Ao encarar aquele par de olhos azuis acompanhados com aqueles pares de músculos. Eu logo reconheci Peter! Sentia sua respiração, ele me olhava seriamente com aquela cara inexpressiva que me fazia questionar sobre seus pensamentos, a faca permanecia perto de meu pescoço mesmo depois de ele me reconhecer. Os traços de seu rosto agora eram bem visíveis. Minha respiração estava ofegante porém eu tentava controlar.
— Eai, vai me matar ou continuar me encarando com essa faca no meu pescoço? — Eu perguntava seriamente com meu olhar fixo no seu.
— Não seria uma má idéia... — Ele dizia com um sorriso sem usar dentes, sua expressão era ameaçadora. — Mais não, não vale a pena te matar tão cedo assim... — Ele agora se afastava lentamente ainda com seu olhar em mim, guardava sua adaga em seu cinto. Peter vira de costas para se afastar ainda mais, porém eu em um gesto ágil, peguei a adaga e empurrei com força Peter contra a parede e aproximei a adaga de suas costas, com a ponta bem encostada nele para o mesmo sentir que a qualquer movimento dele eu posso feri-lo. — Mais o que você está fazendo!? — Ele levanta a voz me questionando, Eu reviro os olhos.
— Você me deixou no castelo! Sem despedida sem nada como se realmente eu fosse só uma menina para fazer o teste! — Eu falo com um pouco de chateação mais também nervosa. — Você me trocou por dinheiro! Se me pedirem sua cabeça eu entrego de bandeja! — Falo apertando um pouco mais a ponta da adaga nas costas dele. — Você foi avisado! Me trate como um nada que eu te trato como um lixo! — Falava com um tom de raiva mais logo relaxo e me afasto lentamente do mesmo.
Peter começava a se virar calmamente e me olhava surpreso. Ele abria a boca para falar mais logo fechava em seguida. Depois de uns 5 segundos nos encarando ele abre a boca novamente.
— Devolve minha adaga? — Ele pede pela adaga seriamente, e eu olho para o mesmo com indignação, depois de toda o meu sermão ele se preocupa com a adaga!?
Encaro com os olhos semi-serrados e jogo a adaga no chão saindo de sua frente e caminhando até uma prateleira velha que estava ali perto.
— O que você está fazendo aqui? — Pergunto tentando não mostrar que estava tudo bem, não é só simples assim!
— Eu estava procurando informações até você chegar e tirar o meu foco. — Escuto o barulho da adaga, ele estava pegando o objeto. Eu me viro para olha-lo, ele agora à guardava novamente me encarando.
— Ah que pena atrapalhar. — Digo em um tom debochado. Reviro os olhos e respiro fundo, coloco as mãos na cintura. — Agora me explica que informações você procura na minha antiga casa? — Eu indagava encarando seu rosto tentando descobrir respostas em sua expressão facial.
— Hum... Informações que não é da sua conta! Agora para de se intrometer, Elisa, e volte para o castelo, princesa. — Ele me chamava de princesa, o que me deixou um pouco pensativa sobre o assunto pois estava quase acreditando verdadeiramente ser filha do Rei.
— Sou uma "princesa" diferenciada! — Faço aspas com as mãos assim que falo princesa — Sou daquelas que não obedece ordem de um ogro como você. — Sorrio sem mostrar os dentes, dando a entender que sou uma garota adorável e simpática. Logo desfaço todo fingimento revirando os olhos e continuo a procurar por pistas.
— É tão fácil te tirar do sério né. — Ele falava e eu ouço uma risadinha do mesmo no final. Estava checando as gavetas, não tinha nada de útil, umas teias de aranha e objetos velhos...
— Não fale como se também não fosse fácil te fazer surtar. — Digo desinteressada sobre o assunto, abria todas as gavetas e procurava atentamente.
— Eu estou aqui porque há algo que não se encaixa sobre sua história. — O mesmo diz me pegando de surpresa, eu paro de procurar e paraliso pensando, lentamente me viro para olha-lo, vejo ele de braços cruzados me fitando com sua cabeça caída para o lado direito.
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Uma Paixão Hellsing
FantasyUma fugitiva... Uma ruiva fugiu de sua antiga vila após ser acusada de ser bruxa pelos seus cabelos em tons avermelhados. Nessa época bruxas eram consideradas uma ameaça para o mundo, e sendo assim eram executadas por católicos. Depois de anos vaga...