No final da década de 50, a jovem e órfã Claire Dubois foi contratada para trabalhar como tutora da sobrinha do Senhor do Chatêau La Fontaine.
Luc de la Fontaine era um homem misterioso e pouco dado a demonstrações sentimentais.Sua frieza aristocrát...
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Espreitava atrás de um arbusto à frente da casa de tia Louise.
Minha intenção era manter-me escondido por enquanto.
Procurava apenas a ajuda de Olivier,pois ele era a pessoa que eu mais confiava.
A noite avançava e a mansão ainda estava cheia de vida. As luzes permaneciam acesas e, de onde estava conseguia ouvir o burburinho das conversas animadas.
Esgueirei-me entre as moitas que cercavam o jardim e consegui escalar a parede até o andar superior onde se encontrava o quarto de Olivier.
Fiquei na penumbra aguardando pacientemente a sua chegada.
Cerca de meia hora mais tarde, ele entrava em seus aposentos assobiando uma canção de forma desafinada.
Atirou o casaco que, por sorte ou não, ficou pendurado no gancho da parede.
Ele estava virado de costas para onde eu estava.
-Primo!?-chamei-o com a voz baixa.
Ele ficou parado e sem dizer nada.
-Olivier...sou eu Luc...-falei me aproximando dele lentamente.
Girou bem devagar.Sua expressão era de total surpresa, ou melhor era algo entre supresa,medo e credulidade.
-Luc??!-sua voz saiu fina e baixa.Aclarou a voz e disse:
-Luc é você? Você está aqui? Deixou algum assunto pendente?
Não consegui resistir e comecei a rir. Sabia que era um choque para ele ver-me com vida depois daquele tempo.
-Sim, sou eu em carne e osso!Eu não morri primo!Mas assuntos pendentes tenho vários.
Aproximei-me dele e toquei em seu braço olhando no fundo de seus olhos:
-Eu estou aqui!
Ele saiu do transe e,abraçou-me sem esconder a sua felicidade.
-Luc isso é um milagre, mas... Porquê só agora onde você estava?
-É uma longa história,mas eu vou resumi-la.
Ele assentiu e, sentou em uma poltrona esperando que eu, começasse o meu discurso.
-Phillipe está vivo!
-O quê?Como assim depois de todo esse tempo?
-Ele me manteve preso esses dois meses com a ajuda de Anne.
-É só surpresas!-falou cruzando os braços-Então Anne também resolveu dar o ar de sua graça nessa história também?
