❃໋͓࣪꧇ི᪶֟֯͡┈─Cap.11#OEscape──┈꞉ೃ๋ꪳ۫❃໋͓࣪

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Pela manhã eu já estava acordada, ia pra lá e pra cá com um livro em mãos da pequena estante de livros daquele quarto. Estava procurando por alguma informação útil, o medo que eu estava falava mais alto e eu só queria saber de fugir. Me dava arrepios em imaginar minha vida naquele castelo. Não queria aquele inferno pra mim.

Sentia que a qualquer momento alguém poderia arrombar aquela porta e me matar. Era difícil ter várias emoções e pensamentos dentro de mim e ainda ter que se concentrar em um livro.

Passava meu dedo naquelas letrinhas miúdas procurando sobre vampiros, por toda minha vida li sobre eles, mais era algo clichê, romantizado, não esperava ter que lidar realmente.

Minha atenção se desfaz do livro e vai para a porta. Alguém do outro lado batia, batidas suaves, calmamente deixei o livro na mesinha e de passo em passo me aproximava da porta pensando no que fazer.

— Elisa? Está aí dentro? Senhorita, por que a porta está trancada? — Ouvia a voz feminina, com tamanha formalidade tinha quase certeza de ser uma serva.

Eu fechei os olhos e respirei fundo, pensava se abria ou não, de costas me encostei na parede e agora encarava o teto, eu ia ter que sair daquele quarto uma hora... Mais preferia que fosse no sigilo... Porém, pensando bem, é melhor que seja uma serva, do que eu não abrir e ela for avisar ao seu Rei. Quanto menos eu me encontrar com ele... Melhor.

Eu lentamente fui tirando a espada, a deixei encostada na parede perto da armadura. Me aproximei da porta e coloquei minha mão na maçaneta. Respirando fundo tomei coragem para abrir a grande porta. Ali estava uma serva me olhando com indiferença.

— Tenho a permissão do rei para arrumar o seu quarto. — Ela dizia seriamente olhando em meus olhos. "Rei"... Aquela palavra ainda me assombrava. Eu a respondi movendo minha cabeça positivamente. Sendo assim a serva entrou de cabeça erguida sem me olhar e começou o seu trabalho pelo livro que eu estava lendo, colocando-o na estante novamente.

Eu olhei para o corredor do Castelo e para a serva, acho que isto é uma oportunidade... Eu começo a me afastar do quarto, olhava cada detalhe com atenção, ficava atenta a barulhos e gestos. Andava tentando não fazer muito barulho, mais por eu estar querendo ser sigilosa, parecia que mais barulho eu fazia.

Continuava andando quando ouvia passos e logo uma porta bem ao meu lado se abre, não deu nem tempo de pensar em me esconder, da sala sai aquela mesma senhora idosa, ela me fitava com seus olhos semiserrados.

— Por que está agindo cautelosamente não querendo chamar atenção como se estivesse fugindo de algo? — Ela me perguntava e eu sem saber o que dizer tentava achar alguma resposta em minha mente. Sua pergunta me fez ficar sem palavras pois me pegou de jeito.

— Eu só queria respirar um pouco sem ter alguém para me atrapalhar.— Acho que está foi a melhor resposta que pensei.

— Respirava na janela do seu quarto, preferiu andar por um castelo que você mal conhece?— Ela fazia uma pergunta retórica— Vocês jovens são difíceis, e arrume seu vestido, está toda bagunçada como se tivesse tido uma noite difícil.— Ela dizia. Aquela senhora sempre tinha uma pergunta ou resposta na ponta da língua, era entediante falar com ela, e um pouco preocupante, sentia que qualquer resposta errada iria ferrar com minha vida.

— É não tive uma das melhores noites.— Falava ajeitando meu vestido tentando parecer mais apresentável.

— Por que não me diz o que realmente quer? — Ela me pergunta e isso faz com que minha atenção volte somente para ela. O modo que ela me encurralava era diferente.

— O que te faz pensar que eu tenho algo para te falar, Eu só quero ficar sozinha e livre um pouco, tá legal?— Falava arqueando uma sobrancelha olhando a idosa dos meus pés a cabeça.

— Não, você não quer estar sozinha, pois preferiria ficar em seu quarto ao invés de sair e ter mais chances de encontrar alguém. Parece que você está interessada em algo aqui fora e não quer que eu saiba, pois não teria mentido pra mim. A pergunta é, o que você quer?— Ela fazia aquela pergunta de novo, eu já não sabia o que falar, se confessava ou se encobria a verdade ainda mais.

Eu estava já ficando nervosa com todo aquele papo, com certeza a idosa não iria me deixar em paz tão cedo, minha Paciência pra fugir se esgotou.

— Olha... — Mordi meus labios inferiores como se estivesse me segurando pra não desabafar, mais não consegui— Você venceu! Eu queria fugir, okay? Não suporto mais ficar nesse castelo, vocês estão me deixando louca! — Falava com as sobrancelhas juntas.

— Não era mais fácil me falar isso?— Ela inclinava sua cabeça para a direita ainda me olhando se apoiando na sua bengala.— Eu não sou o vilão da sua história querida. Agora vá, segue este corredor isso te levará a uma longa e estreita escada, desça todos os degraus, isso te levará aos fundos do castelo e já estará fora dele. Seja inteligente oportunidades como essa não são dadas de graça. — Ela dizia e passava por mim com passos normais.

Eu me perguntava o que ela queria comigo para me tratar assim me deixando sempre com um sinal de interrogação na minha mente, eu me afastava da mesma seguindo o corredor como ordenado, olhei para trás uma única vez. Um pouco afastado mais nem tanto, ouvi os guardas falarem com alguém, olhei para trás que foi da onde ouvi as vozes.

A Senhora está aí, Anabel, o Rei quer a presença da mãe para o Café da manhã!

Eu ouvia incrédula. E se a senhora... Fosse a Mãe do rei... Ela estaria me ajudando a escapar... Não. Não deve ser. Isso seria traição, sou como a prisioneira do Rei.

Ignorei meus pensamentos assim descendo as escadas rapidamente, já estava sentindo o ar limpo e puro... A liberdade estava em frente, Podia sentir.... Cada vez mais perto.
Finalmente posso sair desse castelo de contos de fadas e encarar a minha realidade.

Judi Dench Como Anabel Hellsing!

Judi Dench Como Anabel Hellsing!

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Uma Paixão HellsingOnde histórias criam vida. Descubra agora