Capítulo 22

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Sem Revisão ☺🙈🙊

LUC
Aproximava-se o dia, do meu casamento com Claire e, eu não poderia estar mais feliz.

Mas ao mesmo tempo estava preocupado, a sensação de perigo constante me mantinha em alerta e,eu queria que ela e Daphne estivessem seguras.

Em segredo velava o seu sono e, passava às noites em claro atento a qualquer ruído estranho.

Elas me importavam e,estarem a salvo era minha prioridade.

Várias vezes tinha a estranha sensação de estar sendo observado.

Varria todos os cantos da casa com os olhos e nunca encontrava nada fora do lugar.Mas a sensação continuava e a cada dia sentia que havia uma ameaça real.

Estava em meu escritório naquela manhã  primaveril,pois a neve já se havia derretido e ,as árvores começavam a vestir-se de gala para receber a linda estação.

Pensava em meu amor!Claire...oh como eu amava Claire.O simples fato de me lembrar de seu nome, desenhava um sorriso em meus lábios e, fazia meu coração saltar em meu peito.

Como precisava dela!Como tinha conseguido viver todo esse tempo sem ela?Ouvir sua voz,ver seu sorriso.Seu jeito meigo e,ao mesmo tempo forte e cheio de carácter.

Sorri lembrando em como havia enfrentado tia Louise e,como me tinha enfrentado.

Alguém bateu a porta, me fazendo deixar esse pensamento num precioso canto de meu cérebro.

-Entre!-falei virando para ver quem entrava.

-Senhor La Fontaine, o sargento Moreau está aqui para falar consigo.-anunciou Adéle com a habitual formalidade.

Conhecia-a desde criança,mas sempre foi uma mulher muito fechada e, mesmo desde jovem tentando que ela se sentisse a vontade comigo, ela fazia questão de levantar um murro intransponível.

-Mande-o entrar,se faz favor!

Ela assentiu e fez o sargento entrar.Era um homem de aparência astuta, baixo mas corpulento,era careca e tinha um bigode farto.

-Bonjour. monsieur La Fontaine!-disse estendendo a mão,num cumprimento formal.

-Bonjour Sargento.-apertei sua mão com firmeza.

-Por favor sente-se .-falei indicando a cadeira situada à frente da minha mesa de trabalho.

Aceitou e, sentou com uma postura formal e alerta.

-A que se deve a sua visita?-perguntei sem delongas.

-Descobriram alguma coisa acerca da morte de Crispim?

-Non!Mas,encontramos algo digamos que, "curioso" nas imediações de sua propriedade.-ele falava com a voz nasalada.

Fransi o cenho, esperando curioso que terminasse de dizer o que foi encontrado.

-Por trás de sua propriedade há uma vereda escondida que, ao segui-la encontramos uma pequena cabana e, tudo indica que até há pouco tempo esteve ocupada.O senhor tem conhecimento disso?-inquiriu me observando com a sobrancelha levantada.

-Na realidade não!-disse apreensivo.-Então o senhor acha que alguém estranho anda rondando a minha casa?Morando aqui debaixo do meu nariz?

-Sim senhor!Veja bem, pelo estado que encontramos a cabana,pode-se dizer que o ocupante saiu às pressas.

-Crê que isso terá algo a ver com a morte de Crispim?

-É cedo para formar teorias mas, acho melhor o senhor se precaver,ou então poderei destacar alguns soldados para a sua proteção.

-Agradeço a oferta mas, partirei amanhã com minha noiva e minha sobrinha para Paris.

Estava aliviado de certa forma por estarmos viajando mas, ainda assim temia pela segurança delas. Definitivamente o melhor a se fazer nessa ocasião seria ficar em Paris com Daphne e Claire.

-Bem monsieur-disse se levantando e estendendo a mão- Estou as ordens se precisar.

Apertei sua mão  e me despedi,mais alarmado que nunca.

Enquanto ele saia pela porta Claire entrou, com os olhos arregalados pela curiosidade aguçada.

-O que se passa Luc?Descobriram algo?

-Nada de mais. Só estávamos conversando.-menti.

Preferia assim,porque sabia como ela era.Se soubesse da cabana ia querer vê-la e isso eu não permitiria.

-Tem certeza?

-Claro que sim!-falei enlaçando a sua cintura e beijando sua testa.

Seu queixo levantado em desafio me mostrava que ela não estava totalmente convencida,mas mesmo assim mudou de assunto.

-Então,está pronto para me tomar como esposa?

-Nunca estive tão pronto para nada em toda a minha
vida.Esperei você desde o dia que pisei este mundo.

-Ah é?-ela riu e beijou meu queixo.-Amo-te!Não canso de repetir isso a cada momento.

-E eu não me canso de ouvir meu amor!

Longe Dali

Londres

Anne abriu o envelope com os dedos trêmulos.

Seus olhos varreram o papel de cima a baixo e lágrimas turvaram o que lia.Cada palavra dilacerava sua alma e fazia crescer algo que ela jurava ter enterrado havia muitos anos.

- Miss Anne, algum problema?-a mulher de bata branca e touca, estranhou o estado catatônico que a bela mulher se encontrava.

Estava internada naquele hospital há anos devido há uma terrível depressão.Estava dando sinais de melhoria, mas aquela carta fez anos de progresso se desfazerem em segundos.

-Anne!-Olívia chamou-a outra vez e ela não respondia.Tinha a mirada fixa na parede e os punhos cerrados.Decidiu chamar o médico para vê-la.

Mal deu as costas foi atingida por algo pesado em sua cabeça e desmaiou.

Anne trocou de roupa com ela e tomando uma postura discreta, saiu andando entre os outros pacientes e enfermeiros do centro.

Viu a entrada principal e um sorriso iluminou o seu rosto.

-Estou livre!-disse entredentes, saindo pela porta.

Viu-o a sua espera, e correu para seus braços.Ele abraçou-a, mas ela sentiu-o diferente. Aquele abraço já não era seu lar.Algo havia passado!

-Ela está ali!-ouviu a voz de Olívia e viu os enfermeiros corpulentos correrem em sua direção.

Manteve-se fria!Já não tinha mais medo.Agora tinha motivos para sair daquele lugar.

Queria vingança!

-Vamos embora!-disse ele segurando sua mão e desaparecendo entre a multidão de transeuntes.




Capítulo Novo ☺☺😆
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Até Segunda-feira 😘😘

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