No final da década de 50, a jovem e órfã Claire Dubois foi contratada para trabalhar como tutora da sobrinha do Senhor do Chatêau La Fontaine.
Luc de la Fontaine era um homem misterioso e pouco dado a demonstrações sentimentais.Sua frieza aristocrát...
Ela dormia profundamente com a cabeça em meu peito.
Eu tinha os olhos fixos no teto do quarto e uma expressão abobalhada no rosto...ou melhor uma expressão feliz.
Felicidade... pensar nessa expressão desenhou um sorriso em meu rosto.
Finalmente sabia o que significava essa palavra,esse sentimento que por anos escorria por meus dedos sem que eu me desse a oportunidade de aprecia-lo.
Essa mulher voluntariosa, alegre e de espírito livre chegara em minha vida como um furacão mudando tudo.
Trouxe alegria para minha casa e tornou-se o desafio mais delicioso que eu jamais havia cumprido.
Amava tudo nela.Principalmente o jeito dela me amar,de amar Daphne e ser agradecida pela vida que tinha e por todos aqueles que de alguma forma ou de outra cruzaram seu caminho.
Finalmente havia paz em meu espírito e,eu me libertava de uma culpa que me tinha atormentado mas que tinha aprendido que, não me pertencia.
Eu tinha o direito de ser feliz e jamais perderia a oportunidade de me sentir completo ao lado de Claire.
Com esse pensamento de prosperidade, sentia meus olhos ficarem pesados e se fecharem lentamente no sono dos justos.
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Sentia calor e, algo me fazia sentir dificuldade em respirar.
Abri os olhos e fui invadido pelo pânico.
O quarto estava cheio de fumaça. Tomava minhas vias respiratórias e,fazia meus olhos lacrimejarem.
Comecei a tossir freneticamente. Olhei para o lado e,Claire dormia.
Tentei acorda-la mas não abria os olhos.Uma angústia me invadia. Corri para a porta e abri-a, o fogo estava se alastrando rapidamente pela casa.
Segurei Claire no colo e corri pelas escadas.
-Socorro está alguém aí??
-Senhor Luc??-um dos empregados apareceu vestido com um pijama e com o rosto assustado .
-Por favor leve minha esposa,para fora.Tenho de ir buscar minha sobrinha.-ele tomou Claire de meus braços e outra empregada apareceu para ajuda-lo.
-Cuide dela e chamem os bombeiros .-pedi olhando em seus olhos.
-Cuidarei senhor,não se preocupe! Com o coração apertado corri para buscar Daphne.
-Socorro!!!-gritava a pequena.O corredor estava cerrado de fumaça, dificultando minha visão.
Ela estava em sua cadeira na porta do quarto com os olhos esbugalhados pelo pânico.
