Capítulo - 34

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- Socorro! - Gritou uma mulher.

Eu ainda estava paralisada com o que estava diante de nós. O estacionamento do hospital estava todo destruído. O fogo estava em toda a parte, junto com a fumaça e o calor escaldante que nos envolvia, mesmo com o frio intenso daquela noite.

Eu não sabia se havia outra explosão ou se haveria outra em breve, e isso me assustava. As pessoas dentro do hospital corriam riscos? Heather seria assim tão cruel de matar pessoas inocentes? A minha mente disparava com as dúvidas e eu estava tremendo dentro daquele carro, sem saber exatamente qual a causa do meu pavor, porque eram muitos. Mas o barulho da porta se abrindo me assustou e eu vi Cheryl Blossom saindo do mesmo.

- Cheryl, o que está fazendo? - Eu gritei, olhando-a com desespero.

Ela fechou a porta atrás de si, me olhando com preocupação, mas ao mesmo tempo, com determinação.

- Se tem alguém machucado, eu necessito ajudar, TT. - Dizendo isso, ela começou a correr em direção aos destroços.

Meu coração quase saiu pela boca ao vê-la tão perto do fogo e da destruição que estava diante de nós. Aquilo era muito arriscado, deveríamos esperar os bombeiros, a polícia, ou a ambulância. Mas então me recordei que eu estava num hospital e ao olhar para mais longe, vi que todas os veículos de ambulância do hospital de Riverdale, haviam sido explodidos.

Então era isso. Heather queria diminuir o atendimento médico e de emergência pela cidade. Ela quis limitar as fontes de ajuda para as pessoas e isso me preocupou ainda mais.

Mas agora, eu precisava me preocupar com a ruiva que estava em busca da mulher que gritava pelo estacionamento. Eu não a deixaria sozinha novamente, então comecei a sair do carro sem pensar duas vezes. Comecei a correr em direção a ela, entre o fogo, entre os pedaços de carros e concentros destruídos, procurando onde ela estava e ao passar com cuidado pelos espaços intactos, vi que ela se abaixava perto de um carro que estava praticamente destruído. Ao olhar em busca do que ela estava vendo, eu vi uma mulher que estava presa as ferragens.

- Oh, meu Deus. Cheryl... - Eu me abaixei, olhando para a minha namorada.

- Por- favor, me ajudem... Não me deixem aqui. O fogo- está se aproximando. - A mulher que entrava em desespero, com sangue em várias partes, nos olhava com muito medo e dor. Ao olhá-la bem, percebi que era a mãe de Midge Klump.

- Está tudo bem! Não vamos te abandonar. - Cheryl disse, inspecionando onde o carro estava ferindo a mulher. Eu vi que uma parte estava perfurando a sua perna, havia sangue em toda parte.

Cheryl começou a segurar as ferragens. Ela se posicionou bem contra o chão, pressionando os pés no mesmo e se concentrou, como se estivesse tentando reunir a força dentro de si. Ela respirou fundo várias vezes e seus dedos começaram a se forçar nos ferros.

Ela tentando levantar a mesma com toda a sua força, fazendo as ferragens se mover muito minimamente, fazendo a mãe de Midge gritar pois as ferragens começava a sair do lugar em sua perna, mas nada acontecia além disso e quando ela soltou com o resto de suas forças para não machucar a mulher ainda mais, ela respirava com muita dificuldade e choramingou, segurando o choro e eu agarrei o seu braço com firmeza para que ela me olhasse.

- Cheryl, eu te ajudo. Vamos! - Eu falei com firmeza.

Ela tinha um olhar de impotência. Ela não conseguiria levantar aquelas ferragens sozinha e aquilo quebrou o meu coração porque agora mais do nunca, ela estava desejando não ser normal. Então ela me olhou com paixão e agradecimento, aceitando que precisaria da minha ajuda e eu assenti, segurando as ferragens junto dela.

CREEP AND WEIRD - CHONIOnde histórias criam vida. Descubra agora