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[P.O.V] Elisa Walker

Fui abrindo meus olhos lentamente vendo que estava num lugar diferente da onde eu me lembrava quando fui dormir. Olhei em volta do lugar que estava e percebi que me encontrava na cabana. Levantei o meu corpo, passei a mão pelo meu cabelo e dei um longo suspiro.
Fiquei em pé e sai da cabana encontrando Peter.

— Bom dia! — Falo sorrindo animada. Peter me olha de lado e volta a fazer o que estava fazendo que no caso era arrumando suas coisas, Ele estava guardando.— Aonde vai?

— Você sempre faz muitas perguntas? Tá explicado porque sua vó queria te matar!— Desnecessário, não é como se fosse fácil saber que aquela que você considerava sua mãe quer você morta. Eu ignoro, é melhor assim!

— Primeiro que ela não é minha vó e sim minha mãe, e segundo, você não respondeu minha pergunta. — Cruzo os braços me aproximando do mesmo.

— Estou arrumando pra por na cabana! Eu não vivo aqui, só durmo e saio pela manhã.— Ele se explica e eu ouço atentamente.

Ficamos em silêncio, Ele continuava a guardar as coisas. Meu arco e flecha e minha bolsinha estavam na mesa. Ouço som de mato ao meu lado direito. Do mato vejo sair o Boyd, ele estava ofegante, eu o observo, acho que ele estava correndo...

— Elisa, tenho uma coisa pra fazer agora, você vai ter que ficar com Boyd por um momento.— Peter chama nossa atenção ao falar. Eu fecho a cara, não queria ficar com Boyd! Ele é chato, parece querer me matar a cada momento que eu falo!

— Não quero ficar com a Ruiva, ela é responsabilidade sua! Folgado!— Boyd cruza os braços e sem nenhum esforço sua cara de bravo se forma, Ele sempre Está com essa cara...

— Peter eu não quero ficar aqui! — Falo e cruzo os braços fazendo birra.

— Parem de Graça vocês dois! São adultos ou o que? Eu já disse que já volto! E você ruiva, ja deveria estar longe, não sei o que está fazendo aqui ainda. Sinta-se grata por não te matarmos por incômodo.— Ele começa a caminhar até a Floresta indiferente, Peter para e se vira para nos olhar.— E tentem não se matar vocês dois.— Assim ele sai desaparecendo em meio ao mato. Respiro fundo e olho para Boyd.

Ele pega uma faca e começa a brincar com ela, fico olhando pra ele e dou um passo pra trás. Boyd me assustava... Mais que o Peter...

— Não te matar vai ser difícil... Ruivas combinam com sangue...— Sua voz saía ameaçadora, qual seu propósito? Mentira que quer me matar! Sou tão adorável!

— Você combina com um caixão.— Respondo ele e sorrio debochada. Boyd revira os olhos e entra na cabana, eu suspiro de alívio! Acho que me livrei do rabugento do Boyd! Sorrio em Vitória.

Dou passos sorrateiros pra perto da cabana, dou uma espiada para ver o que ele estava fazendo. Boyd estava deitado mexendo na bolsa dele. Eu me afasto. Estou livre por um momento... Saio do "território dos senhores Durões", me encontrava na floresta, quero encontrar Peter, me recuso ficar sem fazer nada, Ele poderia ter me chamado pra ir com ele!
Começo a andar sem rumo tentando decorar os lugares para eu poder voltar, olhava atenta para cada coisa procurando algo que me faça ir atrás, só via mato e mais mato, arbustos e grandes árvores, era tudo verde.

Não desisti, continuei a procurar. Vi uma brecha para subir numa árvore, me pergunto porque não?
Lembro me quando eu subia em árvores para me esconder de Matilde. Tento subir na árvore, não era tão alta, pretendo ficar no primeiro galho, porque assim da pra eu descer. Subo devagar e com cautela, mão por mão, pé por pé, qualquer deslize eu caio de costas pro chão!

Ao conseguir subir até o primeiro galho, eu sento com cuidado pra não perder o equilíbrio, olho ao redor, a vista era linda, subir em árvore é tão bom, você se sente esperta. Sorrio com meus pensamentos, o pouco dos raios solares batiam em meu rosto, as árvores cobriam uns raios, mais tinha algumas brechas que davam espaço pra ele. Fechei os olhos sentindo a brisa... Estava amando... Até que ouço um barulho de galho se quebrando e de folha seca sendo despedaçada. Abro os olhos rapidamente e olho para todos os lados certificando quem era ou o que era...

Do outro lado da minha árvore eu vi um peludo e enorme lobo preto! Mais o que!?

Eu fiquei intrigada não tirava meu olhar dele, ele estava farejando algo, meu fim está próximo! Ele olha em minha direção, eu logo viro a cara e me escondo na árvore, por que isso só acontece comigo? Por que!?
O grande lobo começa a rodear a minha árvore sem olhar para cima, ele cheirava o lugar, está sentindo o meu cheiro! Estou perdida!
Olho para cima procurando algo para escapar, o galho era sim alto, mais só com o pulo desse lobo... pode me arranhar e feio...
Meu olhar volta para o lobo ele começa a se afastar... Não entendo!
Me levanto lentamente sem fazer barulho, tento me equilibrar no galho... Só que acabo escorregando. Eu paro em pé no chão, mais minhas pernas doíam, acabei perdendo o equilíbrio e caindo pra trás, o lobo se vira rapidamente e me encara.

Estou na frente de um lobo enorme preto e com dentes enormes!
Eu vou me afastando bem lentamente quando percebo um movimento atrás de mim, não olho e escuto uma voz séria e grossa.

— Você fugiu, tu é louca? Poderia ter encontrado uma anaconda guria! — Ele fala normalmente, Boyd, eu viro minha cabeça para encara-lo, Ele está cego!? Tem um lobo na nossa frente!

Eu me aproximo de Boyd olhando para o lobo que não se movia, já era pra ter nos atacado! O que está esperando!? Quero ter uma morte rápida...

— Sem movimentos bruscos, Boyd...— Falo quase num sussurro com as mãos na frente do corpo apontando na direção do lobo.— No 3, a gente corre! Tá legal?— Pergunto para ele, não tinha outra ideia melhor.

— O que? — Ele pergunta de volta confuso, burro! Vou ter que fazer tudo. Salvar a vida dele.

— 1, 2.... 3! Vem!— Pego na mão dele e saio correndo puxando ele que me acompanha com palavras do tipo "Você é louca", "me larga". No final você vai entender Boyd e me agradecer!

A adrenalina era alta. Eu corria muito só querendo chegar na cabana. O Boyd se solta de mim e eu olho para ele confusa. Que cabeça dura!

— Nunca, mais, me toque! Louca!— Ele falava ofegante encostando a mão numa árvore.

— Louca!? Seu mal agradecido! Eu só estava querendo te salvar e é assim que você me agradece! Deveria ter te deixado morrer pelo lobo! — Eu falo nervosa em bom som.— Você é um...— Eu ia xinga-lo quando Peter se aproxima com a camisa em volta do pescoço Eu me aproximo dele e cruzo os braços.— Ainda bem que você chegou! Seu amigo mal agradecido tá reclamando comigo por salvar ele, você acredita!?— Pergunto indignada com tamanha ignorância.

— Você salvou ele de que?— Peter me pergunta, com tranquilidade, ele ouviu o que eu falei? Enquanto isso Boyd me olhava e revira os olhos, debochado.

— Eu salvei ele de um enorme lobo preto selvagem assassino!— Descruzo os braços e falo quase gritando, Boyd e Peter começam a rir da minha cara! Idiotas! ainda não estou acreditando que ninguém tá reconhecendo o meu valor de heroína nessa história!— E você aonde estava!?

— Caçando senhora surtada! — Peter começa a caminhar, e Boyd do lado, enquanto eu acompanhava atrás deles, dois bobalhões. Olhava para as mãos de Peter, não havia nada, ele não conseguiu caçar nada?

— Legal, que você caça e não consegue nada, E se conseguiu nem trouxe pra gente, escuta aqui, vocês não são unidos não?— Pergunto Olhando para o chão tomando cuidado aonde piso. Os galhos faziam barulho.

— Vai por mim, não ia querer comer o que eu como. E segundo, não somos amigos!— Peter responde continuando andando, eu reviro os olhos, não digo mais nada pra eles se não eu perco minha paciência e mato os dois. Fica calma Elisa, fica calma.

Mais agora eu me pergunto, por que o lobo não atacou? Por que Boyd não teve reação de medo? O que o Peter come? Rato morto? Perguntas e nada de respostas, esses dois escondem, E eu quero saber o que é!

⁂۪̻۬◆͜ꦿིx̤ٜ̽░ ᎢᎻᎬ ᎬNᎠ

Uma Paixão HellsingOnde histórias criam vida. Descubra agora