteira. Ela agradeceu e foi se retirando de meu consultório quando a chamei...
- Elisa ? - a mesma se virou para mim e me encarou.
- Pois não ?
- Posso marcar outra consulta com você ?
Ela achou estranho e fez uma leve careta.
- Por quê doutora ? - entortou um pouco a boca. Mesmo assim era linda. - Não estou apta ? Arrependeu de meu atestado ?
- Não é isso. Apenas sinto que quero ter mais uma conversa contigo. - ela me encarou por alguns segundos. Me olhou de cima a baixo e sorriu para si mesma. Fiquei um pouco envergonhada.
- Claro! Marco uma sessão ainda para esta semana.
- Obrigada Elisa. - assentiu e se retirou.
Meu Deus!
Precisava respirar. Nunca senti algo assim por uma mulher. Não sei o que deu em mim, mas precisava ver ela de novo. Fiquei preocupada com a reação dela, sua ansiedade que pude notar. Queria ajudá-la e queria mais que tudo ver ela novamente.
...
Terminei minhas consultas pelo resto do dia e fui até a recepção. Mary estava lá organizando a agenda. Sentei-me na mesa e procurei o cadastro da moça. Lá estava seu endereço, número de telefone e dois contatos de emergência.
O número dela.
Não! Não podia pegar o número de uma paciente sem que algo tenha acontecido.
- Vamos sair ? - perguntei para Mary que fez ela tirar a atenção do celular.
- Hoje não posso. Sinto muito... é que marquei de sair.
- Você e seus rolos. - disse cerrando os olhos para ela que fez com que caísse na risada.
- Para sua boba! - soltou um suspiro. - Sim! É aquele mesmo rapaz daquela noite. - Ela disse com o brilho nos olhos.
- Hummmm... que coisa boa! - Ri para ela. - Vamos fechar agora. Já são 5 da tarde.
Fechamos o consultório e fui direto pra casa. Estava exausta e tudo que eu precisa era descansar. Após um longo banho peguei meu celular e fui ver o que estava acontecendo de bom nas redes sociais.
Nada.
Desliguei o celular e me deitei na cama, fechei os olhos e lembrei da moça que foi hoje no consultório. Sorri para mim mesma e lembrei de seu cabelo até os ombros, o jeito como arruma os óculos no rosto , os momentos em que passava a mão de leve na testa para se coçar e o melhor de tudo era seu cheiro. Me embriaguei só de pensar. Ela era linda, e minha vontade era vê-la novamente.
Elisa.
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Querida Psicóloga
RomansElisa é uma mulher de 26 anos que acaba de voltar de Londres para sua cidade natal, Chicago- EUA. Após terminar sua faculdade seu pai havia decidido que ela iria comandar a empresa de marketing de sua família. O que ela não esperava é que sua vida...