Cheryl Blossom POV.
Meus olhos se abriram inesperadamente. Minha mente estava cansada, uma dor terrível logo se espalhou por minha cabeça e eu fiquei parada por uns momentos, deixando meus olhos se ajustarem para eu sentir onde estava quando olhei para o teto. Não havia muita iluminação, o quarto era um tanto verde claro com paredes lisas, sem nenhuma fotografia ou móveis. Eu percebi então que estava deitada numa cama. Talvez uma maca de hospital.
Então ouvi um barulho, que soava baixo e pausadamente. Olhei para acima de minha cabeça e vi aparelhos médicos, junto de uma bolsa de soro, que pingava lentamente. Percebi então que quem recebia aquele soro era eu. Apertei os olhos um pouco mais, ouvindo aquele som mais uma vez e reconheci. Eles estavam reconhecendo as batidas do meu coração.
Olhei um pouco mais em volta e vi Katy, sentada numa cadeira ao meu lado e ela me olhava, com olhos cansados e pesados. Tinha olheiras embaixo de seus olhos, entregando o quanto ela estava cansada. Ela foi se levantando devagar e chegou ao meu lado, me saudando com um sorriso.
- Finalmente acordou, Marjorie. - Ela colocou a mão sobre o meu braço e eu estremeci, seus dedos estavam muito gelados, como aquele quarto.
Eu vi que havia um abajur aceso iluminando um pouco o lugar e percebi que não haviam janelas. No canto, havia um armário de vidro, mostrando vários instrumentos médicos. Por um instante, tive medo de ter voltado para o lugar que eu tanto tinha medo. Ela pareceu perceber e segurou meu braço devagar e eu voltei a olhá-la.
- Está tudo bem. Estamos em casa, não se preocupa. - Ela olhou em volta e suspirou. - Eu sou uma médica de todo modo, Marjorie. Eu e Thomas mantemos esse quarto para momentos como esse. Estamos no porão.
Eu fechei os olhos um pouco aliviada, exausta fisicamente, sentindo uma dor muscular como em minha cabeça, só que mais forte. Ao tentar mover meu braço para me sentar, um queimor se espalhou pela minha pele e por meus ossos e me mantive quieta, diretamente em meu ombro que foi atingido por Betty. Betty. Eu sentia um pavor só de pensar em seu nome.
- Betty. - Eu falei com dificuldade.
Ela me olhou e suspirou. E passou a mão por meu rosto delicadamente.
- Ela está no quarto ao lado. Ele é reforçado para essas ocasiões e ela está presa, fraca demais pra conseguir fugir. Tenho lhe dado tranquilizante que peguei do laboratório a cada cinco horas. Só eles para mantê-la dopada o suficiente. E estamos bem até agora, então acredito que esteja funcionando bem.
Naquele instante, lembrei de Toni. Meu coração foi preenchido com uma necessidade assustadora. Eu senti a preocupação me dominar os sentidos e eu me forcei a mover meu corpo, começando a me sentar, gemendo pela dor horrível em ombro, se espalhando pelo meu braço e Katy me segurou, me ajudando a sentar e eu a olhei, perdida na dor.
- Toni. Onde está Toni? - Eu me forcei a falar.
- Ela está bem, segura. Não tem nenhum arranhão. - Ela disse se limitando a falar mais.
- E Veronica?
- Ela também está bem. Se feriu um pouco, mas não foi nada grave.
Eu fiquei aliviada por seu comentário, mas logo lembrei aos poucos de todos os acontecimentos que se seguiram durante aquela noite. Pensando no que Betty revelou a ela e fechei os olhos, sentindo a dor emocional agora.
- Por quanto tempo eu estive inconsciente? - Eu a olhei, com olhos apertados.
- Três dias. - Ela disse. - Seu corpo precisou de todo esse tempo para melhorar e sua consciência voltar. Você está viva graças a substância em seu sistema, como era de se esperar. Pois o seu ombro foi atingido com muita força e sua pele foi rompida, você perdeu muito sangue. Sem falar que demorou muito para seus ossos voltarem para o lugar. Como te alertei, foi estraçalhado.
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CREEP AND WEIRD - CHONI
FanfictionE se a garota ruiva e encantadora que você idealizou como "a garota perfeita" em uma folha de caderno, aparecesse magicamente na sua frente? Após Cheryl Blossom se mudar para Riverdale e ser uma hóspede apaixonante e cheia de segredos em sua casa...