Peter caminhava em silêncio, Eu ficava agoniada, queria fazer várias perguntas sobre seu passado mais tinha receio de receber nenhuma resposta. Olhava pro chão seguindo ele, quando o mesmo para me fazendo trombar nele. Peter me olha seriamente e eu sorrio, um sorriso amarelo. Ele volta a olhar pra frente, Eu olho na direção em que ele olhava e vi uma cabana pequena, em volta tinha pedras meio que escondendo ela, Peter se aproxima e deixa suas coisas no chão, Eu olho ao redor observando cada detalhe do lugar.
— Você dorme aqui?— Eu aponto para a Cabana e ele me olha revirando os olhos.
— Sim, Eu durmo ai, eu vivo aqui, e você deveria estar longe daqui, Eu te salvei, não te adotei.— Ele fala seriamente e eu paro pensativa. Eu não podia sair, não tinha pra onde ir, Pelomenos não agora de noite, é perigoso.
— Eu não vou sair daqui, está de noite. Não saio mesmo.— Cruzo os braços encarando ele que me dava as costas e sentava no tronco afiando uma estaca.
Eu sento no outro tronco e tiro meu arco de minhas costas, estava sem fazer nada... Peter não era de conversar. Eu observando demais notei que na cabana havia dois colchões, dois pratos, dois copos, e duas bolsas. Olho para Peter imaginando quem seria a outra pessoa.
— Você tem namorada?— Pergunto, talvez fui muito direta, eu até curiosa demais. Ele para de afiar sua estaca e me olha levantando a sobrancelha.
— O que te faz pensar que eu tenho uma namorada? Vivo e sobrevivo sozinho. Por que a pergunta, interessada em mim?— Ele me pergunta e assim sorri maliciosamente e volta a afiar a estaca.
Ele ao me perguntar se estou interessada me faz rir Debochada, dou uma de cínica e falo:
— Interessada em você?— Com deboche eu pergunto— Para de se achar, estou bem, solteira, okay!— Levanto uma sobrancelha.— Tá explicado porque está solteira.— Ele sorri sem mostrar os dentes, não me olha e continua a afiar.
— Eu perguntei se você tem namorada porque há duas camas na cabana!— Impaciente respondo, Ele se exibindo achando que eu quero ficar com ele, ata.
Peter ia me responder, mais é interrompido. Uma sombra estava ao nosso lado, Eu fiquei com medo, olhei para Peter que estava normal, a sombra perguntava:
— Quem é essa pirralha!?— Eu logo franzo o cenho ao escutar a sombra, bem educada ela!— Eu não sou pirralha, criatura abominável!— Eu respondo num tom alterado, apelidando a sombra. A pessoa saía da escuridão e logo revelava seu rosto moreno.
— É a chapéu vermelho. Cala boca e come.— Peter me tirava do meu transe pois eu estava fixada no homem que estava ao meu lado. Olho para Peter Incrédula sobre seu comentário e ele da risada não olhando pra mim mais rindo de minha reação.
— Criatura abominável? Foi o melhor apelido que conseguiu fazer pra mim?— O homem, cruza os braços sério me encarando com uma cara de bravo...
— Nossa, falou o homem que me apelidou de "pirralha", muito criativo hein.— Eu levanto e cruzo os braços meio que desafiando ele.
— Boyd relaxa, ela é boazinha.— Peter falava calmamente. O homem a minha frente que se dava por nome de Boyd logo se aproxima lentamente me fitando, ele começa a me rodear me olhando de cima á baixo. Sou surpreendida quando sinto sua mão tocar na região da minha bunda.
Eu me viro rapidamente, pego o canivete que estava sob a mesa e aponto no pescoço de Boyd, ameaçando:
— Se encostar essas mãos sujas em mim de novo eu corto sua garganta e você nem gritará de dor pois suas cordas vocais vão junto!— Ele não tinha outra expressão do que surpresa. Eu me afasto com meu olhar mortal para ele e deixo o canivete de volta na mesa.— Uou, ruiva eu disse que você era boazinha, não contraria minha palavra. — Peter falava fingindo estar triste olhando a cena.
— Gostei dela... Não parece boba, mais a Cara é de uma. Podemos ficar com ela, por uma noite, nada mais que isso!— Boyd fala e assim se afasta entrando na cabana. Peter me olha e fica me encarando, eu ignoro e sento no tronco observando a lua. Fingindo demência.
Meus olhos estavam começando a pesar, eu me deitei no tronco calmamente e fiquei olhando o céu e as estrelas, as árvores cobriam a lua. Minha visão ia se escurecendo cada vez mais, até que não me aguentei e acabei adormecendo.
[P.O.V] Peter Morgan.
Estava afiando minha estaca, queria ela bem pontuda para usar como arma! Na verdade, mito, estava mesmo afiando para colocá-la em volta, perto da cabana, assim quando alguém se espetasse, eu ou Boyd poderiamos ouvir e ficarmos atentos.
Quando terminei de afiar, deixei a estaca na mesa e meu olhar foi para Elisa, que dormia no tronco. A mesma caiu no sono... Ótimo!
Me aproximo dela lentamente com o propósito de não fazer barulho algum. Encaro seu rosto liso e macio, ela parecia um anjo dormindo, agora seria a hora exata de me livrar dela, mas a mesma disse que só não se afasta por estar de noite. Então pela manhã veremos a mesma partir, finalmente.
Cuidadosamente eu a pego em meus braços, Elisa faz um barulho com sua boca, pensei que a mesma iria acordar, mas não acordou. Caminho até a cabana, Boyd estava dormindo, ainda bem, isso diminui as chances de Elisa acordar morta. Com cuidado a coloco no colchão, já estava gasto e velho mais dava pra passar uma noite. Deito ela e a cubro com o pequeno pedaço de pano que tinha ali, a noite na floresta era fria, mais digamos que eu seja imune a isso...Fiquei agachado observando a mesma dormir, seu rosto... Seus fios de cabelo em tons avermelhados... me lembrava alguém...
Sou tirado de meus pensamentos quando Elisa se vira para o lado direito, eu me assusto pensando que a mesma ia acordar. Assim que ela se move, pude ver uma marca de nascença em seu ombro... a alça de seu vestido havia caído para o lado assim dando pra revelar. Já tinha visto aquela marca em algum lugar... mas aonde?Sai pensativo da cabana e deitei no tronco calmamente, ia dormir lá essa noite já que uma intrometida havia roubado meu colchão, ela tem sorte que hoje eu não estou cruel!
Meus pensamentos são voltados para a marca de nascença, aquilo havia me intrigado, eu sei que já vi essa marca...
Forço meus pensamentos, buscando no passado momentos , tentando me lembrar de algo.... Até que... acabo me lembrando da marca, essa não. Essa marca de nascença pertence a pessoas da Família Real! A Família McHellsing! Mas como!? Elisa será a princesa perdida!? Não é possível, ela tão inocente e nada da realeza. Se Boyd souber disso ele vai acabar com ela, pois enquanto eu quero devolvê-la ao rei, Boyd a quer matar. Por conta de conflitos passados, o Rei McHellsing botou fogo na casa da família de Boyd ao saber que a Senhora Zuckwood havia roubado comida para alimentar sua família, então ela era considerada ladra. Boyd foi o único que saiu ileso dessa... Perdeu alguém que ama. Ele falou que se encontrar-se a princesa, ele a mataria, para devolver na mesma moeda, ele perdeu alguém que amava, e queria matar alguém que o Rei amava.Me juntei a ele fingindo estar ajudando, porque percebi que ele sabia mais sobre a princesa do que Eu, ele pegou um pedaço de placa quebrada na qual estava o nome da criança do rei, na placa as últimas iniciais eram "isa", e juntando os fatos, ele so não conseguiu ler o "El" de "Elisa". Preciso ter certeza antes de levar Elisa para o rei, e preciso tomar cuidado para Elisa não acabar revelando seu nome ou outros fatores. Boyd é esperto e por enquanto só sabe as últimas iniciais.
Se ele souber que quem dorme ao lado dele nesse momento é a filha do rei... com certeza Elisa estaria morta.⁂۪̻۬◆͜ꦿིx̤ٜ̽░ ᎢᎻᎬ ᎬNᎠ
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Uma Paixão Hellsing
FantasyUma fugitiva... Uma ruiva fugiu de sua antiga vila após ser acusada de ser bruxa pelos seus cabelos em tons avermelhados. Nessa época bruxas eram consideradas uma ameaça para o mundo, e sendo assim eram executadas por católicos. Depois de anos vaga...