CREEP AND WEIRD - CHONI

Capítulo - 30

Quem aí está no clima de Romance? Os mais fortes entenderão.🌹

Boa leitura!

Meus olhos se abriram bruscamente e eu me sentei com rapidez, com o coração sufocado e batendo rapidamente no peito, enquanto a minha respiração estava acelerada.

Eu olhei em volta, reconhecendo o quarto da casa onde estávamos e meu corpo começou a relaxar automaticamente, mas não o meu coração. A sensação ruim ainda estava envolvendo o mesmo, pois eu havia sido acordada por uma sensação horrível. Olhei para o lado ao me lembrar nitidamente e vi Cheryl de costas para mim dormindo tranquilamente. Seus cabelos estavam por toda a parte, quase brilhando em tons alaranjados pela luz do sol que entrava pela janela que não fechamos com as cortinas. Eu deixei o ar do meu peito com o alívio e passei a mão no rosto desviando o olhar dela, segurando o choro.

Juntei os joelhos contra meu peito e me protegi do medo, do pavor que aquela sensação tinha me proporcionado. Tentei relaxar, mas ficava cada vez mais difícil. Até que uma batida alta na porta começou a soar, me assustando. Eu olhei para a porta, imaginando quem poderia ser. As batidas continuaram insistentes cada vez mais altas, então eu me levantei e olhei para Cheryl que parecia imóvel na cama, indiferente e adormecida demais para acordar. O que me surpreendia, pois as batidas eram muito estridentes.

— Já estou indo! — Eu falei o mais alto que pude por cima daquele barulho, mas quando cheguei diante da porta o barulho foi cessado e eu coloquei a mão na maçaneta fria.

Eu não sabia por quais motivos eu comecei a sentir o medo me enchendo, me invadindo de uma maneira inexplicável. Eu quis Cheryl ao meu lado, porque eu não conseguia imaginar quem poderia bater com tanta força naquela porta. Mas eu tomei fôlego e comecei a abrir a porta e o susto que tomei fez meu coração parar por segundos.

— Pai? — Minha voz saiu irreconhecível.

Thomas Topaz estava diante de mim. Eu estava paralisada, com os olhos vidrados, assustados e meu corpo inteiro começou a tremer quando ele sorriu com os olhos tão cruéis que eu fiquei incapaz de me mover sentindo uma dor terrível pelo meu peito. Como? Não era possível.

— Toni, você tem algo que me pertence. Eu voltei para buscar. — Ele disse e sua voz fez meu corpo ficar ainda mais imóvel.

— O que? — Eu me forcei a falar.

Ele começou a passar por mim e eu simplesmente não consegui me mover, quando ele começava andar pelo quarto e se direcionava cada vez mais para perto de de Cheryl que ainda dormia. Eu segui seus passos, petrificada. Ele ficou ao lado dela, encarando o rosto de Cheryl que eu não conseguia ver por estar para outro lado e então, ele me encarou. Seu olhar me assustava tanto que eu queria correr, mas jamais deixaria Cheryl.

— Saia de perto dela, pai! — Eu tentei gritar, mas minha voz ainda era baixa, não tinha força ou firmeza. Eu estava fraca.

— Ela já está morta mesmo. — Ele disse com tranquilidade.

Eu senti meu corpo entrar em desespero, meu coração se quebrou ao ouvir suas palavras. Eu olhei para Cheryl, incapaz de acreditar nele, mas quando fui olhando atentamente pela cama, havia sangue pelos lençóis brancos e ela estava mais pálida que o normal. Eu me forcei a correr com dificuldade, minhas pernas doíam, mas corri com meu corpo pesado, dolorido, perturbado e a olhei diretamente no rosto da minha namorada.

Havia sangue em sua boca e seus belos olhos castanhos estavam abertos, sem vida, opacos e eu perdi o fôlego, o resto que havia. Cheryl estava morta, bem contra a cama que antes dormíamos.