O ar fresco abraçava minha pele, aquela brisa fria me refrescava da temperatura calorosa. Meus cabelos balançavam no ritmo do vento. Via um banco de pedra ali em frente ao enorme e lindo jardim do castelo. Havia várias flores que coloriam o cenário. De todo aquela área real medieval, o jardim era o lugar mais bonito!
Sentei no banco e olhei para O Rei que parecia se perguntar algo, ele me olhava duvidoso, e também para todos os lados, parecia procurar algo.
— Um jardim? Esse é o melhor lugar que você achou para conversamos? — Ele arqueava uma sobrancelha me encarando.
— Por que não? É um lugar lindo! Colorido... — Fácil de bolar um plano para fugir daqui mesmo... Pensava. — O ar é fresco e limpo, nada poluído...
— E aqui é bem movimentado, várias pessoas passam por aqui... Não é mesmo? — Dei de ombros ao ouvir como se não ligasse, mais essa era também uma das verdades, quanto mais movimentado melhor para ele não dar as caras e me morder novamente. — Está certo... Você foi esperta. Bom, Eu e sua mãe costumávamos a caminhar por aqui, pelo jardim...
— Não. Você não sabe se sou Sua filha! E não venha forçar simpatia, aquele seu "me arrependo" não me pareceu sincero. — Dizia me alterando um pouco, ele me mordeu, com aquele "arrependimento" tenho certeza que irá se repetir — E não quero histórias pra me convencer de aceitar ser sua filha. — Engoli um seco e agora falava mais calma, Não sei se estou preparada pra verdade e Não sei se acredito — Não é simples assim, eu estive longe de meus verdadeiros pais desde meu nascimento, espero que pra isso você tenha uma boa resposta pelomenos. — Olhava para todos os lugares, menos para o rei.
— Ok, vou começar por partes... Elisa eu entrei naquele quarto com o propósito de sugar todo seu sangue pra acabar logo com essa história de filha perdida, eu ia aceitar que nunca ia acha-la. Eu me arrependo de morde-la, olha eu... — Ouvindo o que ele dizia, agora eu olhava para ele que abaixava sua cabeça nervoso e enrolado nas palavras.
— Para... — Eu digo. O mesmo me olha atentamente — Por que não me matou? Se sua resposta for sincera eu te perdou, se não vou achar que não me matou para poder me torturar agora. Pois não vejo outra explicação. — Agora me levantava e ficava em sua frente, minha mente estava aberta para tentar entender, pois mesmo com medo e não preparada eu queria saber da verdade.
O Rei me encarou por um longo tempo, Já estava perdendo a confiança de que ele tinha uma resposta boa o suficiente para dar.
— Eu não te matei... — Ele me fitava, e me olhava querendo ver através de mim. — Porque eu vi a única prova necessária para responder todas as perguntas que eu estava a fazer. — Ele falava calmamente e sua voz saía suave e me deixou um pouco ansiosa.
— O que você viu? — Eu indagava quase num sussurro.
— Quando eu invadi seu quarto e me preparei para te morder... Afastei a alça de seu vestido pra enfiar minhas presas em seu pescoço sem aquele tecido me atrapalhar. Quando vi sua marca de nascença entre seu pescoço e ombro. — Ele dizia, logo eu lentamente afastei a manga de meu vestido e vi ali a minha marca de nascença.
— E o que isso tem aver!? Essa foi a sua desculpa? — Perguntava me alterando um pouco enquanto arrumava a manga do meu vestido.
— Não é desculpa Elisa! Acha que eu não saberia mentir para você!? Estou sendo sincero! Você poderia parar de ficar nervosa e me deixar explicar! — Ele falava nervoso, me assustou, seu semblante mudava completamente quando estava bravo, Eu abaixo a cabeça por ele gritar comigo, respirava fundo.
— Eu estou nervosa porque se essa for a verdade estou frente à frente do meu pai que me abandonou quando eu era apenas um bebê! — Dizia ameaçadoramente erguendo minha cabeça lentamente. — E desculpa mas está sendo muito difícil ter que passar por isso agora.
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Uma Paixão Hellsing
FantasyUma fugitiva... Uma ruiva fugiu de sua antiga vila após ser acusada de ser bruxa pelos seus cabelos em tons avermelhados. Nessa época bruxas eram consideradas uma ameaça para o mundo, e sendo assim eram executadas por católicos. Depois de anos vaga...