❃໋͓࣪꧇ི᪶֟֯͡┈─Cap.1#OComeço──┈꞉ೃ๋ꪳ۫❃໋͓࣪

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Estava andando à horas. Meus pés estão doendo. A caminhada foi longa, minha fuga mais ainda. Queria neste momento estar em casa... No conforto de meu lar, comendo um daqueles bolinhos que eu sempre roubava dos camponeses...
Os católicos são o motivo de minha fuga, por acharem meu cabelo ruivo suspeito! Desde quando cor de cabelo faz de você uma bruxa!? Eu fico indignada com uma coisa dessas! Que absurdo.

Seguindo a trilha pela floresta ao entardecer, de longe avisto uma vila muito diferente das que eu costumo ver... era como se fosse um reino...

 era como se fosse um reino

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Na verdade era um... Não importa pra mim! Só preciso de algo pra comer... uma moradia por um tempinho até me recuperar.
Ando rapidamente até a entrada. Era um grande arco. Eu entro observando os olhares de uns comerciantes... do tipo "quem é está menina?", "uma nova moradora", "uma pirralha". Eu ignorava todos, ia entrando observando as paredes cobertas de musgo. As calçadas de pedra. As ruas... Os postes de luz. A minha antiga vila era apagada... sem cor, sem nada. Sem vida. Mas essa é muito bonita e chamativa, me faz querer morar aqui... Mais não sei se seria bem aceita, se já sou recebida com olhares tortos imagina eu morar por aqui!? Seria morta na certa.

Coloco meu Capuz pra cobrir meu cabelo e me esconder um pouco. Com um sorriso fraco no rosto seguia meu rumo como se conhecesse cada lugarzinho daquela vila. O grande castelo no centro era lindo! Me fazia ficar curiosa para conhecê-lo.

Estava tão admirada e perdida em meus devaneios quando acabo tropeçando em um dos camponeses. Ele se vira para me olhar, seu semblante havia mudado de irritação para surpresa. Eu sorrio meio sem jeito e já começo a me explicar:

— Me desculpe, estava andando no mundo da lua e acabei tropeçando em você, desculpa mesmo.— Falava suavemente olhando seus olhos castanhos que muito me prendia no seu olhar. Ele sorri para mim e olha para o chão.

— Não se preocupe Senhorita, numa aldeia tão movimentada é normal esse tipo de acontecimento! Ah, meu nome é Krystian. Prazer!— O mesmo estende a mão para mim em forma de cumprimento.

— Prazer Krystian, meu nome é Elisa, Elisa Walker. — Eu estendo minha mão para o mesmo acompanhado de um sorriso amigável.

Esse era o mais próximo que um dia cheguei de alguém. Quando criança eu vivia com minha mãe Matilde. Ela era uma curandeira. Morávamos afastadas da Vila, ela não me deixava sair de casa, vivia sempre presa fazendo meus deveres domésticos. Ela saía toda tarde e voltava de noite com muitas ervas. Ela nunca me deixou sair, falava que os camponeses não me aceitariam e que eu poderia morrer pelos religiosos. Ela me protegia. Até que um dia eu desobedeci a mesma, minha curiosidade me levou pra fora de casa, me levou até a aldeia, e quando pisei meu pé lá fui humilhada, insultada, me chamavam de bruxa e que eu era uma aberração, os católicos apontavam seus crucifixos para mim como se eu fosse o diabo em pessoa. Era horrível, me arrependi de ter saído da minha pequena casa.
Quando voltei para floresta na casa de Matilde ela não estava mais lá.... Suas coisas também não... Só havia um bilhete escrito:

Uma Paixão HellsingOnde histórias criam vida. Descubra agora