Kaiba: E a gente já começa assim?
Autora: Assim como?
Kaiba: *aponta pra foto do capítulo*
Autora: Ah, para de reclamar. O Yami tá vestido de rena na foto e não falou nada.
Yami: É época de Natal, Kaiba. Cadê seu espírito natalino?
Kaiba: *revira os olhos* quanta baboseira...
Mokuba: Baboseira nada, coloca o chapéu aí, Seto *põe um gorro de Papai Noel na cabeça do Kaiba*
Kaiba: Até você?
Luka: Ai Seto, pega um biscoito e um copo de leite e para com isso *aparece com uma bandeja de biscoitos e coloca na mesa*
Joey: Ele devia era ajudar a gente a montar essa árvore aqui. Faltam vários enfeites ainda.
Luka: É uma boa ideia...
Kaiba: Nananinanão, você já me fez concordar com o absurdo, Luka. Até porque o Faraó também não tá fazendo nada.
Autora: Tem certeza? Olha lá.
Yami: *ajuda o Yugi a colocar a estrela na árvore*
Kaiba: .......
Téa: E se a gente contasse uma história de Natal? A gente já terminou de montar a árvore mesmo.
Autora: Boa! Já sei o que vai ser, só vamos fazer uma pequena modificação...
Yugi: E qual história vai ser?
Autora: Conhecem aquela história de um velhinho muito ranzinza e que recebeu a vista dos espíritos do Natal? *todo mundo concorda* Pois é essa que vamos contar, mas mudando algumas coisas.
Kaiba: Já estou prevendo mais loucuras....
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- Vamos trabalhar, não estou pagando vocês para esquentarem as cadeiras.
- S-sim, Senhor Kaiba.
A época de Natal era, assim como para praticamente qualquer empresa, o momento de maior lucro nas vendas. No entanto, para a Corporação Kaiba, as coisas eram ainda melhores pelo fato de seus preços serem mais baixos do que os da concorrência, o que era uma vantagem.
Já era dia 23 de dezembro e Seto Kaiba não tocava no assunto de dar um dia de descanso para seus funcionários ou mesmo uma pequena recompensa para eles.
- Seto, o Natal está chegando. Não vai dar um descanso pra eles? - Mokuba pergunta ao irmão - É a época do ano em que as pessoas esperam ficar com suas famílias.
- Besteira. Não podemos perder a chance de ter mais lucro.
O Kaiba mais novo suspirou e voltou a cuidar da papelada. De nada adiantaria tentar convencer Seto que ele deveria ser um pouco mais mão aberta.
O expediente terminou e todos foram para suas casas. O Kaiba mais velho, mesmo assim, continuava com seus telefonemas e mensagens sem dar atenção a mais nada ao seu redor. Jantaram e então foram dormir.
- Tá bom, acho que entendo um pouco do motivo de você ser tão coração de pedra...
Seto acordou com um pulo ao ouvir a voz de certo alguém que, definitivamente, não gostava nem um pouco. Ao olhar para os pés da cama, Joey estava ali.
- E desde quando deixam entrar tipos como você? Vou fazer questão de demitir o idiota que não te colocou pra fora.
- Ei, ei, calma aí, Kaiba. Eu só tô aqui pra te lembrar da sua infância.
- Deixe de ser ridículo e suma daqui agora.
- Tá bom, vai ter que ser do jeito mais difícil, então. Eu sou o "Espírito do Natal Passado" e não vou embora até te mostrar o passado.
- Que absurdo.
Um álbum antigo de fotografias apareceu em cima da cama e Seto começou a olhar as fotos de quando era criança. Seus pais nunca estavam presentes na época de Natal, pois estavam sempre muito ocupados. E depois, quando ele e Mokuba foram mandados para o orfanato, continuaram sozinhos do mesmo jeito e de forma ainda pior.
- Não é porque você e o Mokuba foram deixados de lado que isso significa que os filhos dos seus funcionários precisam sofrer a mesma coisa.
- Se já acabou com a loucura, eu gostaria de ir dormir.
Joey sumiu da mesma forma que apareceu e Kaiba novamente se ajeitou para dormir, se não fosse por alguém sacudindo-o pelo ombro.
- Que tipo de brincadeira é essa agora? Até você está nessa, Yugi?
- Se importa de dar uma volta até a casa de alguns funcionários seus?
- De jeito nenhum vou sair daqui à uma hora dessas para isso.
- Vou ter que dizer o mesmo que o Joey, então. Eu estou aqui para te mostrar o Presente e não vou embora até você sair daí.
Revirando os olhos, Seto foi trocar de roupa e seguiu Yugi a pé até a casa de um dos funcionários do setor de montagem dos discos de duelo. Pela janela, dava para ver o trabalhador, sua esposa e a filha pequena.
- Papai! Papai! Você vai estar aqui no dia do Natal, né? A mamãe disse que vai cozinhar um monte de coisa!
- Infelizmente o papai precisa trabalhar, minha querida.
A expressão da menina mudou para decepção. Kaiba logo se pegou pensando que essa era a mesma resposta que seus pais davam antigamente e a tristeza da garotinha era a mesma que a dele e de seu irmão.
Foram para mais duas casas não tão longe dali e a mesma cena se repetia. O rapaz de olhos azuis não queria dar o braço a torcer de que, cada vez mais, entendia a frustração daquelas crianças.
- E aí? - Yugi perguntou - Vamos voltar?
Seto assentiu e, em um piscar de olhos, estavam de volta na mansão Kaiba. Yugi desapareceu assim como Joey, mas mesmo assim o Kaiba mais velho não foi capaz de sequer colocar o pijama, pois foi para o espelho verificar o que estava pesando em seu pescoço de repente. E, para sua surpresa, era o Colar do Milênio.
- Tem algo que meu colar gostaria de lhe mostrar, Kaiba. - Ishizu apareceu de surpresa - É melhor não tentar lutar contra isso.
- E dessa vez não vou. - ele resmungou - Se eu negar, já sei que você vai falar a mesma coisa que Yugi e Wheeler.
- Pois muito bem. Feche os olhos e deixe o Colar falar com você.
O Kaiba mais velho acabou obedecendo, um pouco a contragosto. Conseguiu ver seus funcionários cabisbaixos, as famílias deles desoladas e podia até ouvir os comentários ruins a seu respeito. "Coração de pedra", "Desumano", entre outros dizeres. Além disso, via o desapontamento no rosto de Mokuba e tal visão valia mais do que mil palavras.
Com isso, acabou tomando uma decisão que imaginou que jamais tomaria: sentou-se à escrivaninha e não tardou em mandar emails para os funcionários, dispensando-os de trabalharem na véspera e no dia de Natal. Por tudo o que viu, entendeu que nenhum lucro valia mais do que passar um feriado importante com a única família que lhe restara e o mesmo podia se pensar para seus funcionários.
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Querido Olhos Azuis
FanficDe volta para sua cidade natal, Luka está retomando os eixos de sua vida após a morte de seus pais com o apoio de seus amigos de infância Yugi e Téa. No entanto, um encontro ao acaso com o CEO da Corporação Kaiba faz com que sua rotina mude um pouc...