Capítulo - 20

3.1K 256 638
                                    

Cheryl Blossom POV.

E é assim que acaba.

A esperança, o amor, o sonho, minha sanidade. Eu não lembro exatamente quais foram os seguintes eventos, mas minha respiração foi sumindo, meu coração pareceu parar, meu corpo não se movia e meus olhos estavam secos como se não houvesse nada para ver. Eu estava morrendo junto com meus pais. Marjorie Blossom, aos poucos sumia diante dos olhares de Katy e Blaze. Elas pareciam preocupadas pela forma que me olhavam e eu não fazia ideia de como eu estava.

Eu fui processando que meus pais estavam mortos e eu sabia, era tudo por conta daquele lugar. Culpa minha por ter os envolvido em minha vida. Eu precisava sair dali, eu precisava de ar, eu não respirava, eu comecei a ficar ofegante pois eu não conseguia fazer meu coração voltar a funcionar. O que eu estava sentindo? Que sentimento era aquele? Eu não entendia. Por que me causava uma dor física?

Automaticamente, lembrei de Thomas Topaz e sua frase sobre não me apegar aos meus pais, porque eu nunca sabia quando eles não poderiam voltar. E agora, eles não voltariam mais. Foi ele, ele foi o responsável pela morte de meus pais, eu sentia.

Um calor começou a subir pelos meus pés. Eu sentia queimando minhas células, dor e mais queimor, eu apertei as mãos e apenas aceitei que estava queimando. Todo o meu corpo pulsava, meu coração era envolvido pelo fogo familiar. Eu fechei os olhos ao sentir tudo me consumir e eu deixei, sem questionar. Quando eu me senti completa pelo fogo, abri os olhos e tanto Katy, como Blaze e o outro segurança recuaram.

O segurança levantou a arma para mim com rapidez, seus olhos estavam arregalados.

- Por que os olhos estão vermelhos? O que está acontecendo? - Ele gritava para Katy e Blaze, segurando a arma que tremia. Ele estava com medo de mim.

Katy não teve fala, ela ficou ao lado de Blaze em silêncio, me olhando com terror, mas eu não me importei. Eu iria sair dali e iria correr o mais rápido que pudesse e esperava que ninguém pudesse me impedir. Eu iria encontrar o corpo dos meus pais, nem que fosse a última coisa que eu fizesse. E num minuto, meus pés dispararam em direção a porta, mas o segurança pressionou o dedo no gatilho, tentando me atingir, mas eu fui mais rápida. Eu estava tão rápida que eu andava e as balas atingiam todos os lugares atrás de mim, como se me seguissem, mas não conseguiam me alcançar. Eu cheguei até ele e agarrei a arma em seu braço e arranquei dele, jogando-a no canto do quarto. Depois o segurei pelo pescoço e o lancei sem dificuldade para onde a arma estava, no chão, no canto do quarto. Ele gritou até ser atingido e eu ouvi que a batida de sua cabeça na parede o fez perder a consciência.

Eu olhei para Katy e Blaze. Elas esperavam ser machucadas, mas eu nunca as machucaria. Eu apenas me virei para a porta, socando-a até meus dedos sangrarem, usando toda a força que eu sentia em minhas veias e concentrei tudo num chute, que fez ela arrombar. Assim que a porta foi quebrada, eu comecei a sair pelo corredor e me forcei a correr. Os corredores eram enormes e me deram a sensação de liberdade. Eu era uma bala correndo entre os corredores, até que mais deles apareceram, provavelmente já sendo informados da minha fuga.

Eu não me importei. Eles não pegaram as suas armas, vieram com suas barras de ferro em minha direção, prontos para me atingir, mas eu conseguia lidar com eles. Eles pareciam me temer, mas eu não os temia. Assim que o primeiro lançou aquele ferro sobre mim, eu agarrei antes que me atingisse e puxei, forte o suficiente para ele soltar e gritar, pois eu segurei o ferro com as duas mãos e o atingi no maxilar com força, fazendo o sangue jorrar de sua boca e ele cair no chão.

Ao meu lado, mais pensamentos sobre como me atingir. Seus pensamentos me davam mais raiva. Eles não queriam um monstro? Esse monstro era eu. Mais dois a direita e a esquerda. Eu agarrei a barra de ferro e virei numa direção, lançando aquela barra rapidamente contra a perna de um deles e ele caiu ao chão, quando perfurou a sua perna e ele gritou vendo seu sangue ser derramado. Eu não dei tempo para os outros, corri em suas direções, empurrando dois de uma vez com os ombros e eles foram lançados a parede e seus gritos deviam acordar a todos, antes que eles perdessem a consciência ao sentir suas cabeças serem machucadas no concreto.

CREEP AND WEIRD - CHONIOnde histórias criam vida. Descubra agora