Capítulo - 35

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Conteúdo +18.
Violência.

Boa leitura e se preparem para as emoções. ❤️

Cheryl e eu corríamos pela escola, rindo sem conseguir nos conter diante daquele momento raro que tínhamos de paz.

Nossas mãos estavam entrelaçadas, eu apertava mais seus dedos para não correr o risco de cair porque ela estava muito entusiasmada naquela manhã. Passávamos por todos os alunos que estavam saindo igualmente animados, porém ela estava com mais pressa. Todos estavam animados com a formatura que seria em poucos dias. Então toda a escola só falava e pensava sobre isso, o que tornava o clima estudantil um pouco contagiante.

Eu não tinha nenhuma vontade de ir ao baile de formatura, por exemplo. Principalmente porque ultimamente me causava certo pânico estar em público após tudo o que aconteceu em Riverdale, mas a cidade estava superando pouco a pouco. E com Cheryl Blossom ao meu lado e seu entusiasmo por primeiras vezes, eu também estava.

Era inquestionável como eu me sentia melhor com seus gestos, principalmente ao vê-la fazer uma doação anônima para todas as famílias que foram prejudicadas pelos atos terríveis dos St. Clair e isso a ajudou um pouco a lidar com a culpa.

Felizmente, um mês havia se passado e após uma caçada constante em busca de Heather e Nicholas St. Clair, chegamos a conclusão que eles saíram da cidade para bolar um plano maligno. Claro, Cheryl e Betty estavam prontas e mesmo a minha garota estando preocupada, ela seria um elemento surpresa e estava sempre ciente de ficar em alerta. Porém, naquele dia ela estava mais descontraída que o normal, me fazendo rir mesmo que eu não quisesse.

Passamos por todos os alunos que nos olhavam com interrogação, mas eu não me importava. Eu havia mudado muito, por ela, por tudo o que havia me mudado inicialmente e por mais que toda a trilha da minha história fosse conturbada, eu sempre esquecia tudo quando estava com aquela garota de cabelos em chamas.

Eu analisei a cor deles no dia nublado e mesmo com toda a neve em volta, ela continuava brilhando como o meu sol particular. Usávamos roupa de frio e ela até mesmo usava um gorro, deixando-a ainda mais adorável. Ela olhava para trás enquanto eu tentava acompanhar seus passos e seu sorriso iluminado por todos seus belos dentes fazia meu coração acelerar mais do que nossa corrida em direção ao estacionamento, onde nosso novo carro estava.

- Vem, TT! - Ela chamava animada.

- Estou tentando! - Eu disse tentando achar a chave do carro que estava em meu casaco.

- Oh, estava em busca disso aqui? - Ela ergueu a chave do carro que estava em seus dedos com uma risada divertida.

Eu a fuzilei com o olhar porque ela pegou sem eu ao menos sentir e ela riu ainda mais, o som da sua risada era o som mais delicioso do mundo.

E quando estavamos próximas, ela destravou o carro vinho escuro discreto e foi mais rápida, adentrando o banco do motorista, com um entusiasmo aparente e eu tive que revirar os olhos para disfarçar a vontade de rir por dois motivos: ela era perversa no volante e não por dirigir mal, mas pelo motivo que logo ela irá repetir e o segundo, porque seu entusiasmo ao pegar um carro pra dirigir era engraçado.

- Ponha o cinto, Toni Topaz. - Ela cantarolou, colocando o carro em movimento.

- Ponha você o cinto! - Rebati, mas sabendo o que ela iria fazer, eu olhei de lado e comecei a colocar o cinto, fazendo ela balançar a cabeça e dar uma risadinha engraçada.

Joguei nossas mochilas no banco de trás e comecei a ligar o aquecedor do carro com urgência, mesmo sabendo que eu era a única a sentir tanto frio.

CREEP AND WEIRD - CHONIOnde histórias criam vida. Descubra agora